O Olho de Marte
O Planeta Marte costuma ser uma das maiores decepções para os astrônomos amadores.
Cercado de lendas e mistérios. O Planeta Vermelho, o Deus da Guerra, os Canais de Schiaparelli e os protagonistas de vários filmes. Uma História Cheia de Maiúsculas.
Definitivamente a história das descobertas marcianas caminha em paralelo com a história da astronomia.
E que se desenrolou em capítulos espalhados por intervalos de dois anos.
As oposições Marcianas ocorrem a cada dois anos. São os momentos em que este se encontra mais próximo à terra .
Algumas são melhores que as outras.
A próxima será em março de 2012. Vai se a pior da década. A melhor delas será em julho de 2018. A distancia que separa uma e outra é expressiva. Na de 2018 será pouco mais que a metade da distancia que nos separará no próximo ano.
As oposições que ocorrem próximas ao periélio marciano são melhores que as que ocorrem próximas ao afélio. Nas primeiras o planeta pode estar a menos de 56 milhões de km da terra. Nas outras ele jamais se aproxima mais que 81 milhões de km.
Ou seja: nas melhores condições ele não terá mais que 25´´ de diâmetro.
Com isto em mente buscar estruturas na superfície do planeta.
Apesar de ser atualmente bem conhecido e inclusive possuir jipes com o logo da NASA passeando por sua superfície o planeta vermelho ilude os astrônomos amadores.
Agora vamos ao que interessa. Solis Lacus.
Solis Lacus foi assim batizado por Schiaparelli em seu primeiro mapa de 1877. Mas o seu registro é mais antigo e foi primeiro batizado como Terby Sea por William Dawes.
O do Limite de Dawes.
Solis Lacus ou o “olho de marte”.
O “olho” é a estrutura planetária assim como as calotas polares. Com pequenos telescópios (entre 75 e 125 mm) será provavelmente uma das mais delicadas que você irá perceber.
Localizado 85º Oeste de long. e 26º Sul de lat. o olho vai se apresentar (em boas condições de observação) tênue, vago e sutil. Atenção e concentração serão importantes na sua percepção.
O equipamento a ser utilizado pode variar. Porém para a observação planetária parece-me melhor o uso de refratores ou de newtonianos de longa distancia focal. Devido ao maior contraste que estes tendem a apresentar. Gostarei de comparar os resultados de meu refrator com o Newton.
Oculares wide Field Ethos ou etc.. podem apresentar vistas sensacionais do universo. Mas para ver o Olho de Marte serão mais adequadas oculares mais simples e com bastante magnificação. Ortoscópicas ou Plossl. Vão ser o carro chefe. Comece com pelo menos 200x.
E esqueça limites teóricos.
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