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terça-feira, 27 de abril de 2010

NEAF 2010- A maior feira de astronomia do mundo

Acabou de ocorrer a NEAF(northeast astronomy forum). É a maior feira de astronomia do mundo com centenas de expositores. As novidades do ano levaram o Nuncius aos maiores sonhos de consumo. A home page do evento :www.rocklandastronomy.com/NEAF/index.html
Alguns do "brinquedos" são sensacionais. Vejam isto

Os Telescópios de Tolkien


Modelo de 12 Polegadas



O Hobbit




A serie Monster , o mais novo lançamento da Orion . A brincadeira começa em 56.000.000 usd.



Takahashi - Astrofotografia . O par perfeito para uma Pentax médio formato ou para ccd´s enormes...


E isto é só uma pequena amostra.

sábado, 24 de abril de 2010

Ngc 6025


Este sketch apresenta o Aglomerado Ngc 6025. Também catalogado como Lac III 10. Uma bela surpresa . Um pequeno aglomerado que embora colocado pela maioria das fontes na constelação de Triangulum Australis é citado também como Lambda Circinus Cluster em outras fontes ( webda home page)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Astrolog 19 e 20 de Abril 2010

Rápida sessão entre 19:30 e 20:00
Seeing bom
transparencia ruim.
Poluição luminosa - Máxima.
Refrator 70mm / Plossl 17,5mm
Muita luz ainda no céu e a vizinhança quase toda acesa . Condições Limítrofes.

Buscando por D.S.O junto a Beta Centauro .

Ngc 5316 Aparece de como uma pequena estrela sem foco , muito ténue na buscadora . Pela ocular se resolvem algumas estrelas (8 +-) de forma poligonal com estrelas bem fracas. Pouco interessante.

Aglomerado não definido -talvez Ngc5606 , bem ténue com poucas estrelas. achado ao acaso e com sua posição estabelecida pela buscadora L.E.D. . Outras possibilidades seriam Ngc 5617 ou ainda 5662. Provável asterismo.

Ngc 5281 - Razão desta sessão desesperada, não se mostrou claramente. Na realidade só consegui observar algumas estrela muito ténues na região as quais não posso garantir serem o aglomerado. Nada se revelou na buscadora. Bem baixo ainda no horizonte . Pretendo tentar novamente mais tarde. Nova tentativa as 23:00. Localizado com certeza . Contei 6 estrelas com visão periférica. Muito pequeno . Fácil entender porque Lacaille o considerou uma ´nebulosa. Com visão direta parece uma estrela levemente fora de foco. Em um campo com diversas estrelas fracas . Visto com ambas as oculares (20mm e 17 mm) .Pouca diferença . Quase invisível na buscadora.



Ngc 6025 - Outra de Lacaille ( LacIII 10) ou Lambda Circinis. Bem mais expressiva é o aglomerado mais bonito avistado esta noite. Contei mais de uma dezena de estrelas. Diversas no limite da solução piscando como é tão tradicional em Aglomerados Abertos. Partindo de Beta Triangulo Australis se caminha cerca de meia campo de buscadora para o leste e cerca de 1/4 para o norte e ele será notado. Catalogo J.E.S.S

Ru 98 - Próximo a eta crux. Lembra um caracol ou uma mini galaxia em espiral. Delicado e bastante interessante . Catalogo J.E.S.S. Apesar da magnitude se percebe como uma névoa claramente pela buscadora. Na verdade foi localizado meio que ao acaso quando resolvi inspecionar eta crux a fim de descansar um pouco da busca por
ngc 4833.O Catalogo Ru consta como fonte no programa cartes du Ciel. Não sei de quem se trata.
Ultima forma: O catalogo Ruprecht foi desenvolvido por Jaroslav Ruprecht , através de placas fotográficas realizadas em um observatório na África do sul nos Anos 60 . è possível se encontrar o catalogo na seguinte pagina
Catalogo Ruprecht .
By the way , o objeto avistado era mesmo Ru 98 .

domingo, 18 de abril de 2010

Netuno - 1 ano

Netuno completa a sua primeira órbita ao redor do sol desde seu descobrimento em 23 de setembro ,1846.
O planeta se encontra em Capricórnio assim como estava quando foi descoberto por Johann Galle no Observatório de Berlim. Sua existência havia sido prevista por Urban Le Verrier devido a perturbações na órbita de Urano.O planeta se encontra muito próximo ao sol para ser observado.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Objetos de Céu Profundo - Uma Introdução

Objetos de Céu Profundo

O que são objetos de céu profundo que tanto o Nuncius fala?

Isto é bastante vago e neste artigo vou apresentar de forma mais clara as diversas categorias de objetos que em seu conjunto são chamados de Objetos de Céu Profundo (DSO, do inglês, Deep Sky Objects). Utilizarei deste anglicismo daqui para frente no Nuncius. D.S.O.
De uma forma geral pode-se dizer que D.S.O. É qualquer objeto que não seja uma estrela e que esteja além do nosso sistema solar. A maioria dos D.S.O. É tênue, difuso e necessita de um telescópio para ser avistado. Aparecem maravilhosos em fotografias de longa exposição mas em geral aparecem apenas como “esfumaçamentos” de luz para os olhos humanos, até mesmo através de grandes telescópios. D.S.O. Dividem-se em diversas categorias:
Aglomerados Estelares Abertos
Aglomerados Estelares Globulares
Nebulosas Difusas
Nebulosas Escuras
Nebulosas Planetárias
Resíduos de supernovas
Galáxias
Grupos de Galáxias
Quasares
Lentes Gravitacionais



Aglomerados estelares Abertos- São agrupamentos frouxos de estrelas. Alguns aglomerados abertos são grandes e espalhados. As Hyades (em Touro), as Pleyades (idem) e o Presépio (em Câncer) são desta forma e visíveis a olho nu. Outros são pequenos e tênues. Suas estrelas não se resolvem e o aglomerado parece uma névoa no céu. Quando podemos ver as estrelas que formam o aglomerado dizemos que ele foi resolvido. De uma forma geral quanto maior o telescópio (Diâmetro), mais aglomerados ele vai resolver. Alguns aglomerados terão apenas poucas estrelas. Outros apresentarão centenas, parecendo um derrame de sal sobre o céu. Tente perceber a diferença de cores nas estrelas que os compõem.
Assim como diversos D.S.O. Alguns aglomerados abertos aparecem melhor em telescópios pequenos do que em grandes. M11 (Em Scutum) vale a pena em qualquer tamanho. O Presépio (em Câncer) é melhor em telescópios pequenos. Já Ngc 2158 melhor em grandes.
Porque estrelas acontecem em aglomerados? Estrelas se formam de gigantes coleções de gás no espaço quando algum tipo de onda de choque passa por estas nuvens de gás as comprimindo e as fazendo colapsar sobre si mesmas formando estrelas. Ao contrario da gente todas as estrelas se formam quase que simultaneamente desta maneira. Através do tempo começam a se afastar uma das outras, mas dependendo de diversos fatores podem permanecer unidas por longos períodos. As gigantes nuvens de gás em que se formam as estrelas se concentram no plano da galáxia, ao longo da Via Lactea. è por isto que a maior parte dos aglomerados abertos aí se encontram. Por isso são chamados também de aglomerados Galácticos.


Aglomerados Estelares Globulares- Estes aglomerados estelares são grupos muito maiores de estrelas mantidas juntas de forma muito mais concentrada e em um formato esférico. Aglomerados globulares possuem, em geral, centenas de milhares de estrelas reunidas em uma “bola”.
Se concentre nos Globulares mais brilhantes para vistas sensacionais (Tuc 47, Omega Centauro, M22). Posteriormente olho por outros mais tênues.
Aglomerados Globulares são compostos de estrelas velhas, Ao contrario dos abertos que se formam de forma continua, todos os globulares se formaram a bilhões de anos. Parece que estes aglomerados se formam quando duas ou mais galáxias colidem; tais colisões estimulam a formação de estrelas em escalas muito maiores (devido às imensas ondas de choque). Todos os aglomerados globulares de nossa galáxia se formaram aproximadamente ao mesmo tempo. Eles são encontrados fora do disco galáctico. Na região conhecida como Halo, formando uma espécie de nuvem a redor do centro galáctico. Por causa disto é que podemos ver a sua maioria durante o inverno em direção a sagitário que é onde se encontra o centro de nossa galáxia.


Nebulosas Difusas- São nuvens brilhantes de gás e poeira. A nossa galáxia está cheia delas e elas se posicionam ao longo do disco galáctico (principalmente). A maior parte deste gás e escuro, porém na proximidade de uma estrela quente e brilhante o suficiente ele pode incandescer Há duas maneiras de um gás brilhar. Ambas requerem grandes quantidades de luz azul e radiação UV adentrando a nebulosa. Estrelas quentes e massivas são excelente fonte de ambas.
São estas nébulas que causam os maiores desapontamentos porá os astrônomos iniciantes que esperam ver cores vívidas e detalhes observados em fotografias. Esqueça seus olhos não podem perceber cores e detalhes como um CCD em uma exposição de varias horas. Nem como um Filme 400 asa. Elas sertão P&B e bastantes difusas. Assim como neblina. Uma das melhores nebulosas para se observar é M42 em Orion. Situada na espada do guerreiro você será capaz de perceber sua nebulosidade até mesmo a olho nu. Mesmo com um pequeno telescópio você vai notar alguma estrutura nela. Até mesmo alguma cor.
A luz é difundida conforme ela penetra na nuvem de gás de uma forma semelhante a como a luz do sol ao penetrar a atmosfera terrestre. São as partículas de poeira que fazem a difração. È a luz azul que se difunde com maior facilidade sendo os que os outros comprimentos de onda passam “lisos”. A luz azul porem se difunde em todas as direções. Os astrônomos chamam a isto de Nebulosas de reflexão. Por isto são azuladas em fotografias.
A outra forma de uma nuvem brilhar é quando a luz de uma estrela é absorvida pelos átomos de gás e então reemitida. Átomos de hidrogênio gostam de absorver radia luz UV. Com isto seu único elétron obtém energia para sair livre e leve até encontrar outro núcleo de hidrogênio, se recombinar e fazer outro átomo de hidrogênio. Com isto devolvendo a energia roubada geralmente em forma de luz. Desta vez avermelhada. Muito semelhante a um anuncio em neon. Os astrônomos chamam isto de regiões HII. Novamente só serão avermelhadas para um CCD. Para você serão acinzentadas.


Nebulosas Escuras- Estas são nuvens de gás e poeira que escondem as estrelas atrás dela. O gás no espaço interestelar é acompanhado por minúsculas partículas de poeira, muito parecida com a fumaça de um cigarro. Se a nuvem é densa o suficiente esta grãos refratem e absorvem luz suficiente para tornarem as estrelas que estão atrás invisíveis. Estas nebulosas são talvez melhor observadas de binóculos A via lacte durante o inverno é um bom local para se procurar por elas. Procure por locais ao longo do disco onde parecem estar faltando estrelas.
A mais conhecida destas nebulosas é a Nebulosa Cabeça de Cavalo em Orion Famosa em fotografias e um objeto muito procurado e pouquíssimo visto por astrônomos visuais. O formato de uma cabeça de cavalo é delineado pela nebulosa escura sobre uma tênue nebulosa de reflexão no back ground. O problema é que se você não é capaz de perceber esta tênue e fraca nebulosa de reflexão ao fundo imagine a nebulosa escura a sua frente. Ver isto não é para iniciante e às vezes nem para iniciados.


Nebulosas Planetárias- Estas são outro tipo de nuvens de gás incandescente. Elas se formam quando estrelas atingem a meia idade. Estas estrelas se inflam varias vezes acima de sua circunferência original (um pouco como os homens...). Até um ponto que expelem suas camadas de gás mais externas para o espaço. A quente estrela central faz esse gás brilhar muito como nas regiões HII. A diferença que o gás não é hidrogênio. Oxigênio em geral e alguns outros resíduos. Ou seja, estas nebulosas nada têm em comum com planetas. Algumas Nebulosas planetárias aparecem como um azul muito tênue ou esverdeada (pelo menos as mais brilhantes).
Estas nebulosas existem em diversas formas e tamanhos. Algumas são descritas como muito brilhantes mas são tão grandes que esta luz se espalha sobre uma grande área. Isto as faz difíceis de serem avistadas. Pois como o mais importante é o caminho e não a chegada achar estes objetos pode ser extremamente prazeroso.
Algumas outras são pequenas e com isto se tornam mais fáceis de serem vistas. Um exemplo clássico é a conhecida Nebulosa do Anel (M 57) em Lyra. Localizada entre duas estrelas visíveis a olho nu é um alvo indicado para iniciantes. Não espere ver muitos detalhes em telescópios pequenos.


Resíduos de Supernovas- Quando uma estrela explode como uma Supernovas ela deixa uma enorme nuvem de gás em expansão. Estes vestígios variam desde a “brilhante” Nebulosa do Caranguejo (M 1) em Touro até a tênue Nebulosa do Véu em Cygnus.
M 1 é a mais brilhante dessas Supernovas e aparece como um ponto levemente enevoado em telescópios pequenos (Até 100 mm). Outros exemplos necessitam de telescópios muito maiores e filtros OIII eUHC podem ajudar.


Galáxias- Galáxias são universos ilhas assim como a nossa. Apresentam estrelas, aglomerados e nebulosas próprias. Galáxias assim como estrelas tendem a se agrupar em aglomerados. A galáxia de Andrômeda é o objeto mais distante visível a olho nu. Ela faz parte do chamado grupo local do qual a Via-lactea é um integrante.
As galáxias aparecem em sua maioria como pequenas nebulosas. A dois tipos principais de Galáxias: as espirais e as elípticas. As primeiras apresentam uma forma discóide como a nossa . As outras apresentam um aspecto arredondado ou ovóide e um núcleo estelar.
Lembre se que a magnitude das galáxias é imaginada como se fosse possível juntar toda a luz de uma galáxia em único ponto estelar. Elas apresentam um baixo brilho de superfície o que as torna objetos difíceis.


Aglomerados de Galáxias- São grupos de galáxias visíveis em um mesmo campo ocular. São famosos os catálogos Hickson e Abell. São voltados para astrônomos com grandes telescópios e experiência idem. São as maiores estruturas do universo. Neste caso cobrindo imensas áreas de céu. O Aglomerado de Virgem apresenta algumas galáxias ao alcance de telescópios pequenos.


Quasares – São objetos semelhantes a estrelas, porém extremamente distantes. Eles são os centros extremamente brilhantes de galáxias que em todos os outros aspectos são normais. Tudo indica que as galáxias possuem em seu centro massivos buracos negros. Quando uma galáxia colide com outra, gás e poeira são jogados para o centro da galáxia. Uma parte deste material acha sua orbita em direção ao buraco negro. A imensa gravidade faz o material em orbita emitir enormes quantidades de energia. Este quasar ao centro desta galáxia sobrepuja o brilho de toda a galáxia. E por isto a galáxia parece com uma estrela. Ou quase uma estrela (Quasar).
A física dos quasares os torna interessantes para o pensamento, porém nem tanto para a visão. São objetos distantes que brilham como uma estrela tênue. O Mais brilhante dos quasares responde pela alcunha de 3c 273. Ele visível em um telescópio de 150 mm. E só.


Lentes Gravitacionais- Não são D.S.O. Propriamente. Se refere geralmente a quasares que ao terem sua luz dobradas por um aglomerado galáctico alinhados com ele apresentam mais de uma imagem do mesmo objeto , “ dobrando assim sua magnitude. Este efeito também pode ser entendido como a cruz de Einstein. Não se conhece nada visível para Telescópios pequenos.

Errata

As fotos da da Seção "Na Buscadora" dos dois primeiros capituloa já apresentados do Catalogo Lacaille devem ser flipadas horizontalmente. Onde se le leste deve se ler oeste.

domingo, 11 de abril de 2010

Cosmos - As Ponte Temporais


As pontes temporais.
Quando li o artigo sobre os quasares (Steve Gotlieb) e as suas anomalias em relação ao “red shift” padrão me pus a imaginar.
Segundo o tal artigo o quasar 3c 273(O primeiro a ser identificado) teria um link físico com o aglomerado galáctico de Coma Virgem.
O problema principal é o fato de seu Redshift o colocar a bilhões de anos das galáxias no Aglomerado.
Arp publicou um Mapa em raios-X da região onde se percebe um largo filamento se estendendo desde as gigantes elípticas no centro (M87, por exemplo) do aglomerado até o quasar. Se esta ponte é real então quasar faz parte do aglomerado.
O que se põe então é como. Seria apenas um alinhamento casual?
A situação (da anomalia no Redshift) se repete em outras galáxias, ou em grupos onde as tais “pontes de raios-X” também se apresentam. ( Ngc 5980/2)
Não poderia isto ser causado porque os quasares serem, na realidade, relictos destas mesmas galáxias a que são associados. No caso eles seriam a imagem destas mesmas galáxias antes das mesmas existirem. Isto explicaria os níveis altíssimos de energia necessários existência destes objetos. A questão que aí se coloca é que a luz teria de apresentar velocidades diferentes em diferentes momentos da história do universo e que cada um dos objetos o seu tempo e história evolutiva acontecendo com diferentes velocidades. Ou seja, que a Velocidade da luz não é uma constante. Ou que embora constante ela varie em relação à densidade do momento inicial.
Por fim os associações quasares / galáxias não seriam associações, mas sim registros de um mesmo objeto em diferentes momentos. Apenas distantes no tempo.
Isto poderia levar a problemas de ter de se desassociar o espaço /tempo. Mas talvez não.
Pois os quasares sendo mais distantes temporalmente são mais densos e podem conter a mesma massa em menos espaço assim como espaço/tempo no começo onde toda massa e todo espaço e todo o tempo estavam concentrados em uma singularidade.

Bibliografia
Where the bridge´s? and other redshift anomalies in http://www.astronomy-mall.com/Adventures.In.Deep.Space/arpredshift.htm


sábado, 10 de abril de 2010

Catalogo Lacaille -cont.

Lac I 7 (Ngc 5281)- Aglomerado aberto em Centauro. Discreto.<

>Aonde olhar: Ache Beta Centauro,um dos apontadores do Cruzeiro do Sul. Centralize a buscadora ali. Ngc 5281 esta a aproximaqdamente um campo de buscadora de distancia. (4º 37’) O campo de minha buscadora tem um pouco mais de 5º . Você deve saber qual o campo de sua buscadora.













Na Buscadora- Você vai percebe-lo pela buscadora. No caminho a partir de Beta Cen. você vai passar por Ngc 5316.Ambos tem magnitude semelhante ( 5.9 e 6.0).




Lac I 8 (Ngc 6124) – Aglomerado aberto. Lacaille o descreveu assim: “Parece um cometa sem cauda

Aonde olhar: Localize Escorpião. Na cauda deste localize Eta e Zeta Scorpio. Zeta é uma estrela dupla visível a olho nu. Seguindo a linha imaginaria entre estas duas estrelas por pouco mais que a distancia entre as mesmas você talvez perceba Ngc 6124 como um ponto muito tênue.








Na buscadora: A distância entre Zeta Scorpio e 6124 é um pouco maior que um campo ocular. Ngc 6124 vai ser visível pela buscadora. O campo vai apresentar outras estrelas mais fracas e o aglomerado vai se distinguir destas facilmente.


Lac I 9 (Ngc 6121- M4)- Um dos Aglomerados Globulares mais próximos (o segundo). Descoberto por De Chéseaux em 1745-46. Fácil de achar.


Aonde olhar: Localize verá também Escorpião. Depois localize Antares ( Alpha Scorpio). Uma estrela vermelha facilmente localizavel. A seu lado estará Sigma Scorpio . M4 forma um triangulo com as duas. Escaneie a area a partir de Antares.












Na Buscadora: M 4 vai se destacar na ocular como uma estrela enevoada. È um alvo bem fácil se partindo a partir de Antares



Lac I 10 (Ngc 6242)-Aglomerado aberto. Dreyer descreve: Aglomerado, Brilhante, grande, rico com estrelas entre 8 e 11ª mag. (C,L,Ri.*8.11)


Aonde olhar- Na cauda do Escorpião, procure por Mu Scorpio, dupla visível a olho nu. Seguindo em direção a Zeta Scorpio (outra dupla visível a olho nu) você vai achá-lo a cerca de meio campo de buscadora.









Na buscadora: Deixe Mu na parte inferior da buscadora. Você vai perceber Ngc 6242. Não confundir com Ngc 6231 ,mais abaixo ,próximo a Zeta Scorpio. Ngc 6242 é mai tênue.

Lac I 12 (Ngc6656 – M22)- Foi o primeiro Globular a ser descoberto em 1665 por Abraham Ihle. É o terceiro globular mais brilhante do céu.



Aonde olhar- Localize Sagitário. Parece um bule de chá atrás da cauda do Escorpião. Localize então Kaus Borealis, a estrela no topo do Bule. Localize depois Xi Sag. Partindo de Kaus Borealis por pouco mais que um meio campo de buscadora em direção a Xi estará M22. Visível a olho nu em locais muito escuros.












Na buscadora: Seguindo por um campo com algumas estrelas M22 vai ser facilmente percebido. Emoldurado por três estrelas, como um triangulo.


Lac I 14 (Ngc 6809 – M55) – Aglomerado globular pouco denso. Facil de se resolver estrelas. Uma descoberta original de Lacaille.



Aonde olhar :Localize Sagitario e então Localize Nunki e Tau Sag.A Distancia entre as duas é como uma perna. Seguindo a linha entre elas por duas pernas e meia o colocará proximo a M55.












Na Buscadora : Em um campo com algumas estrelas você vai perceber M55. Talvez até mesmo com algum grão ,como um aglomerado aberto muito tenue. Não é um dos Lacaille mais faceis de se localizar.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O catálogo Lacaille

Nicholas Louis de La Caille elaborou um catalogo com 42 entradas. Na verdade três grupos de 14 entradas.
Ele dividia os objetos em três categorias.
Lac I: Nebulae
Lac II: Aglomerados estelares nebulosos
Lac III: Estrelas nebulosas
Esta classificação, embora sugestiva levando-se em consideração o pequeno tamanho das lunetas de que Lacaille dispunha (refratores de cerca de 30 mm de diâmetro), não correspondem às características físicas dos objetos por ele relacionados. Por exemplo, todos os objetos relacionados na categoria II são hoje considerados aglomerados abertos com e sem nebulosidade envolvida.
O catalogo foi elaborado durante a viagem de dois anos ao Cabo da Boa Esperança (1751-52).
Durante o período do final do verão até o começo do inverno é possível se avistar todos os objetos descritos por Lacaille em uma única noite. È importante ressaltar que da lista original de Lacaille oito ou nove objetos são hoje considerados inexistentes. Pretendo apresentar aqui o caminho das pedras para que você aviste a todos os outros. São em sua maioria objetos bem brilhantes e facilmente ao alcance de telescópios de 60 mm (assim como binóculos de 7X 50 mm). Você deve contar com um local escuro para que isto aconteça. O Nuncius vai apresentar ao decorrer dos próximos meses um programa detalhado para a observação de todos os Objetos Lacaille.

Lac I 1 ( Ngc 104) – Aglomerado globular em Tucana. É o segundo globular mais brilhante do céu. Telescópios de 80 mm serão capazes de começar a resolver estrelas individuais. É visível até mesmo a olho nu como uma estrela nebulosa.

Aonde olhar: Localize Canopus (Alfa Carina, a segunda estrela mais brilhante do céu) e Achernar e trace uma linha ligando as duas. Ao sul desta linha você vai perceber a Pequena Nuvem de Magalhães.











Pela Buscadora – Com a Nuvem a leste da buscadora procure pela estrela nebulosa a oeste e levemente a norte da Nuvem. Ele é claramente visível em uma buscadora de 8x50. Lembre-se: a imagem em uma buscadora aparece invertida em todos os sentidos.

Lac I 2 (Ngc 2070) – A nebulosa da Tarântula na Grande Nuvem de Magalhães é uma imensa região de formação estelar. Está a cerca de 140.000 anos luz. Se fosse tão próxima como a Grande Nébula de Orion, causaria sombra a noite.

Aonde olhar: Novamente ao sul da linha imaginaria que liga Canopus a Achernar. Desta vez dirija-se para a Grande Nuvem de Magalhães.














Na buscadora- Centralize na Grande Nuvem. Você vai perceber uma “estrela” diferente dentro do campo. Para mim é como um pequeno x. Esta é a Tarântula (Ngc 2070)

Lac I 3 (Ngc 2477)- Um aglomerado aberto ( ou galáctico) . Um objeto belo. Um rico aglomerado com cerca de 300 estrelas até 12ª mag. Shapley o considera um dos mais ricos aglomerados abertos. Sua Magnitude Total é de 5.8.
Aonde olhar- Localize Sirius e Canopus, as duas estrelas mais brilhantes do céu. Zeta Puppis forma um triangulo com elas. É fácil de localiza La.












Na Buscadora- Centralize em Zeta Puppis. E Então a deixe no canto superior esquerdo. Você vai perceber claramente Ngc2477 surgindo na buscadora. Seguindo na mesma direção você vai achar também Ngc 2451. É um grande aglomerado aberto. Bem brilhante.

Lac I 4 (Ngc 4833)- Aglomerado Globular na constelação austral de Musca( mosca). Circumpolar. Segundo Dreyer ‘ grande, Regular, redondo... Mag. 7.4

Aonde olhar: Partindo de Acrux (a estrela mais brilhante do Cruzeiro) siga rumo sul até localizar Alpha Musca. Depois localize Delta Musca (3.4 mag.). Em ambiente urbano será bem difícil. Estar bem ao sul ajuda bastante.














Na buscadora: Centralize em Delta Musca (facilmente visível na buscadora). Ngc 4833 vai estar em campo como uma estrela enevoada.

Lac I 5 (Ngc 5139)- O Aglomerado de Omega Centauro. O maior aglomerado globular da galáxia e o mais brilhante. Um dos maiores shows do céu austral. Possivelmente o núcleo de uma galáxia que foi absorvida pela Via Láctea. Foi primeiro descrito por Halley.

Aonde olhar: Localize Alpha e Beta Centauro. São conhecidas como os apontadores do cruzeiro, já que indicam o Cruzeiro do Sul. A partir de Beta imagine uma linha ligando esta a Épsilon Centauro. Dobre a distancia na mesma direção e você perceberá uma tênue estrela. É Omega Centauro.















Na Buscadora: Embora em um campo bastante vazio (apenas algumas estrelas bem pequenas) o aglomerado será claramente visível. Não há como não se perceber o aglomerado.

Lac I 6 (Ngc 5236/ M83) –Um dos mais difíceis objetos Lacaille . Esta galáxia foi a primeira a ser localizada além do grupo local. Quinze milhões de anos luz da terra.


Aonde olhar: Partindo de Eta Centauro localize Theta. A partir de Theta (Talvez já pela buscadora) ache uma estrela vermelha (2 do centauro) e em seguida uma branca (1 do Centauro). A pouco menos de um campo da buscadora (4º 30´) vai se encontrar a galáxia. Utilize a estrela Pi Hidra para triangular a posição.














Na Buscadora: Muita Atenção. Talvez você perceba uma leve nevoa na posição. Pequena e tênue. Use visão periférica. Escaneie um pouco se for preciso. Esta é uma presa difícil.


Na próxima semana o Nuncius vai apresentar a vocês o restante da categoria I do catalogo Lacaille . Ou Seja , Nebulae. Na verdade faltam apenas mais 6 destes pois Lac I 10 e Lac I 13 são considerados objetos inexistentes ( ou perdidos..). Saiba mais na próxima semana.

P.S.  Links para o restante do Catalogo:
http://nunciusaustralis.blogspot.com.br/2010/04/catalogo-lacaille-cont.html

http://nunciusaustralis.blogspot.com.br/2010/09/o-catalogo-lacaille-segunda-parte-lacii.html

http://nunciusaustralis.blogspot.com.br/2010/12/o-catalogo-lacaille-iii-estrelas-com.html

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Astroblog de Páscoa 2010

Astrolog 30/03/2010
Armação dos Búzios
Seeing muito bom (sem vento).
Transparência Mediana.
IC 2391-Um clássico. Visível apesar da Lua Cheia. Usei para calibrar a buscadora. Junto à Delta Velorum. Aglomerado aberto com magnitude de 2,5. Foi primeiro descrito por Al- Sufi em 946 e redescoberto pelo Abbe Lacaille que o catalogou como Lac II 5 em 1752. O aglomerado se encontra a cerca de 500 anos luz da terra e tem sua idade calculada em 50.000.000 de anos. Inclui a estrela Omicron Velorum.
Marte- Avistado com todas as magnificações possíveis. Circulo pequeno quase sem detalhes. O seeing bom permitiu aumento de 200x. (com barlow e ocular k 10 mm). Nota-se a diferença de brilho junto à calota polar. Muito pequeno. Vermelho intenso.
Saturno – o melhor da noite. Com cerca de 160x notei faixas atmosféricas claramente no disco planetário. Titã avistado também ainda que de forma bastante tênue devido à lua cheia. Não confundir comestrela HP 58944, também no mesmo campo ocular. Titã esta no mesmo eixo que os anéis e é muito mais tênue. A nova ocular plossl (17 mm star watch) se mostrou um par muito eficiente junto a minha barlow 2X(celestron). Fez muito sucesso junto aos leigos de plantão bem como para minha filha que conseguiu observar o planeta dos anéis com facilidade. No dia seguinte observei a 200x utilizando a Barlow com a ocular Kelner 10 mm. Seeing ótimo. Baixa transparência.

A noite de lua cheia permitiu apenas boas observações planetárias e mesmo assim somente na primeira parte da noite que nublou completamente por volta das 23h00min.

Dia 02/4.
Seeing Bom
Alfa Centauro- Facilmente separável com 65x. Tem o charme de ser em parte do sistema estelar mais próximo ao nosso. Cerca de quatro anos luz. A estrela mais próxima é Próxima Centauro. Esta não é visível em telescópios pequenos.
Acrux- Sistema triplo também separável com a ocular de 17 mm. Os componentes a e b são bem próximos com o c bem distante parecendo mesmo uma estrela de campo. São todos fisicamente relacionados. À cerca de 500 anos luz de distancia.
Rubiácea – Bela dupla ótica no norte do cruzeiro. Uma favorita do Nuncius.
Omega Centauro-Mesmo próximo a lua ele mostra seu brilho. Uma grande bola de algodão cósmica. O como uma aglomerado globular mais brilhante do céu. Visível a olho nu como uma estrela bem fraca(5ª ou 6ª mag.(?)). Foi incluído por Ptolomeu em seu Almagesto como uma estrela há cerca de 2000 anos atrás. Foi descoberto como nebulosa por Edmond Halley em 1677. Lacaille o catalogou com Lac I 5. E William Herschell o identificou como aglomerado globular em 1830. É o maior aglomerado globular da galáxia e pode ser visto a olho nu. Está a cerca de 15.800 anos luz da terra. Sua idade é estimada em 12 bilhões de anos. Para mais informações a respeito visite http://newswise.com/articles/view/539256/.
NGC 4755 (Caixa de Jóias)- Belíssima com a ocular de 17 mm. Mais de 15 estrelas com visão direta. Mais algumas com uso de visão periférica. A melhor observação que já realizei do objeto. Esta foi uma das mais preciosas descobertas do Abbe Lacaille em sua expedição entre 1751 -52( Lac. II 12) . È um dos mais jovens aglomerados conhecidos com cerca de 7,2 milhões de anos. Se encontra a cerca de 7000 anos luz da terra.
NGC 4103-Pequeno aglomerado no Cruzeiro. Partindo de Acrux Com atenção você vai perceber uma leve nevoa na buscadora. Bem pequeno com algumas estrelas de capo emoldurando. Não cheguei a resolver estrelas. A beira da resolução. Mesmo com periférica. Nada interessante. Sua primeira descrição é feita por Dunlop em 1826. Apesar de sua magnitude ser dada como 7,4 em diversas fontes, acho bastante otimista.
NGC 3532-Aglomerado aberto belíssimo em Carina. É uma das Jóias da coroa Austral. Visível a olho nu em uma noite bem escura. Lacaille a inclui em seu catalogo como Lac.II 7. Sua descoberta Fo feita pelo abade em 25 de janeiro de 1752, na Cidade do Cabo. Encontra-se a cerca de 1300 anos luz.
IC 2944- Aglomerado com bastante nebulosidade associada. Cobre uma área de mais de um grau. Uma gema austral pouco conhecida. Próximo a Lambda Centauro. Poucos dados disponíveis. Também chamada de “Running Chicken Cluster”.
NGC 3766- Belo aglomerado aberto próximo à IC 2944. Muito mais delicado e cobrindo uma área bem menor. Muitas estrelas comprimidas. Belo objeto. Outra descoberta do Abbe Lacaille em 1752. È conhecida também como o Aglomerado da Pérola. Localiza-se há 5500 anos luz. Também catalogado como Dunlop 289, Cr248 ,Mellote 107 e Lac III 7
IC 2602- As Plêiades do Sul. Outro clássico. Um excelente ponto par se iniciar o tour pela região sendo facilmente localizável e bem central. Lacaille novamente. Tem cerca de 50 milhões de anos. Bem Próxima a cerca de 500 anos luz.
NGC 2516-Lindo Aglomerado aberto facilmente localizável a partir de Avior (épsilon Carina) na Falsa Cruz. Contei mais de 50 estrelas. Não notei o brilho de estrelas no limite da resolução que é descrito por Consolmagno e Davis em “Turn Left at Orion”. Objeto notável. È um aglomerado de cerca de 135 milhões de anos e apresenta diversas estrelas já no estagio de gigantes vermelhas. Foi também descoberta por nosso querido Abbe Lacaille.
NGC 2808- Aglomerado Globular. Entre Miaplacidus(beta carina) e Iota Carina não foi tão facil de se localizar. Bem denso e pequeno. Se percebe na buscadora como uma pequena estrela fora de foco requer atenção. Recorda-me Ngc 362. Alvo Difícil em um campo riquíssimo na buscadora. Esta é uma descoberta de Dunlop em 1826 e foi catalogado por este como Dunlop 265 a.
NGC 2547 – Belo aglomerado aberto próximo a Gamma Velorum. Contei cerca de 30 estrelas na parte central. O Campo na buscadora é riquíssimo. Distancia:1900 anos luz. Abbe Lacaille “scores again”. 1752 . Também conhecido como: Lac III 2 , Dunlop 410, Mellote 84 e Collinder (Cr) 177.
Toda a área no céu entre Centauro e Carina é riquíssima com diversos objetos de céu profundo. Campos estelares ricos. Belo passeio pela buscadora. Como o tempo fechou não fui capaz de determinar exatamente o que é o que em área tão rica. Espero fazer um estudo detalhado da área em breve. A região coberta neste astro log. é uma das mais belas do céu e merece detalhada observação. Diversas jóias austrais se escondem aqui...
Perdi a oportunidade de visitar Theta Carina e a sua nebulosa, porém precisava confirmar o avistamento de diversos objetos que só havia visitado uma vez. NGC 2516 era um equivoco. Só o avistei agora. Mea culpa...