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sábado, 27 de dezembro de 2014

O Começo do Fim

                      Eu não gosto de natal. Mas me conformo. Me lembra mais a via crucis que propriamente o nascimento de Cristo. Aquela sucessão de almoços , jantares , perus e chesteres me cansa.  Este ano eu aprendi que Newton nasceu no dia 25 de dezembro. Não é uma daquelas coincidências relacionadas as leis básicas do universo. Na verdade não tem nenhuma importância ou relação pra as mesmas. Mas adorei a piada. " Há muito tempo atrás nesta mesma noite, 25 de dezembro, nasceu uma criança que iria mudar o mundo. Isaac Newton"
                                               Mas terminado o natal eu começo a me animar. Vou partir para Búzios em poucos dias e a Stonehenge dos pobres volta ter sua parte no laifúndio celeste. A Primavera é um mau momento no observatório mais urbano do mundo. Sua janela passeia por por locais escuros e sem muitas opções. A Nuvens de Magalhães passeiam por lá mas não são amigas das luzes urbanas e de um céu Bortle 8 ou 9. Agora a via láctea retorna e algumas das maiores maravilhas celestes retornam em horários razoáveis.
                E me preparando para a temporada Buziana de fim de ano ( uma tradição) inicio os preparativos.
                Não é tão fácil quanto pode parecer observar. Especialmente se seu telescópio é muito maior que a mala do carro. então a melhor idéia e convencer seu irmão a levar seu telescópio. Na verdade a sua cunhada...  Me u irmão mora próximo a mim na Republica do Leblon. E eu acho mais simples ir a pé até a sua casa. No caminho paro rapidamente no "escritório" para evitar uma pane seca no trajeto. A cena é um bom começo de fim de um ano...
                Nem tudo pode ser tão simples e depois de buscar o carro de meu irmão no estacionamento começa a missão de fazer tudo o que é necessário ( e o que não é) caber no porta malas. Depois de um telescópio , algumas caixas de cervejas , malas e cia. ltda. fechamos a tampa. Não entendo a enorme quantidade de bananas compradas pela cunhada.  Ainda falta entrar um cooler.
                Retornando para casa acho que é bom tirar a ferrugem e pego meu 15X70. Afinal é verão   a via láctea esta de volta e eu pretendo chegar em Búzios com algum treino. Astronomia é uma atividade que deve ser  cotidiana. E o treino faz falta.
                Com Canopus já alta eu volto a navegar por mares já antes navegados. Fico feliz em perceber que ainda conheço os cabeços e lajes no caminho.
                É verão.
                Com o 15X70 empunho começo a derrota. O porto de saída é seguro. Aponto para as Plêiades do Sul. Mesmo sem percebe las a olho nu eu sei onde residem. Dai para frente e seguir o rio galáctico.
Plêiades do Sul 
                Quando você observa regiões ricas na via láctea com binóculos é interessante balançar eles Leste -oeste e vice versa. Você vai perceber claramente uma faixa de estrelas em determinada região. Em locais escuros você vê claramente os braços da galaxia abraçando esta área . É a Via láctea e a razão de seu nome. Em áreas urbanas isto também é evidente. Mas só com auxilio óptico...
                Partino das Plêiades do Sul rumo ao norte e acompanhando a corrente de estrelas você vai rapidamente deparar-se com A Nebulosa de eta carina. facilmente percebida e no coração de um grande agrupamento estelar .Com um pouco mais de atenção você vai notar duas pequenas condensações de luz seguindo rumo norte.  

                               Aí começa o treino para os céus mais escuros que me aguardam. Navegando nesta área você deve exercitar sua visão periférica. Existem diversa condensações semelhantes . Muitas tênues. São estes pequenos fantasmas que você quer localizar com seu telescópio. O uso de binóculos é um treino fundamental para aproveitar o máximo de seus instrumentos mais poderosos.
                Conforme passeio na área vou localizando velhos conhecidos .
                Binóculos são divertidos porque parecem um pouco com "bar crawling". Você sai por uma vizinhança conhecida mas não planeja quais são os bares no caminho até em casa.
                Já falei que o primeiro drink ( esta época do ano) costuma ser em IC 2602. As Plêiades do Sul. Resolvem-se uma dezena de estrelas aproximadamente . Todas bem claras e enchendo o campo do binoculo.
                Desta vez eu segui daí rumo a Ngc 3372. É quase inevitável se deparar com a mesma acompanhando a ordem natural das coisa e seguindo a Via Láctea a partir do ponto inicial. Aqui é importante se concentrar . Existirão diversas outra nebulosas na paisagem. Depois de cansar de Eta Carina perceba estes esfuminhos mais fracos.
                Tanto Ngc 3324 como 3293 serão evidentes . Um mais que o outro. Resolvem-se algumas estrelas em ambos . Mas as condições são bem ruins. Em locais mais escuros se resolvem melhor. A obra do Metro faz da Stonehenge dos Pobres um teste bastante duro.
                Vou seguindo o Braço galáctico e me deparo com IC 2581 e Ngc 3247. Sem muita resolução formam um belo par de esfuminhos onde flicam estrelas. No limite da solução.
Omicron Velorum 

                Depois me deparo com velho conhecido . Omicron Velorum e seu aglomerado. O primeiro DSO que "descobri". Mas a grata surpresa foi conseguir perceber claramente  Ngc 2669. É um vizinho próximo mas bem mais tímido. Se apresentou claramente mesmo com visão direta. Raridade.
                Ainda na região mais alta de janela encontrei IC 2488. Um dos últimos objetos do catalogo Lacaile que observei. Embora sem se resolver integralmente se apresenta fácil para o 15X70.
2488
                Depois volto para as Plêiades do Sul e visito rumo ao leste . Em rápida escaneada percebo facilmente ( umas mais fáceis que outras) Ngc 3376, 3532 e 3572.
3766

                Como não poderia deixar de ser vou atrás do cometa Lovejoy já mais a oeste. E Mesmo com  a forte poluição luminosa causada pela Rocinha e  Barra percebo este discretamente como uma pequena estrela desfocada. Nada de cauda.
                Fico feliz pois há tempos não fazia uma boa observação com meu 15X70 e mais feliz ainda por ter conseguido perceber tantos objetos mesmo sob péssimas condições .
                Não vou contar a tradicional história sobre andar de bicicleta.
                Foi um bom começo do fim de ano...

                

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O Verão e Órion

             


               Vem chegando o Verão. Na verdade este se iniciou por volta das 9:00 do dia 21 de dezembro.  
                O Sol já vai a se por no mar quando visto do Arpoador e  a humanidade ( ou pelo menos a parte mais feliz desta...) aplaude.
                E logo após Órion se assenhora do céu nascendo no horizonte leste e com isto fazendo a alegria de uma outra parte feliz da humanidade.
                Logo que comecei a me interessar por astronomia Órion foi uma das primeiras constelações que aprendi a identificar. As Três Marias formando o cinturão do caçador e indicando para o sul Sirius e para o norte Aldebarã foram um dos primeiros guias que tive pelos céus. Consequentemente M42 e as Plêiades foram alguns dos primeiros DSO com que tive contato.
                Quando observamos esta região do céu em geral M42 , a Grande nebulosa de Órion, rouba a cena. Mas fuçando o meu HD achei algumas fotos feitas com minha lente 75-300 e assim abarcando toda região. Mais precisamente 20 fotos feitas a quase exatamente um ano. 20 exposições de 15 segundos cada feitas com a lente @ 75 mm. Depois de passear com elas pelo Deep Sky Stacker obtive esta foto.
                E assim me lembrei que entre ao redor do cinturão de Órion se escondem ( na verdade não se escondem...) diversos DSO que são muito vezes renegados devido a presença da manjada nebulosa.

                 E assim comecei a imaginar um tour de force que me agrade quando retornar para Búzios neste verão.

           


Como temos que partir de algum lugar e para variar um pouco vamos partir do DSO mais ao norte em nosso fotografia. M78 é a mais brilhante nebulosa de reflexão dos céus. E foi uma grata surpresa percebe-la facilmente como uma pequena estrela desfocada nesta foto de campo tão grande. Percebemos claramente as estrelas que a iluminam na ampliação. Embora não se perceba cor na fotografia ela tem um brilho azulado na ocular. São partículas de poeira brincando com a luz. Por processo semelhante o céu aqui na terra é azul... 
          








 Seguindo o trajeto rumo ao sul outra captura inesperada ( ainda que sutil) na foto é Ngc 2024 , A Nebulosa da Chama. Mesmo com tão pouco tempo de exposição ( 5 minutos se tudo for somado) ela se apresenta claramente ao lado de Alnitak ( Zeta Orionis). Esta é uma nebulosa de emissão e faz parte da mesma nuvem que forma M 42 ( Veja o post sobre o Loop de Barnard aqui)  .
           



 Agora que já falamos em Alnitak vamos tratar de Cr 70. Este é o aglomerado associado as Três Marias e forma um imenso grupo móvel de estrelas associadas que cobre a região. É uma das mais belas regiões do céu para se passear com um binóculo.  (Mais sobre Cr 70 aqui)
                Logo ao lado de Alnitak percebemos Sigma Orionis que é uma estrela múltipla bem interessante e que é associada com a Nebulosa Cabeça de cavalo. Esta uma nebulosa escura que infelizmente não foi capturada nesta modesta incursão fotográfica.
            





Agora já na espada do caçador começamos com Ngc 1981. A olho nu o conjunto parece ser a estrela mais ao norte da espada. O aglomerado é possui o apelido de " A Carroça  de Carvão " ( Coal Car Cluster) . Não me perguntem por que...  Consta que ele é melhor observado com cerca de 100x de aumento pois assim ele se destaca das estrelas de campo. 
         



 Descendo a espada chegamos a uma região de muito nomes mas apenas uma nebulosa. Pelo menos é o que observo. Entre M43 e Ngc 1981 se encontram Ngc 1977 , !978 e 1973. Para mim são todos a mesma coisa. Mas Alguns irão dizer que um é a nebulosa , o outro é o aglomerado de estrelas envolvido e o outro alguma outra formação. O catalogo Ngc vive em revisão. De qualquer forma a espada também é uma região sensacional de se visitar com um binoculo e se tem a clara sensação de que estrelas brotam a partir de M42 ( o que é verdade...). 
         









 Agora chegamos em M43 , também chamada da Nebulosa de Marian. Trata-se de um apêndice de M42 e confesso nunca ter entendido como Messier a separou da Matriz... ( Jádiscutimos isto aqui. A Inveja é uma merda).
                Chegamos a M 42. Dispensa comentários. Na verdade a razão de ser deste post é apresentar os DSO que são esquecidos devido a esta dama.  M 42 já possui o seu particular.
            







Finalmente no extremo sul da espada de Órion encontramos um belo aglomerado com nebulosidade que é a entrada de numero 1980 do New General catalog ( NGC...) .
            

A região visitada neste post esta quase toda ao alcance de binóculos. Separar Sigma Orionis pode ser difícil desta forma . Mas é facilmente factível com um pequeno telescópio. M 78 não será lá estas coisas com pequenos aumento também. A nebulosa da chama só é perceptível visualmente de locais muito escuros. 
                Este é um belo passeio para o astrônomo iniciante e um reencontro anual sempre emocionante para os mais experientes.
                Bom verão.

                

domingo, 7 de dezembro de 2014

Canopus, Ngc 2451 e o Tempo

                                                                   
            Tenho estado sem tempo para a "Difícil Arte" . Talvez por ter que praticar uma de suas versões como ganha pão a minha forma favorita de fotografia tem ficado um pouco ao deus dará.
            O tempo é uma coisa curiosa. Não acredito que o mesmo seja apenas uma criação humana. Na verdade tenho solidas evidencias que ele é um dos componentes do universo. Uma dimensão. Afinal ele se relaciona com diversas constantes universais e responde a estas mudando sua velocidade e o seu andar .  Parece-me pouco provável que isto seja fruto de nossa humanidade. E mesmo sem tempo consegui ter um sábado diferente e ainda assim bastante produtivo.
            Ao contrario do que se pensa a astro fotografia pode ser uma "Difícil Arte" e demandar equipamentos e técnicas e tempos ( olha ele aí outra vez) de exposição que podem intimidar os leigos e os duros... Mas as vezes descubro que para realiza-la sem maiores pretensões esta pode ser rápida, simples, quase barata e ainda assim uma poderosa ferramenta para se aprender astronomia.  

            Eu passara a semana em função de um comercial com uma surfista famosa por sua coragem e pouco juízo. E assim diariamente amanhecia sempre já na praia. O amanhecer primaveril ao longo da semana estava sempre mais para "Ilha do Dr. Moreau" que para comercial de desodorante com estrela do surf. E assim o tempo foi passando e um comercial de 3 dias se tornou um épico de 10 diárias . Bom para as finanças e nem tão bom para a astronomia.

            Finalmente depois de um belo jantar com Envelopes de Merluza com Legumes e Vagens ao alho eu finalmente monto o "Newton" junto a Janela da Stonehenge dos Pobres. A obra do metro continua e seus refletores fazem sombras em minha sala... Mas pretendo fazer algumas fotos.  Como há muito não observava nada tinha um set up completo a minha frente. Retirar o "Newton" de seu caixão e instala-lo em sua montagem. Depois afinar a buscadora usando a luz de tope de um prédio distante. Curiosamente não levou mais que um minuto. Parecia que a buscadora não havia passado mais de um mês jogada dentro do bau do corredor. Depois fiz um alinhamento polar de ouvido.  Não iria esperar por Canopus cruzando o meridiano para melhora-lo e assim poder utilizar meu método ( e de todos os preguiçosos...) favorito de alinhamento polar. De qualquer forma sei aonde fica o sul a partir da Stoehenge dos Pobres...
            Depois instalo o motor drive; somente no eixo de R.A. E aí a porca torce o rabo. Estou sem pilha. Adeus astro fotografia ( pelo menos eu assim achava...). Mas não vou perder a viagem e resolvo observar um pouco  qualquer coisa.
            O céu esta meio nublado ( sou muito teimoso) e acabo apontando o telescópio para Canopus (Alpha Carina) .Serve para melhorar o alinhamento da buscadora. E sendo a segunda estrela mais brilhante do céu não só domina a paisagem como não se intimida facilmente com a nebulosidade. Tão brilhante que o obcecado de plantão resolve fazer algumas fotos .

Primeiro uma para mostrar que a colimação do Newton poderia estar melhor e como uma tela de proteção atrapalha  . E depois outras para ver até onde eu podia ir sem utilizar um motor para acompanhar. Em 3 segundos eu começo a perceber muito drift . Especialmente nas estrelas de campo menos brilhantes. Utilizei ASA 1600...
Na foto maais a esquerda a exposição é de 1,5 seg. Na mais a direita 3 seg. A foto centrall demonstra clarramente como a tela dde proteção interfere  na foto... exposição de 2,5 seg. 

            Como sempre gosto de lembrar astronomia consiste em observar e depois estudar o que se observou. R assim lá vamos nós. Depois de consultar meus alfarrábios e diversos sites descubro que Canopus não é somente a segunda estrela mais brilhante do firmamento. Sendo a estrela mais brilhante da finada constelação de Argos( que representava o navio dos Argonautas no céu antigo e é uma das 48 constelações originais de Ptolomeu )  nada mais justo do que ela ter o nome do skipper do barco do Rei Menelau quando este foi recuperar Helena...
            É também uma rara estrela do tipo F0 Ia e assim apresenta uma linha evolutiva bastante discutida e pouco entendida. Cortando em miúdos trata-se de uma estrela que não sabe se já passou pela fase de gigante vermelha e encolheu novamente mimetizando uma estrela do tipo F ou se ainda não alcançou a fase de gigante vermelha. Se for este o caso ela deve estar queimando seu hélio e vai continuar até fumar carbono.Como não possui massa para explodir em uma supernova é possível que torne-e uma anã branca atípica com um núcleo de neônio e oxigênio... Bastante original. Esta localizada  a 310 anos luz.
            Canopus é ainda uma estrela guia por natureza. No passado indicava o rumo sul aos navegantes. E hoje em dia é uma estrela utilizada para a navegação de espaçonaves. A Mariner em seu caminho para Mércurio teve problemas confundindo Canopus com um cisco na lente de uma câmera usada para navegação. Esta apontava para Canopus. Devido a sua distancia angular do sol ela é extremamente útil para esta função.
            Depois de descobrir isto percebi que o céu dera uma limpada e assim resolvi passear pela Popa do Navio e acabei naufragando em um evidente aglomerado. Sem consultar mapas ou afins fiquei observando belo espetáculo. Uma brilhante estrela vermelha cercadas de companheiras mais fracas. Um aglomerado aberto com certeza - pensei.
            Fotografar DSO´s sem acompanhamento é por muitos considerado impossível e uma heresia. Mas eu nunca acreditei em dogmas e fissurado que estava para fazer umas fotos da novidade tentei a sorte.
             O tempo é uma entidade do universo que varia conforme a gravidade e a velocidade. Já o tempo de exposição varia em função da ASA e da necessidade. Joguei a ASA para exorbitantes 6400 e fotografei um DSO com modestos 3 segundos. Depois co apenas 1,5... E utilizando as fotos obtidas junto ao site da Astrometry descobri que fotografara Ngc 2451.
Astrometry...
Sem motor e com um tempo de exposição possível até mesmo para câmeras saboneteiras. Nada digno de prêmio ou do APOD. Mas um registro honesto que permitiu a identificação pronta deste também  muito discutido DSO.
Canon T3 - Newtoniano 150 mm -1 exposição de 1,5 segundos sem acompanhamento....
            Ngc 2451 foi primeiro observado por Hodierna e incluído em seu obscuro catalogo publicado em 1654. Posteriormente foi redescoberto por John Herschel ( o filho) já no sec.XIX. Este o descreveu como um aglomerado difuso com estrelas brilhantes. Mais a frente 2451 foi confrontado com a triste idéia de este ser na verdade um asterismo ( um agrupamento de estrelas não relacionadas gravitacionalmente). Sua mais brilhante estrela é C Puppis. É a estrela avermelhada que domina a cena. Esta definitivamente não é um membro do aglomerado. Os astrônomos alemães Roser e Bastian nos explicam em um paper de 1994 o que é 2451. As estrelas que se percebem em telescópios amadores não são relacionadas ( somente 4 delas fazem parte do real dso... ).Entretanto em uma janela de 4o ao redor das estrelas que percebemos como 2451 existem 24 estrelas que presentam o mesmo movimento próprio e idades semelhantes. O autores batizaram este grupo de " Puppis Moving Group". Mas fazem questão de frisar que este não é Ngc 2451.  Para botar lenha na fogueira estudos fotométricos dos anos 60 suportam que as estrelas que percebemos como 2451 são associadas. E para incendiar a questão de vez os alemães supra citados ainda acreditam haver na área um outro aglomerado escondido no fundo de toda esta confusão . Este situado a 1.300 anos luz  contra modestos 850 do outro. O´Meara classifica o Ngc 451 cono um asterismo em seu" Hidden Treasures".
            Apesar de continuar em inventário eu considera 2451 um excelente alvo para qualquer instrumento óptico e sendo fotográfavel com exposições bem curtas. Um DSO pouco tímido e que não pode deixar de ser visitado. Sua magnitude é de 2.2 e é facilmente achado seguindo-se a Via Láctea a partir de Canopus.  Acho importante ressaltar que as condições tanto de observação como para a pratica fotográfica foram bem extremas e os níveis de poluição luminosa eram absurdos. Além da obra do metro a lua já ia quse cheia... Em céus mais escuros 2451x é ainda mais rico.

            E de uma má foto sempre se pode fazer um bom desenho. É só gastar algum tempo no Photoshop e usar a foto como pano de fundo e o desenho é feito em uma camada superior. Mais algum tempo realizando um acabamento "artístico" e voilá. Nada mal para um dezembro ocupado. Em apenas 1 segundo de exposição.
               Óoooh  Tempo Rei!