Newton 150 mm f8
Seeing 2 (fraco)
Buzios , Geribá
Essa foi uma sessão observacional conturbada.
Saí do Rio com minha filha as 4:00 PM.
7:05 PM começava a montar o telescópio.
Alinhamento Polar bastante simples . É só alinhar o eixo polar perpendicularmente a parede do quintal . A cabeça equatorial já sabe a latitude local “de ouvido”.
Aí começou a enrolar.
Alinhar as buscadoras. Coloco a 25 mm no focalizador.
Eu prefiro alinhar as buscadoras utilizando um ponto fixo de luz. Ou pelo menos que gire comigo.
Astronomia urbana também tem qualidades . Em qualquer lugar você tem um poste ao longe ou uma janela iluminada.
Astronomia suburbana já não é bem assim. O único pote que se encontra a uma distancia razoável para servir de estrela está sem Luz. Ok. Saturno vem nascendo a leste. Vamos alinhar tudo com um alvo móvel.
Centralizo o planeta no red-dot finder e olho na buscadora ótica (10x50mm). Quase fora do campo (~= 5º ). Centralizo o alvo e olho pela ocular. Nada...
Escaneio para lá e para cá. Nada...
Olho , sacudo e mexo um pouco nas buscadoras. Após alguma procura aparece o planeta dos anéis em minha ocular. Alinho melhor s buscadoras e aumento a magnificação. Coloco logo a 4mm. O seeing não esta lá estas coisas.
Depois de apanhar mais um pouco com a buscadora ( que evidentemente tá afim de me sacanear) consigo enquadrar o objeto no pequeno campo da Plossl 4mm Cintax.
Rapidamente percebo que meu alinhamento polar “de ouvido” poderia estar melhor.
Em momentos de relativa estabilidade vislumbro a divisão Cassini . Algumas faixas no disco do planeta. 2 faixas claramente distintas na estrutura dos anéis.
Titã facilmente visto a distancia de um disco planetário a oeste. A leste percebo mais póxima ao disco Dione. Vislumbro , em momentos de bom seeing e com “averted vision”, Rheia entre Dione e o disco planetário.
Tento colocar a Barlow com a 4 mm. 600x. Não presta.
Depois uma rápida visita a Eta Carina. Com a 25 e a 10mm. Faixas negras. Sempre linda.
O telescópio saiu de dentro do carro com ar condicionado diretamente para o jardim. Começo a perceber condensação do lado de fora do OTA.
Para tudo! E espera as coisas se aclimatarem.
Atingir algum tipo de equilíbrio térmico.
. Me desentendo um pouco com a buscadora (novamente...) e vou até Arcurus para afinar. De volta após o jantar vou em busca de Izar .( Mirac; Mirak; Mirach; Mizar; Pulcherrima).
Uma dupla bastante conhecida .Separadas por apenas 3`de arco é um alvo duro. Um teste de Seeing. Acredito ter percebido um pequeno espaço negro separando seus componentes . O seeing não esta estas coisas..E está muito úmido.
Mais tarde , por volta de 1:30 AM , visito a lua que chega apagando as estrelas.
Albategnius é uma bela cratera com 139 km de diâmetro. Se percebe claramente seu pico central. Pode ser percebida com um binóculo 10x.
Observei Platão ,no limbo noroeste, por algum tempo com a 17 mm. Interessante formação circular. Grande .Apresentou fenômenos lunares transientes. ( Nuvens em 1871). Percebo estruturas colapsadas tanto a sudoeste como a nortoeste de suas paredes.
Por fim vasculhei a região próxima a Abulfeda utilizando a 4mm. 300x. Logo a sul se destacam três crateras em um padrão triangular. Bem junto ao terminator. São Geber , Abenezra e Azophi. Abenezra é um pouco mais jovem que as outras duas.
Faço mais uma visita a Saturno e recolho as coisas. O tempo deu uma fechada por volta de 2:30 AM
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