Finalmente
chegou minha nova câmera fotográfica. Foi uma longa espera. Minha Canon 350 D se “afogou” no
final de janeiro em uma viagem ao litoral sul do Rio. Contei os seus últimos momentos aqui noNuncius Australis.
Depois
de uma rápida pesquisa me convenci que a Canon T3 seria uma excelente opção para
substituir a já velha e antiquada 350 D. Evidentemente que um dos principais
motivos da escolha foi o preço. Afinal é um compromisso (e uma necessidade
agora mais acentuada ainda com a gravidez) manter os custos do hobby os mais
baixos possíveis...
Gostaria
de dizer que a entrega transcorreu de forma rápida e fácil. Não posso.
A
EGD Eletro demorou exatamente um mês (30 dias) para entregar o produto. No
inicio do processo o combinado era 10 dias.
Existe atualmente um tipo de loja que é muito
comum na web. Elas não possuem nada em estoque. São na realidade importadoras
nas quais seu pedido dispara o gatilho que vai fazer com que o produto comprado
inicie seu trajeto do exterior para sua casa. O produto pode estar saindo da
China, dos EUA, ou do Paraguai.
Já realizei compras assim e em geral o
importador nos conta o sistema e pede até um mês para a entrega. Muito justo.
A minha impressão é que a EGD tenta apresentar
uma imagem de firma mais séria. Não é. È exatamente igual às tantas outras importadoras
da web. Mas no querendo ser o que não é se enrola, atrasa e inventa varias
desculpas. Além de ter um atendente no SAC muito do mal educado.
Em
sua defesa posso dizer apenas que depois de mudar a data diversas vezes e
contarem muita história acabaram enviando minha encomenda via SEDEX. Eu paguei
por PAC.
Creio
que devido a uma pratica da justiça. Depois da primeira notificação (que
aconteceu em 23 de Janeiro) a empresa responsável tem até 30 dias para entregar
o produto. Depois perde o processo. Se mandassem pelo PAC a câmera não chegaria
a tempo de livra-los da lei.
Mas
enfim, depois deste parto a fórceps, a câmera chegou (provavelmente do
Paraguai) em bom estado.
Uma surpresa que me deixou bastante feliz. O Kit que comprei acompanha uma lente EF-S
18-55 mm 3.5-5.6. Chegou uma EF-S 18-55 mm IS II. Ou seja, uma lente mais nova e com imagem estabilizada.
A
Canon T3 é a DSLR no “low end” da serie EOS. Evidentemente que ainda assim é um
grande upgrade sobre a antiga 350 D. No mercado europeu ela é denominada
1100D. O set-up com a 18-55 mm saiu,
com frete incluso, por R$ 1352,00. . Inclua aí mais 85 reais que paguei em um
novo cartão SDHC de 8 GB (serie 10).
Na B&H o mesmo kit sai por US$ 549,00. Ou seja,
quase o mesmo preço. Se colocar o frete sairia até mais caro. O preço mais baixo que achei foi US$ 449,00.
É
inevitável que este post apresente um caráter comparativo entre minha falecida
350 D e a nova 3T. Mesmo sendo uma tremenda covardia.
Minha
antiga câmera tinha um sensor CMOS de 8.0 MP. Já a T3 apresenta um CMOS de 12.2
MP.
Mas
confesso um detalhe que realmente faz uma bárbara diferença (especialmente para
astrofotografia) é a possibilidade de se focalizar utilizando o LCD nas costas
da câmera. Na minha falecida só se podia enquadrar e focar pelo view finder. É
claro que este é um auxilio fundamental para uma câmera que pode realizar
vídeos. A 350 d era uma câmera exclusivamente Still.
Outro
avanço é sua maior sensibilidade. Enquanto a velha XT só possuía ASA entre 100
e 1600 a T 3 possui um leque bem mais amplo e muito maior sensibilidade. Vai de
100 a 6400.
As
comparações com a 350 D devem terminar por aqui. A Canon 350 D foi lançada em
2006. A T3 em 2011. Assim sendo é infrutífera qualquer comparação entre as
mesmas. Na verdade ela vem para substituir a Canon XS (1000D).
Vamos
tornar as coisas mais justas.
O
processador de imagens da T3 é o Digic 4. O mesmo de suas irmãs maiores T3i e
T2i. A T3 é a irmão mais pobre destas.
O
LCD da T3 não é móvel. E possui 2.7 polegadas.
Sua
única vantagem sobre suas irmãs mais nobres é sua autonomia. Ela é capaz de
tirar até 700 fotos com um ciclo de bateria. As outras não excedem 550. Sem
utilizar o LCD. Utilizando este continuamente não espere mais que 220 fotos.
Possui
ainda Live View e sua velocidade de obturador vai de 1/4000 até 30 seg. mais
modo Bulb (para exposições mais longas). É necessário comprar um disparador
para operar em Bulb. Ou operar via PC.
De
uma olhada nas especificações técnicas da moça comparada a algumas outras
companheiras da série EOS... (todas mais avançadas que a falecida)
Canon EOS
Rebel XS
|
Canon EOS Rebel T3
|
Canon EOS Rebel
XSi
|
Canon EOS Rebel T1i
|
Canon Eos
Rebel T2i
|
Canon EOS Rebel
T3i
|
|
Sensor
Resolução
Efetiva
|
10.1-megapixel CMOS
|
12.2-megapixel CMOS
|
12.2-megapixel CMOS
|
15.1-megapixel CMOS
|
18-megapixel CMOS
|
18-megapixel CMOS
|
22.2 x 14.8mm
|
22.2 x 14.7mm
|
22.2 x 14.8mm
|
22.3 x 14.9mm
|
22.3 x 14.9mm
|
22.3 x 14.9mm
|
|
Processador de
Imagem
|
Digic III
|
Digic 4
|
Digic III
|
Digic 4
|
Digic 4
|
Digic 4
|
Escala
Sensibilidade
(ASA)
|
ISO 100 - ISO 1,600
|
ISO 100 - ISO 6,400
|
ISO 100 - ISO 1,600
|
ISO 100 - ISO 3,200/12,800 (expandido)
|
ISO 100 - ISO 6,400/ 12,800 (expandido)
|
ISO 100 - ISO 6,400/ 12,800 (expandido)
|
Disparos
Contimuos
|
3fps
5 raw/ilimitada JPEG |
3fps JPEG/2
fps raw
5 raw/830 JPEG |
3.5fps
6 raw/53 JPEG |
3.5fps
6 raw/53 JPEG |
3.7fps
6 raw/34 JPEG |
3.7fps
11 raw/34 JPEG |
Viewfinder (mag/ effective mag)
|
95% cobertura
0.81x/0.51x |
95% cobertura
0.80x/0.50x |
95% cobertura
0.87x/0.54x |
95% cobertura
0.87x/0.54x |
95% cobertura
0.87x/0.54x |
95% cobertura
0.87x/0.54x |
Autofocus
|
7-pt AF
n/d |
9-pt AF
all cross-type; center dual cross to f5.6 |
9-pt AF
center cross-type |
9-pt AF
center cross-type |
9-pt AF
center cross-type to f2.8 |
9-pt AF
center cross-type to f2.8 |
Velocidade
Obturador
|
1/4,000 to 30
segs; bulb; 1/160 x-sync
|
1/4,000 to 30
segs; bulb; 1/200 x-sync
|
1/4,000 to 30
segs; bulb; 1/160 x-sync
|
1/4,000 to 30
segs; bulb; 1/160 x-sync
|
1/4,000 to 30
segs; bulb; 1/160 x-sync
|
1/4,000 to 30
segs; bulb; 1/160 x-sync
|
Medição
|
35 zonas
|
63-zonas iFCL
|
35 zonas
|
35 zonas
|
63-zona iFCL
|
63-zona iFCL
|
Live View
|
Sim
|
Sim
|
Sim
|
Sim
|
Sim
|
Sim
|
Video
|
Não
|
H.264
QuickTime MOV 720/25p/30p
|
Não
|
H.264
QuickTime MOV 1080/20p; 720/30p
|
H.264
QuickTime MOV 1080/24p/ 25p/30p; 720/50p/ 60p
|
H.264
QuickTime MOV 1080/24p/ 25p/30p; 720/50p/ 60p
|
Controle de
Abertura e obturador –Video
|
n/d
|
Não
|
n/d
|
Não
|
Sim
|
Sim
|
Audio
|
n/a
|
Mono
|
n/a
|
Mono
|
Mono;Ent mic
|
Mono; Ent mic
|
Estabilização Imagem
|
Optical
|
Optical
|
Optical
|
Optical
|
Optical
|
Optical
|
LCD
|
2.5 inches fixed
230,000 pixels |
2.7 inches fixed
230,000 pixels |
2 inches fixed
230,000 pixels |
3 inches fixed
920,000 pixels |
3 inches fixed
1.04 megapixels |
3 inches articulated
1.04 megapixels |
Memória
|
1 x SDHC
|
1 x SDXC
|
1 x SDHC
|
1 x SDHC
|
1 x SDXC
|
1 x SDXC
|
Wireless flash
|
Não
|
Não
|
Não
|
Não
|
Não
|
Sim
|
Autonomia
|
500 fotos
|
700 fotos
|
500 fotos
|
400 fotos
|
550 fotos
|
440 fotos
|
Dimensões
(polegadas)
|
5.0 x 3.8 x 2.4
|
5.1 x 3.9 x 3.1
|
5.1 x 3.8 x 2.4
|
5.1 x 3.8 x 2.4
|
5.1 x 3.8 x 3.0
|
5.1 x 3.8 x 3.0
|
Lançamento
|
Agosto 2008
|
Março 2011
|
Abril 2008
|
Abril 2009
|
Março 2010
|
Março 2011
|
A câmera chega e vem acompanhada de uma bateria,
uma alça, carregador, cabo USB para conectar ao PC, dois CDs de instruções e um
CD com diversos softwares para ajudar na operação da câmera (EOS utilities) e
na edição de imagens. Vem ainda o manual
impresso que serve para referencias rápidas. Os manuais em Cd são bem completos.
O manual de instruções sobre os softwares que acompanham a câmera é importante
ler. Mas não é neste post que vou tratar disto seriamente. Em uma rápida olhada
descobri possibilidades que, tenho certeza, vão levar minhas fotos para outro
patamar. Mas preciso estudar um pouco e elaborar um setup que, tenho certeza (cheio
de certezas. Sei não...), vai ficar muito bacana. Os próximos meses prometem...
De
volta a terra...
Abri
a caixa e em poucos minutos estava com a câmera montada. Ela lembra a minha
velha 350 D e não apresenta nenhum mistério insondável. Uma das maiores
diferenças é que utiliza cartões de Memória SD, SDHC, SDXC. Bem menores e mais
práticos que os antigos CF da falecida.
O cartão não vem incluído. Felizmente eu possuo um de 2 GB na minha
velha “saboneteira” (uma Casio EX100) que vai fazer o truque até que eu compre
algo maior. Capturando em JPEG o pequeno
cartão suporta 413 fotos. Em RAW 103.
Outra
coisa que se faz necessária comprar é ao menos mais uma bateria. Esta deve ser
modelo LP-E10.
Como
o brinquedo é novo e eu sou homem começo a ler o manual impresso calmamente.
Adoro ler manuais. Conforme vou me adiantando
na leitura percebo que poucas coisas mudaram em (pelo menos na interface)
relação a minha velha conhecida. Todos os “modos” continuam lá close-up, esportes,
paisagem, automático e etc...
Existe uma novidade o Modo CA. Creative automatic. É um modo para iniciantes
que vai permitir que você controle a “ambiance” da cena sem precisar saber o
que significam termos como profundidade de campo ou velocidade do obturador...
E
possui modo filme que era ausente na falecida. Ou seja, ela também filma. E em
HD.
Outra
grande melhoria, embora em nada astronômica, é com a possibilidade de se
determinar o ponto do auto focus no Live view de uma forma muito simples.
Através dos botões de direção você direciona um pequeno quadrado para o ponto
da imagem onde quer o foco. Bem pratico. Quando o quadrado fica verde esta em
foco. Infelizmente demora um pouco.
Para
a obtenção de um foco perfeito é melhor usar o foco manual, ampliar a imagem e
fazer o foco você mesmo. Para fotografia astronômica não existe auto foco...
Alguns
outros recursos foram introduzidos e ainda estou me familiarizando com tantos
novos menus.
Um
dos recursos que me chamou logo a atenção se chama Lighting Optimizer. É uma
espécie de auto brilho. Ou auto contraste. O recurso só funciona em JPEG. Em
RAW não. Acho melhor desabilitar...
Mas
chega a hora de me preparar para testar a câmera em sua principal função. Fotografia
astronômica.
Preparo o telescópio. Para esta primeira
experiência acho uma boa ideia reabilitar o “Galileu”. E Assim coloco o velho
refrator de 70 mm na montagem EQ3-2. É necessário um pouco de Silver Tape e um
pouco de criatividade mas apesar de parecer meio tosco o “rig” é bem eficiente
. E muito leve.
Aproveito
a brincadeira para fazer algumas fotos com o brinquedo novo do brinquedo velho.
Tudo no automático. Acredito ter percebido algo que já tinha lido a respeito em
uma review sobre a T3 na web. Com o White balance standard (default) as áreas
mais sombreadas da imagem podem apresentar um leve desvio para o azul. É muito
discreto, mas acredito ter percebido isto na panorâmica que fiz da janela. Tudo
em modo automático.
Desvio para o azul nas sombras? |
Afino a buscadora assim que o Hotel Marina se
acende.
Para
adaptar o a câmera com foco direto basta utilizar a barlow do Skywatcher .Mas
somente o barril, que se rosquea no T- Ring . Sem a lente barlow propriamente
dita. Este sistema é muito pratico.
Eu
tinha feito uma preview do céu na véspera com meu Zenith 20X50 mm. E sabia que
teria vários DSO´s bem brilhantes na cara do gol do “Stonehenge dos Pobres”.
Quando
vem chegando o fim do verão a parte sul da Via Láctea começa a se apresentar
bem defronte a janela no meio da noite.
E assim meu plano não era em nada
ambicioso. Eu pretendia fotografar IC
2602. As Plêiades do Sul.
É um DSO visível a olho nu mesmo em uma megacidade e com a lua com mais de 90% do
disco iluminado. Eu adoro observar com “Full Conditions”. Os ingleses aplicam a
expressão na pratica do montanhismo. Significa que esta frio, nevando, ventando
muito e sem nenhuma visibilidade. É claro que as encostas estão também
apresentando risco de avalanches...
Curiosamente
IC 2602 é membro do catalogo Lacaille, facilmente visível de minha janela e eu
nunca o tentei fotografar. Mas acho que vai fazer um bom par com o Galileu. Com
900 mm ele tem um campo maior que o 150 mm (que tem uma distancia focal de 1200
mm) e sendo bem brilhante não será problema para os modestos 70 mm do refrator.
Com
tudo pronto o Paradoxo de Newgear e a maldição do padre começam a rondar. O
vento esfria e vem do sudoeste. O céu começa a fechar...
Mas
eu não esmoreço. O alinhamento polar a partir da janela de casa é, na teoria, fácil.
E eu vou em frente e monto o motor apenas no eixo de RA. Deixo tudo pronto e só me resta esperar.
Se
a terra não parar por volta das 23h00min estará tudo no lugar. E as luzes da
vizinhança já terão dado um descanso. Assim espero. Curiosamente sextas feiras
costuma ser um bom dia (ou noite) para se fotografar. Os vizinhos costumam sair
e as luzes no prédio em frente estarão apagadas.
Claro
que com tudo tão planejado as coisas não aconteceram exatamente como o
esperado.
Por
razões ergonômicas desisto de IC 2602 acabo fazendo algumas fotos da Caixa de Joias.
Também chamada de Ngc 4755 é bem menor que as Plêiades Austrais. Vamos ver o
que o pequeno telescópio poderá conseguir. .
O alinhamento polar a partir de casa não é tão
fácil como gosto de acreditar. Eu mexi na cabeça em Itaipava e agora não esta
como deveria. Alinhamento polar é um saco...
Mas
depois de mexer com a cabeça um pouco para lá e para cá eu me dou por
satisfeito, Ficou uma porcaria. Mas eu quero testar a câmera e o tempo vai se
tornando cada vez mais nebuloso.
Assim
vou testar o foco com Acrux.
Pânico!!!
Não
consigo ver nada nem no finder nem no LCD. Mexe dali mexe de cá. E nada. Começo
a desesperar. Mas aí resolvo testar a câmera apontando ela para uma lâmpada.
Nem assim. Porra tem algo quebrado.
Finalmente
retiro o T- Ring e a Barlow e olho para eles. A barlow esta com sua tampa...
Não podia dar certo. Retiro a tampa.
O
resultado deste estresse foi um tremendo suadouro. A sensação térmica
no Rio tem batido 50 graus diariamente. Mas agora vai...
Descubro
a maravilha que é fazer foco utilizando o LCD. Não preciso mais ficar caçando o
finder da Câmera em posições kama sutricas.
O
seeing esta horroroso. Não é só o alinhamento polar que esta ruim. Quando
amplio a imagem para focar melhor Acrux pula mais que pipoca no LCD. Isto é um
péssimo seeing.
As
nuvens apagam a estrela. Alguns minutos depois deixam-na brilhar...
Divido Acrux e faço a primeira foto da nova câmera.
Acrux- Repare na Terceira estrela no canto direito . Acrux é um sistema triplo... |
Marco
a cremalheira com uma fita para guiar o foco.
Coloco
a 25 mm e me encaminho para o DSO. Com ele centralizado troco a ocular pela câmera
e tiro a primeira foto. O foco esta ruim. Faço um pequeno ajuste. E tiro outra.
15 segundos de exposição será o suficiente.
Rapidamente
descubro algo que eu sempre soube e procurei esquecer. A qualidade ótica do Galileu
é fraquinha. É um refrator da serie firstscope da Celestron que faz o seu
serviço. Mas só isso. Com uma câmera sensível e pela primeira vez fotografando
DSO´s ele manca. Muitas distorções, aberrações, e outras doenças se apresentam.
Ainda mais acentuadas por um alinhamento medíocre e por um seeing ridículo. Definitivamente
o 150 mm faz fotos muito melhores. Mesmo exigindo muito mais da montagem.
Faço apenas cinco fotos antes das
nuvens começaram a me boicotar para o deleite de Newgear. O resultado das fotos é muito semelhante ao
que se observa pela ocular. Percebem-se algumas estrelas mais tênues. O pequeno
70 mm só revela, para a visão, as mais brilhantes.
Ngc 4755 - A Caixa de Joias |
Mesmo
sem ter ainda feito uma sessão digna percebo diversas qualidades na nova câmera.
Ela
é infinitamente superior a 350 D. Um detalhe que percebo logo de cara é a menor
quantidade de hot pixels nas imagens. Mesmo sem dark frames e empilhadas de
forma estabanada no Rot ´n Stack eu não percebo as tradicionais trilhas de hot pixels
que o Rot apresenta no modo Max das series de quatro fotos que ele (o Rot n´stack)
faz para cada set de empilhadas. Como sempre o modo Mean dele é o que me parece
mais fiel.
Os "logaritmos" do Rot n´stack: Minimo, Mean , Maximo e Sort. |
Com
relação às fotos é interessante perceber que apesar de usar asa 3200 o ruído é
menos acentuado que com 1600 na velha câmera.
Repara na foto da esquerda os "rastros de hot pixels".A foto foi feita na 350 D com 1600 asa. |
Isto permite reduzir o tempo das
exposições. Sempre útil quando não se é possível fazer o drift para alinhar o
eixo polar...
Infelizmente
o LCD só consegue apresentar as estrelas mais brilhantes. Assim como no finder.
Então para realizar o foco continua valendo o método de focar em uma estrela
mais brilhante próxima e depois centralizar o DSO que será fotografado. Com o
campo enorme o 70 mm torna isto mais fácil que no 150 mm. A afinação da
buscadora se torna um pouco menos critica.
Espero
que o tempo permita e assim que a lua der uma pequena trégua quero fazer um
jogo mais sério com o 150 mm. Deixo tudo no lugar para atacar as Plêiades na próxima
noite.
Embora
longe das potencialidades do novo equipamento fico feliz com o resultado.
Primeiros encontros são sempre delicados. E no final foi feliz.
Abro
uma garrafa de Colorado Indica. É uma India Pale Ale. Uma cerveja. Feita em
Ribeirão Preto. Graduação: 8%
E volto para o manual do EOS Utilities... .
P.S. Fiz as primeiras experiências utilizando a câmera plugada ao computador e operada de forma remota pelo EOS Utilities. A interface é simplíssima e não tive problema nenhum . Você consegue controlar todos os parâmetros da exposição e ainda operar em BULB ( exposições com mais de 30 segundos) sem ter necessidade de comprar um disparador. O programa ainda oferece a possibilidade de colocar duas exposições em over lay e assim saber se o acompanhamento vai bem... Muito bom. Além de que o driver funciona perfeitamente com o Win 7 . Na 350 D era necessário utilizar o XP e mesmo assim a operação não era tão simples e não apresentava metade do controle possível na T3. Possuindo uma montagem com go-to você pode observar pela tela do PC.
Estou ficando velho...
P.S. Fiz as primeiras experiências utilizando a câmera plugada ao computador e operada de forma remota pelo EOS Utilities. A interface é simplíssima e não tive problema nenhum . Você consegue controlar todos os parâmetros da exposição e ainda operar em BULB ( exposições com mais de 30 segundos) sem ter necessidade de comprar um disparador. O programa ainda oferece a possibilidade de colocar duas exposições em over lay e assim saber se o acompanhamento vai bem... Muito bom. Além de que o driver funciona perfeitamente com o Win 7 . Na 350 D era necessário utilizar o XP e mesmo assim a operação não era tão simples e não apresentava metade do controle possível na T3. Possuindo uma montagem com go-to você pode observar pela tela do PC.
Estou ficando velho...
Parabéns por suas postagens. São sempre uma ótima leitura. Tenho um tele parecido com o seu, mas F/6, e seus posts são sempre esclarecedores sobre vários aspectos deste meu primeiro telescopio.
ResponderExcluirÓtimo o seu blog e a maneira que vc escreve ,continue postandoeu estou sempre visitando o seu blog
ResponderExcluirEm breve vou te mandar umas fotos que fiz com a minha sony nex 3, isso se vc quizer.
um abraço