Saída do Rio rumo a Buzios. Minha filha diretamente da COTRAUMA. Aonde acabou ganhando uma tala de gesso . São 18:30 .
21h30min estamos em Buzios. Um rápido Jantar. As dez e pouco estou começando a montar meu circo. Balancear bem o telescópio. Quero colocar minha câmera em “piggyback”. Depois alinhar a buscadora (9x50).
Eu gosto muito de buscadoras. Possuo uma “red dot” e a ótica já citada. Infelizmente estou sem bateria para o pequeno led. Confesso que gosto muito de começar a navegação com o auxilio do pequeno led. E só depois procurar com a ótica.
Depois de algum tempo batendo cabeça e com a lua já no céu consigo afinar a buscadora com o auxilio luxuoso de Júpiter.
Todas as quatro luas presentes. Há muito não visitava o gigante. O cinturão equatorial Sul já voltou ao normal. Um pouco mais anêmico que o Norte.
Resolvo fazer uns testes que há muito queria. Testo a Barlow que acompanha o Skywatcher (não sei o fabricante, mas poderia ser Synta...) e fico alternado entre esta e uma Celestron Omni. Ambas 2x. E com uma Plossl 25 mm calçada eu tenho 98 x de aumento. Não se nota diferença significativa. Tenho a impressão de que a Skywatcher tem cor mais vivida. Mas é muito tênue a diferença. E o seeing não estava lá muito bom. Isto pode influenciar a comparação. Percebem-se algumas “marolas” ao longo do limite dos cinturões com ambas as "barlows". Já sem elas coloco a 10 mm (120 X). Percebem-se mais detalhes.
São ambas lentes Barlow de baixo custo e facilmente achadas no Brasil.
O seeing não suporta mais que isto. Tanto a combinação da 10 mm + Barlow como a 4 mm apresentam-se muito instáveis e quase impossível de focar.
Resolvo continuar o teste com as Barlow.
A lua, bem acima de Júpiter no horizonte leste, é um bom campo de prova.
Coloco novamente o set up com as barlows e a 25 mm. Passeio um pouco pelo “terminator” e acabo me concentrando em um grupo de crateras. Pesquisando o Moon atlas tudo me leva a crer que se trata de Pitiscus e Hommel A, B e C.
Novamente acho a imagem da Skywatcher levemente melhor. Pouca coisa. Um sentimento.
Faço um esboço da região com um lápis HB.
É tarde.
Vou dormir.
LOG de 19 de agosto 2011
Depois faço um rápido tributo a Saturno que já vai se escondendo.
Ainda não satisfeito com a buscadora parto para Acrux.
Sagitário vai alto ao céu e pretendo caçar alguns globulares que habitam próximos a Janela de Baade. Dirijo-me para Alnasl (Gama Sag.). O bico do bule. Vai ser nosso ponto de saída. Depois de centralizá-la na buscadora parto para a ocular (25 mm). Deixando Alnasl sempre bem na borda do campo e escaneando a região a sua volta você vai rapidamente vai achar Ngc 6528.
É um aglomerado Globular. Fica dentro da janela de Baade. Este pequeno buraco na poeira estelar nos permite ver bem perto do centro galáctico. Logo ao lado e menor esta Ngc 6522. Este é menor e parece mais com uma pequena estrela esfumaçada. Talvez seja o aglomerado mais antigo da galáxia.
Ngc 6528 é mais chamativo. Bem denso não chega a se resolver. Mas apresente o centro bem estelar e certa granulosidade nas bordas. O visito com todos os set up´s. Com a 10 mm é o melhor resultado.
As "barlows” o deixam muito escuro. Não percebo diferença na visualização entre elas.
Ngc 6522 é objeto de disputa entre o CdC e o Stellarium. O primeiro dá mag. de 9.90. O outro fala em 8.6. Me parece que o CdC é mais correto.
Ngc 6528 brilha a 9.60. É bem maior que o seu companheiro: 17´ arc. contra 5. 4.
Vou rapidamente checar M4. Mas a nebulosidade na região atrapalha muito e o Globular é um fantasma...
Albireo /Beta Cigny |
O tempo começa a piorar e acabo partindo para Albireo.
Cantada em prosa e verso é minha dupla favorita. O contraste entre seus componentes é realmente incrível. Eu acho que a primaria é de um amarelo alaranjado e a secundaria apresenta uma coloração levemente turquesa.
Qual a cor das estrelas de Albireo para você?
Roubou a noite. Ficamos namorando Albireo por um bom tempo.
Um teste final com as barlow´s. Ngc 6281. Um belo aglomerado aberto. Novamente tenho aquela impressão. A Sky watcher “rende um pouco mais que a OMNI da Celestron...
E a 10 mm resolve mais estrelas que ambas.
Nunca fui muito de usar lentes Barlow. Mas confesso que o maior eye relief às vezes ajuda. Em objetos claros elas se fazem uteis. E agrega conforto a observação mesmo com maiores magnificações.
São ótimas para observação lunar e planetária. Em dias de bom seeing é possível obter aumentos absurdos. E com paciência vislumbrar detalhes de superfície bem sutis.
Seu uso para “Deep Sky” é mais restrito. Ao dobrar a razão focal de seu telescópio ele “come muita luz. Assim seu uso se torna restrito a objetos mais claros. De preferência com alto brilho de superfície. Me ocorrem algumas nebulosas planetárias. Seus pequenos diâmetros vão beneficiar-se do maior aumento.
P.S. A Barlow Sky Watcher possui rosca para adaptar camera DSLR com T Ring. A Celestron OMNI não possui rosca.
P.S. A Barlow Sky Watcher possui rosca para adaptar camera DSLR com T Ring. A Celestron OMNI não possui rosca.
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