Abertura Critério de Rayleigh Limite de Dawes
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mm a/s a/s
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50 2.76 2.32
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60 2.30 1.90
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70 1.97 1.62
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75 1.84 1.52
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100 1.38 1.14
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150 0.92 0.76
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200 0.69 0.57
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250 0.55 0.45
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300 0.46 0.38
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400 0.34 0.28
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Sem
poder ir a céus mais escuros já há algum tempo (mesmo Búzios tem sido um
projeto difícil de se concretizar) e as voltas com a finalização do “Projeto
Lacaille” não tenho observado muito. Assim, quando muito, tenho tentado a sorte
em estrelas duplas. Estas sobrevivem a intensa poluição luminosa na “Stonehenge
dos Pobres” e sempre garantem alguma diversão para o astrônomo urbano.
Quão perto pode estar uma estrela de outra e ainda
assim serem percebidas como entidades distintas?
Diversos experimentos observacionais foram conduzidos
ao longo da história para determinar os limites de resolução de telescópios.
Os dois mais famosos e constantemente citados na
literatura são o “Critério de Rayleigh” e o “Limite de Dawes”.
O “Critério de Rayleigh”, vislumbrado por John
William Strutt, o terceiro Barão de Rayleigh, em 1878 prevê quão próximas podem
estar duas estrelas a ainda assim serem percebidas como pontos separados.
Utilizando dados empíricos ele chegou a seguinte conta:
CR= 138/D
Onde CR é o “Critério de Rayleigh” e será expresso em
segundos de arco e D é o diâmetro da objetiva ou espelho do telescópio (em milímetros).
Já o astrônomo inglês do século XIX William Dawes
utilizou uma outra aproximação. Dawes derivou uma formula para calcular quão
próximas podem estar duas estrelas de 6a magnitude e estas se
apresentarem “alongadas”, mas não resolvidas separadamente. Sua formula:
LD=114/D
Novamente D é o diâmetro do telescópio e o Limite de
Dawes também será obtido em segundos de arco.
Fica claro que o fator isolado mais importante para
saber se você vai ou não resolver duplas muito apertadas é o diâmetro de seu
telescópio.
Mas são aproximações... Muito s amadores irão exceder
o “Limite de Dawes” com telescópios de 150 mm ou menores enquanto outros jamais
vão alcança-lo. Isto vai acontecer porque a performance do telescópio será
afetada por diversos outros fatores. Os mais comuns serão o “seeing” (estabilidade
atmosférica), uma grande disparidade de cor e/ou magnitude no par, má colimação
ou má qualidade da ótica utilizada. E logicamente a acuidade visual de cada
observador.
Telescópios grandes (mais de 250 mm) dificilmente
atingem o Limite de Dawes. Mesmo os maiores telescópios amadores dificilmente mostrarão
detalhes inferiores a 0,5 arc/seg devido a nossa atmosfera. Em outras palavras,
um telescópio de 400 mm vai acrescentar pouquíssimo detalhes adicionais a
planetas ou dividir estrelas muito mais próximas que um de 250 mm quando
utilizados debaixo da maioria das condições observacionais comuns. Ainda que
estes apresentem mais cor e brilho.
Quando falamos em binóculos tanto o “Critério” como o
“Limite” ficam meio que “furados”. Ambos os cálculos pressupõem um aumento
muito maior do que o obtido com a maioria dos binóculos. Phill Harrington
propõe que você deve utilizar o seguinte cálculo para determinar o que você vai
resolver ou não em um binoculo. Leva em conta apena a ampliação permitida pelo
binoculo:
LRb=240/M
Onde
LRb é o limite de resolução binocular (em arc seg), 240 é a “Constante
de Harrington” e M é a magnificação do binoculo. Desta forma um Binoculo de
15X70 mm vai ser capaz de separar estrelas a 16 arc/seg uma da outra. Já um 10X50 irá separar estrelas a 24 arc/seg.
Abaixo uma tabela para valores comuns:
Magnificação Limite de Resolução
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7 34
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10 24
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15 16
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20
12
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30 8
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Estrelas Duplas são um dos alvos mais recompensadores
para o astrônomo urbano. E também são uma de meus programas favoritos para
encerrar minhas observações lutando para perceber tênues DSO´s eu gosto de escolher
o menu de estrelas duplas que habita o Synscan de Mlle. Herschel (uma espécie
de “computador de bordo” que controla a minha cabeça equatorial) e ver o que a
noite reserva já sem tanto compromisso. É incrível a variedade de desafios e
belezas que se escondem entre duplas. Algumas são de colorido encantador, outras
levam você a explorar o máximo de ampliação que o seu telescópio e o seeing
podem suportar e outra ainda simplesmente não se resolve em uma noite para se
entregar na próxima. Mas só tentando para saber. Bela brincadeira...
Albireo "do Verão"... |
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