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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Astrofotografia, Galáxias, Nebulosas , Aglomerados e Champagne

      


        O fim de ano foi novamente nas terras de José Eustáquio , o mitológico  primeiro  astrônomo da Armação dos Búzios. Como não poderia deixar de ser neste período do ano a chegada foi regada mais a  champagne do que a  astronomia. 
                No dia 4 a casa já ia mais vazia e a lua mais minguante e finalmente me digno a montar Mme. Herschel e o Newton ( uma montagem equatorial HEQ5 Pro e um Refletor de 150 mm f8 respectivamente). Não que os primeiros dias do ano tenham passado em branco. Entre um copo e outro eu as vezes me esticava em uma cadeira de praia e brincava com a buscadora 8X50. Me sentia como José Eustáquio, Silvano Silva e o patrono de todos: Lacaille. Com minúsculos aumentos e uma ótica duvidável explorava pequenos esfuminhos pelo céu e me divertia nos grandes abertos que adoram buscadoras. E assim passava vários minutos passeando pelas Híades , Plêiades e outros aglomerado mais obscuros na cauda do Cão Maior. Me divertia em ver M 41 de forma discreta e M42 como um modesto borrão.
                De volta ao dia 4 me deparo com a triste realidade . Havia esquecido o pino que fixa a cabeça ao tripé. Gritos , xingamentos e culpas mais tarde me conformo e volto a buscadora. Na manhã seguinte vou até "O Parafusão" ( a melhor loja de ferragens em um raio de vários quilômetros...) e consigo resolver o problema. Um parafuso e uma arruela fariam o truque.
                Ao anoitecer as nuvens dominam todos os horizontes. Mas como sou teimoso vou em frente. Realizara o alinhamento polar de forma a deixar José Eustáquio orgulhoso. Simplesmente apontei o eixo polar para onde sabia que deveria estar o sul e com o auxilio do "Angle Meter" ( um app que agora habita meu celular) cravei 22 quase 23 graus. José embora tenha vivido no seculo XVII era um amante da tecnologia...  E voilá. Exposições de 25 segundos  por entre as nuvens com estrela "quase" sem rastro.
                Com o horizonte leste com alguns clarões entre as nuvens realizei o alinhamento da buscadora utilizando M 42. Pode parecer estranho utilizar um DSO para alinhar uma buscadora mas tenho feito isto frequentemente. É bem mais fácil navegar com a ocular 25 mm em campos conhecidos e ricos em estrelas do que em busca de uma estrela solitária. Para alinhar o go-to de Mme.Herschel utilizei Sirius e Alcyone. Em geral tenho utilizado Sirius e Aldebarã mas resolvi variar. A precisão do mesmo ficou bastante satisfatória. Conhecendo o backlash da mesma sempre conseguia ter meus alvos dentro do campo de minha ocular de 10 mm. Muito bom mesmo... Aproveito que já estou pela região e visito tanto as Plêiades como as Híades com mais aumento. Ambas são alvos que definitivamente ficam melhores na buscadora que no Newton.
                Com muitas nuvens no céu e com Órion em um buraco entre estas não poderia deixar de iniciar a primeira noite de observação deste verão com M 42. Fiquei um bom tempo namorado a Grande Nebulosa utilizando minha 25 mm. Depois parti para a 10 mm para imagens mais ginecológicas do Trapézio ( uma estrutura formada por 4 estrelas que reside no centro da nebulosidade...) . Chamei minha esposa para dar uma olhada nesta beleza e ela pareceu tão encantada como sempre. Não muito.


             

   Foi interessante fazer algumas fotos de M 42 lutando contra as nuvens. O resultados  demonstram bem quão nublada estava a noite.

                Provavelmente saudoso das histórias de José Eustáquio e com a Popa da finada constelação de Argos em boa posição entre as nuvens me deparo com Naos , a estrela que deveria ser Alpha Puppis mas que não é pois como a Constelação de Argos foi desmembrada por Lacaille a popa da navio dos Argonautas se tornou uma constelação inteira e que tem como estrela mais brilhante Zeta Puppis ( outrora Zeta Argus)... 
                Na popa do Barco que conduziu os Argonautas em sua busca pelo velocino e na Armação do Búzios só me restava lembrar do mitológico José Eustáquio , um pescador astrônomo e que que se referia a aglomerados abertos como cardumes de estrelas. E desta forma me lançar a uma pescaria de corrico celestial.
                Premiado pela minha insistência acabo por conseguir observar e fotografar  3 belos abertos nos arredores de Naos. Ngc 2477 era um dos últimos objetos do Catalogo Lacaille que me restava fotografar. Não é mais... Este forma com Ngc 2451 uma espécie de aglomerado duplo e que podem ser observados no mesmo campo com binóculos ,buscadoras e mesmo em telescópios .  E assim mais peixes na linha.
Ngc 2477 - 11X20seg 1600 ASA 




Ngc 2451


                Outro belo cardume é Cr 135. Dominado pela brilhante Pi Puppis ( uma estrela muito vermelha) é um daqueles abertos pouco falados mais que deveriam ser mais conhecidos . Um belo objeto do Catalogo J.E.S.S.  Já fotografei este aberto  em outro fim de ano. Nos tempos de minha falecida Canon antiga...
                Depois disto o tempo fecha de vez  e recolho o circo. Para aproveitar o alinhamento polar satisfatório embalo tudo com vários sacos plásticos e me retiro ainda a tempo de ver o jornal. Mas acabo vendo Masterchef com as crianças que já dominavam a televisão...
                O dia seguinte se apresenta sem uma única nuvem no céu. Fiquei impressionando como um céu de brigadeiro pode se tornar coberto de nuvens em tão pouco tempo. Por volta de 17:00 horas uns poucos rabos de galo surgem sobre a praia de Geribá. As 19:00 o céu esta totalmente encoberto. Mas com tudo no lugar fico sentado em uma cadeira de praia ao lado do telescópio. E assim entre as nuvens capturo alguns cardumes. M 37 em Auriga é provavelmente meu favorito entres os Messier´s de Auriga. Capturei os três. Não mais que 15 fotos de 20 segundos de nenhum deles . 1600 ASA.


M 35 acabou se apresentando...

M 36


M37


M38


                José Eustáquio , bom marinheiro, sempre defendeu que nas noites em que se conseguia perceber facilmente o aglomerado no pé de Gêmeos era sinal de sol de rachar no dia seguinte. É claro que se referia a M 35.  Sendo este o mensageiro do bom tempo deveria ser mau presságio sempre que eu pensava em apontar em sua direção  o horizonte norte fechava por inteiro quase instantaneamente.  E assim acabei me dirigindo a um interessante e menos manjado aberto em Touro. Ngc  1647. 


                Tento novamente M1 mas dentro do domo de Luz da Armação é um alvo difícil e que não rende nada....
                A observação aqui em Búzios é sempre melhor quando se almeja ou o Horizonte Leste ou Oeste.  O Horizonte Sul luta contra o domo de Cabo Frio. E o Norte contra a Armação. Cabo Frio embora mais distante é muito maior e seu domo embora menos intenso se espalha por uma grande área do céu. Já o domo da Armação é mais obvio mas menor.
                Finalmente se abre uma janela entre as nuvens liberando a região de Puppis , do falso Cruzeiro e mais um pouco. Namoro alguns abertos na região.  E revisito a Tarantula. É provavelmente a melhor foto que já fiz desta nebulosa extragaláctica.
Tarantula -Ngc 2070

                Meu irmão chega do Rio por volta de 2:00 da manhã. Com  a noite mais aberta e Júpiter no céu decido fazer uma visita ao maior dos planetas. Curiosamente em noite outrora tão enevoada a transparência se apresenta boa e o seeing idem... Nunca tinha visto Júpiter com tanto detalhe. As luas galileanas alinhadas e a grande mancha evidente. Utilizando minha 17 mm e um barlow 2X  fiquei horas observando Júpiter. Bem como os convivas... Meu irmão que não bebe nada ha mais de 20 anos  começa  a pagar o preço de tanta sobriedade e repete sem parar que Júpiter é o guardião da terra , nosso grande protetor  e toda a ladainha Halle -Bop da vida. Ele adora Blake  e todo aquele papo misticóide.
                Visito e capturo mais diversos abertos. Tento novamente capturar a Nebulosa da Roseta.
                Em noites muito enevoadas é difícil conseguir capturar tênues nebulosas. Vai sempre ocorrer muito ruído em suas fotos.  M 78 é um exemplo claro do que pode acontecer... E ainda vacilei no foco. 
M 78- Só ruído; Visualmente estava melhor... 
               A Roseta vai ter que aguardar outra chance ... Talvez aconteça algo se um dia eu tentar alinhar as mais de 70 fotos no Rot n´ Stack. No DSS não deu certo...
                 M 79  foi o único globular da temporada. Aproveito uma rápida janela e o capturo para posteridade.
M 79 
                Certamente a "estrela" da noite foi a  Tarantula na Grande Nuvem de Magalhães. (Ngc 2070). Uma eterna favorita e a primeira entrada do Catalogo Lacaille ( Lac 1 I)
                Irei adiar minha partida ao máximo... Mas não conto isto para ninguém.
                 Finalmente lua nova e uma noite sem nenhuma nuvem no céu...-Ohh , glória!!!
                 Na véspera eu percebera que Júpiter trafegava entre Leão e Virgem ( o convívio com o meu irmão começava a me afetar...) e assim penso : - O tripleto de Leo. M66 , M65 e uma Ngc que nunca lembro o numero.  Seria uma longa noite. Afinal meus alvos primários só seriam viáveis depois das 2:00.
                Começo a noite alinhando o go-to novamente utilizando Sirius e Alcyone. E como é cedo decido me dedicar novamente a M 42 enquanto  os DSO´s que realmente desejo não se chegam ao outside...
                Vai tudo correndo bem. A noite ainda vai se iniciando e em terra de cego quem tem telescópio só se f...  Todo mundo acende  luzes , velas , isqueiros e sempre resolvem se confraternizar onde você planeja observar.  Como eu tinha tudo planejado já tinha levado isto em conta e M 42 é capaz de sobreviver a tudo isto. Vou fazer varias fotos e tentar finalmente fazer uma foto a altura da vitima. Utilizando meu novo método de "Acompanhamento" tudo parece correr  bem. Até que minha cunhada decide tomar uma ducha e liga a bomba de agua. Pronto.. Um monte de rabiscos no LCD da câmera e eu apavorado tentando descobrir porque tudo parara de funcionar.  Descubro que quando a bomba é ligada a tomada de onde alimento a Mme. Herschel ( uma cabeça equatorial HEQ 5 pro da Skywatcher)  com energia se suicida e algum disjuntor desarma...
Revisitando o Aglomerado de Tau Canis Majoris  3X Drizzle
                Com tudo corrigido e com Mme. Herschel devidamente alimentada a partir de uma outra tomada refaço todo o alinhamento. Sirius e Alcyone novamente. Mas na hora que a cabeça se dirige para Alcyone percebo que esta cruzou o meridiano e não se presta mais a função. Você deve preferir utilizar duas estrelas do mesmo lado do meridiano quando alinhando o Goto de sua montagem. Esta escrito no manual...Começo de novo e Sirius e Aldebarã fazem o serviço.
                Nas próximas noites eu planejo levar a astrofotografia mais a sério. Geralmente a pratico como um complemento de minhas observações. Especialmente quando tratam´se de aglomerados abertos (que amo de paixão) me bastam uma ou duas dezenas de exposições; Na verdade não gosto de registros muito pirotécnicos que fazem dos registros mais arte que observação. Mas quando se tratam de alvos mais difíceis e que muitas vezes quase não são percebidos na ocular seria uma bobagem não  aproveitar o maior poder de fogo dos modernos sensores fotográficos. Mas isto implica em mais capricho , mais frames capturados , mais paciência e pós processamento.  E assim serei um pirata menos sanguinário neste final de temporada. Passarei mais tempo com os navios que irei saquear...
                Com tantas aventuras o alvo inicial já chegou em boa posição para o ataque. A Nebulosa do Esquimó em Gêmeos. Não é um alvo fácil pois com apenas 9´´  é dificil de se destacar na multidão. Mas Mme. Herschel , Sirius e Aldebarã combinaram me ajudar e consigo que a nebulosa planetária se apresente senão centralizada pelo menos no canto da ocular de 10 mm. Esta revela uma estrela levemente desfocada  e bem azul. Com aquela pinta de disco planetário que batiza as ditas nebulosas deste tipo de planetárias.  Com esta eu completo mais um capitulo de um de meus primeiros livros de Astronomia. Turn Left at Orion. Com o Eskimó completo o capitulo dedicado aos meses de Inverno .Os livros são sempre escritos com o hemisfério norte em mente. Falta ao brasileiros o que chamo de folclore astronômico. Não possuímos em nossa literatura clássicos devotados a astronomia observacional nem autores classicos como Putnam , Webb e mesmo os mais atuais Houston, O´meara , Harrigton , Consolmagno e cia. A astronomia se encastela e não temos tradição de fazer da ciência uma coisa do nosso dia a dia e do homem comum. É uma pena . Brasil...   
Ngc 2392

                Mas ainda em Turn Left at Orion eu tento M1 . Continua se recusando a comparecer dentro do domo de luz da Armação. Outro objeto do livro que me sacaneará esta noite é Castor . Não consigo separar as componentes desta dupla com nenhuma combinação de ocular e barlow. Mesmo com 240 X não arrumo nada...
                Depois de fazer mutas fotos de Ngc 2392 (  o Esquimó ou a nebulosa Cara de Palhaço) eu me preparo para a longa espera ate o nascer de Leão. Júpiter dará o alarme...
                Enquanto isto passeio por Câncer ( a derrota planejada para noite era altamente zodiacal... Touro , Gêmeos , Câncer e Leão eram as constelações por onde pretendia passear) .



                M 67 é um lindo aberto e bem mais delicado que M 44. Ambos são visitados. M44 possui varia duplas que me levam a lembrar que Câncer possui varia estrelas múltiplas dignas de nota e que nunca visitara. E Contando com o Auxilio luxuoso de Mme. Herschel e seu sistema de goto acabo conhecendo Iota Cancri. Vai ser uma nova favorita. Uma dupla sensacional. Do naipe de Albireo embora bem mais difícil de ser localizada. Na ocular ( 17 mm + Barlow 2X) o contraste entre a primaria amarela e a secundaria azul é lindo.
                Depois desta visito, por indicação do Synscan, Theta 2 Câncer. Uma dupla bem apertada e com um contraste menos acentuado mas bastante interessante . Uma graça.
                Júpiter surge o no horizonte leste. Curiosamente apesar da noite muito mais limpa e menos enevoada ele não apresenta metade dos detalhes que vi na véspera. É engraçado que na noite mais sem nuvens e teoricamente mais seca eu tenho mais condensação presente no tubo do telescópio. Nada que chega a comprometer mas é estranho que na noite sem nuvens eu tenha menos transparência e mais umidade...  Me preocupo com relação a próxima etapa. Transparência e Galaxias se gostam... 
                Digito M 66 no Synscan de Mm. Herschel e começo a procurar pela dupla de galaxias. Não as percebo imediatamente. Mas sei que elas estão no campo.
                Todas as pessoas tem um olho dominante. eu , por exemplo, só consigo piscar meu olho esquerdo e assim meu olho dominante é o direito. Sempre ,ou quase, observo com ele. Mas segundo meu oculista eu vejo melhor com o olho esquerdo. Acho que o convívio com meu irmão esta me influenciado mais do que supõe a vã filosofia. E assim inicio um exercício capaz de abrir as portas da consciência. Fechando o olho direito com auxilio de minha mão utilizo o esquerdo na ocular. É um recurso extremo em busca de meus alvos. Funciona. Percebo que duas tênues estrelas de campo são acompanhadas de leve nebulosidade. Uma mais evidente que a outra. São os núcleos das galaxias que caço. Instalo a câmera , aumento o ISO para 3200 e a exposição para 25 segundos.  É golllll!!!!.

M66 e M65

                Realizo mais de 80 exposições utilizando meu novo método de acompanhamento.

                O novo método de acompanhamento é na verdade mais um método de correção . Com a imagem no LCD da câmera eu marco a posição de uma estrela brilhante com auxilio de um papelzinho cortado como uma seta. E assim a cada x exposições corrijo o desvio entre as fotos . Desta forma consigo minimizar os danos de um alinhamento polar menos que perfeito. Com a velocidade de movimento do Synscan regulada em 2 eu dou pequenos toques no controle de direção ( descubra qual é a direção do desvio utilizando paciência0 e assim o drift a final de dezenas de exposições não leva a catástrofes como a da foto abaixo... Não chega a ser um acompanhamento feto com auxilio de uma câmera e um software dedicados mas ajuda bastante .
                Já vai alta madrugada é vejo Corvus no céu. Com o sucesso ainda me embriagando decido ajudar a embriaguez começo a dar pequenos shots de vodka enquanto me encaminho para M 104. A Galaxia do Sombreiro.
M 104 - O Sombreiro

                Esta se apresenta na ocular facilmente mesmo com visão direta. Faço mais de 50 fotos.
                A noite foi sensacional e uma das sessões de astrofotografias mais recompensantes que já tive. Me resta sentar na cadeira de praia  e testar os limites de minha visão a olho nu enquanto me embriago de céu e vodka...
                No dia seguinte fiquei em casa processando os resultados da véspera . Nem fui a praia... O Dia esta mais nublado mas não chega a me preocupar.     
                De noite desafiando as nuvens resolvo fazer uma brincadeira diferente. Utilizando apenas os anéis de montagem do Newton monto a Canon como em Pigback. Com a 70-300 mm  @ 70 mm f6.3 descido tentar a sorte e realizar a manjada e difícil foto de Órion que captura a Nebulosa Cabeça de Cavalo,  a Nebulosa da Chama , M42 e The Running Man  tudo ao mesmo tempo e agora.  Depois de mais de 100 exposições acho que tenho alguma chance.
                Na manhã seguinte seleciono as fotos e a grande presença de nuvens me permite escolher 91 fotos para o processo de empilhamento. Foi pouco. A transparência na noite anterior não era nem de longe suficiente para a missão.  M 42 da as caras mas mesmo a Nebulosa da Chama ( que não é exatamente dificil...) só é um apagado registro...
                Como acabei por conseguir adiar o retorno para o Rio por mais um dia aproveito que a Noite de Domingo se apresentou com condições excelentes e refaço todo o processo e além. Começando cedo consigo Capturar  217 frames antes de Orion cruzar o meridiano. Se não conseguir nada desta vez vou processar a Canon...
                Como já tinha percebido Mme. Herschel estranha trabalhar com pouco peso e depois de 3 horas acompanhando B 33 e cia. Ltda. ela trava ao pedir que se dirija para outro endereço. Aproveito para colocar o Newton de volta a batalha.
                Apesar de ter dito acima que não se deve utilizar estrelas de lados distintos do céu faço exatamente isso e curiosamente consigo um alinhamento do Go to bem aceitável.
                No cair dos panos e quase sem bateria na câmera tento um alvo que me iludiu a temporada inteira. M1. Ainda bem que insisti. A percebo visualmente com a ocular de 25 mm e acabo conseguindo 25 fotos da mesma  antes de a bateria abrir o bico... Ha anos M1 me envergonhava e nunca a conseguia fotografar.
M 1


                Para encerrar a temporada decido brincar mais de estrelas duplas.  A grande novidade foi 135 Canis Majoris. Conhecida como a "Albireo de inverno" pelos observadores boreais esta é uma versão miniatura da famosa dupla de Cisne. Sensacional.
                Estrelas duplas são um divertimento garantido para astrônomos urbanos e atormentados pela poluição luminosa. As "favoritas "assim o são chamadas por diferentes razões. O Contraste de cores de suas componentes , dificuldade em se separar pares muito "apertados" , a diferença de magnitude entre seus membros ou todos estes juntos   são as principais...
                Rigel é uma delas pela diferença de magnitude entre a primaria e a secundaria.
                Para encerrar uma longa e frutífera temporada visito uma bem apertada. h 375.
                Agora é desmontar tudo e voltar para o Rio. O ano já começou e tenho contas a pagar e preciso fazer dinheiro. Tenho milhares de fotos para processar e estou com saudade de casa.
M 93 também fez uma visita 

                Este ano não prometi que iria pra de fumar ou de beber. Pretendo apenas diminuir o Rock n´ Roll .Mas comprei uma camiseta dos Ramones e outra do Sex Pistols em uma promoção na "The House of  Rock and Roll" no Shopping da Armação.  Comprei também uma ocular Plossl de 40 mm que não chegou a tempo de acompanhar-me na viagem...


                Que venha 2016.

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