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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Catalogo J.E.S.S. - Cap. 5

Cap. 5- Os telescópios e equipamentos




Os equipamentos disponíveis para a realização do Catalogo José Eustaquio e Silvano Silva de Nebulosas e Objetos Estelares foram utilizados  em um metódico levantamento dos céus austrais por nossos dois astrônomos pioneiros e era também o resultado de avanços tecnológicos que se desenrolaram ao longo de vários séculos de pesquisa astronômica.

Sabemos pelos textos de Silvano e Silva que José Eustaquio “herdara” um dos telescópios que Lacaille trouxera em sua expedição para o Sul. Este teria ficado em poder de seu pai que segundo dados circunstanciais parece ter servido ao Abade em sua estada no Rio de Janeiro.



Sabemos por diversas fontes que o grande astrônomo francês não deixara saudade e tampouco a sentia em relação a cidade maravilhosa . Em diversos textos o abade falava da sujeira e do mau cheiro que invadia a Rua do Rosario. Foi ali que ele montou sua banca. Apesar da grande herança deixada por Lacaille ele realizou todos os seus feitos com telescópios deveras simples. Na realidade pouco mais que pequenas lunetas. Instrumentos de cerca de 25 mm de diâmetro de objetiva. E com aumentos da ordem de 6 a 9 vezes. É impressionante que este homem tenha deixado seu catalogo e mais uma família de constelações nos céus austrais com equipamento tão simples.

O próprio Silvano Silva nos diz:

“... o telescópio de Eustaquio pouco mais é que um monóculo de opera. E apesar disto ele reconhece centenas de nebulosas. Sua criação junto aos marinheiros deixou-lhe um profundo conhecimento dos céus e de seu comportamento.”


Já o equipamento de que dispunha o padre parecia ser mais sofisticado. Segundo suas próprias palavras seu aparelho era em muito superior ao pequeno newtoniano de Messier. Porém com uma menor distancia focal. Apesar de não citar valores em nenhum dos textos encontrados podemos fazer algumas suposições.

Os telescópios que Messier utilizou são conhecidos pela história e pelas palvras de Silvano podemos fazer sérias conjecturas .

Segundo Frommert e Kronenberg (SEDS) Charles Messier observou e/ou possui alguns telescópios;

1. Refrator de 8 metros de Distancia focal, Mag. 138x

2. Refrator Acromático, 4 metros DF Mag. 120x

3. Refletor Newtoniano 1500 mm  DF, Mag. 60x

4. Refrator Acromatico, 1200 mm DF (Dollond), Mag. 120x

5.  RefratorCampani, de propriedade do M. Maraldi, Mag. 64x

6. Refrator 6 m DF, Observatorio de Paris, Mag. 76x

Estes são apenas alguns dos telescópios utilizados por Messier . É importante lembrar que devido a tecnologia da época eles eram bem mais limitados do que sugerem as grandes distancias focais. Percebe-se também que na época a idéia de oculares variadas ainda não havia feito escola.

Mas devido a um pequeno recorte encontrado entre os escritos de Silvano Silva dois destes aparelhos se mostram muito significativos para minha pesquisa.

“... Tive a felicidade de conservar comigo dois belos aparelhos que ainda curtos me apresentam alta qualidade e aumento de 60x e 120x. O primeiro um modelo como o de Newton e o outro , meu favorito , um belo modelo inspirado em Galileu.
São muito semelhantes aos telescópios que utilizei em França . Sendo que um deles é um Dollond...”



Até devido a viagem que trouxe Silvano Silva ao Brasil lhe era impossível possuir um telescópio de grande porte aqui na Colônia. Mas sua temporada em Paris o ensinou a conhecer equipamento astronômico e ter acesso ao que havia de melhor em seu tempo.

Messier utilizou com freqüência telescópios com objetivas de 90 mm e 1200mm de distancia focal e 120 x de magnificação. Um deles feito por   Dollond. Silvano Silva se refere ao mesmo textualmente.

Estes refratores acromáticos são capazes de observar todo o catalogo Messier assim como alguns alvos mais difíceis.

Como já foi dito quando se observa o céu o obsevador é tão ou mais importante que o diâmetro ou qualidade ótica do próprio telescópio.

E a descrição do Newtoniano não deixa muitas duvidas de se tratar de um aparelho semelhante ao descrito por Messier. Com 1500 mm de ditancia focal e com cerca de 90 mm de espelho. Na época os newtonianos sofriam do uso de espelhos especulares e isto seria aproximandamente um 60 mm moderno.

Já o  Refrator acromático era um show de tecnologia em uma das fronteiras do mundo conhecido. E Silvano Silva sabia disto.

E ele sabia também que ele poderia descobrir o véu sobre o céu profundo que vivia escondido abaixo do Equador.

Em outro trecho ele deixa clara sua ambição:

“... com os meus equipamentos em muito superiores serei capaz de mapear um numero de nebulosas  muito maior que os encontrados pelo Abbe... e com isto enaltecer o brilhantismo da Terra Lusitana e a gloria de nosso Rei.”


Acredita-se que a pequena luneta de José Eustaquio e o Refrator de Silvano Silva foram a tecnologia que nos levou até o Catalogo J.E.S.S. O pequeno Newtoniano também ha de ser lembrado e coforme saberemos este torna-se um favorito de José. Segundo alguns escritos pode-se suspeitar que este tinha um grande campo de visão. Seria um telescopio de menor razão focal e por isto util para observação do céu profundo. Bem como mais portatil.

É aceito hoje que nenhum dos telescópios descritos aqui seja superior a um refrator de 100 mm ou um refletor newtoniano de 150 mm moderno. Segundo algumas opiniões até mesmo um bom refrator de 60 mm de diametro seria  um forte opositor.

Todos os objetos descritos nesta pesquisa são acessíveis a tais telescópios e em sua grande maioria estão ao alcance de Binóculos 10x50. A pequena luneta descrita por Silvano Silva como de propriedade de José não superaria de forma alguma um bom binóculo moderno. Mas novamente sou obrigado a lembrar que o observador é parte importante do equipamento. A mais importante.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Capitulo 3 – O Catalogo J.E.S.S. – Primeiras Entradas.

Capitulo 3 – O Catalogo J.E.S.S. – Primeiras Entradas.


Aqui esta a transcrição dos escritos de Silvano Silva relativos aos primeiros objetos que ele relacionou tanto a José Eustaquio como a Lacaille. Há seis objetos que são certamente entradas do catalogo elaborado pelo Abade. O de numero 6 , como veremos , parece ser um objeto descrito por José Eustaquio e novo entre a lista de objetos de céu profundo conhecidos até aquele momento. As coordenadas celestes são as indicadas por Silvano Silva e seriam relativas ao Sec. XVI. O catalogo Lacaille propriamente dito foi publicado em 1755. As coordenadas apresentadas são exatamente iguais as desta primeira edição. O que confirma o encontro de José Eustaquio (pai) com Lacaille.

“... a seguir as nebulosas as quais já confirmei as posições entre as que me foram confiadas nos escritos doados pelo Sr José Eustaquio do Nascimento no mês passado. Alguns dos objetos não constam do Catalogo elaborado por Mnsr. Messier. O catalogo completo elaborado pelo Abbe Lacaille foi publicado em França em 1755 porém não possuo uma cópia. Recordo-me de que possuía 42 entradas e por isto insisti que Mnsr. Messier incluísse nebulosas já conhecidas em seu catalogo para que este superasse seu antecessor... De qualquer forma os alfarrábios que José me disponibilizou apresenta a nomenclatura utilizada pelo Abbe em seu catalogo. Tenho agora certeza que o telescópio por ele apresentado foi outrora do Abbe Lacaille...”

“... Espero conseguir que me enviem de Europa uma cópia em breve.”


1- OO:22:54 , -73:26:50 – Como pude observar este seria o Objeto denominado por Abbe Lacaille com 1.1 . È provável, portanto que ele tenha começado seu levantamento dos céus Austrais antes de se estabelecer na Cidade do Cabo. “Eu mesmo nunca tinha avistado tal nebulosa e não percebi nenhuma característica estelar.”



Esta entrada é clara o bastante e demonstra que Silvano Silva obtivera um esboço do que veio a ser o catálogo elaborado por Lacaille. É fato publico que Lacaille observou o céu e inclusive determinou posições em sua estada no Rio de Janeiro. O Objeto em questão é o aglomerado globular Tuc 47. Na constelação de Tucano. Esta mesma criada por Lacaille. É o segundo aglomerado globular mais brilhante do céu e não há duvidas sobre esta entrada. (N.A)


2- 13:12:09 , -46:10:45- Este é a entrada I.2 do catalogo de Abbe Lacaille. Semelhante ao objeto anterior, porém mais brilhante. Recorda-me a entrada 13 de Mnsr. Messier. Ainda mais brilhante. Percebo como uma pequena névoa mesmo a vista desarmada. “

Outra entrada obvia e que não deixa nenhuma duvida. Trata-se de Omega Centauro. O Maior aglomerado globular conhecido Porém no catálogo publicado em 1755 este objeto é registrado como Lac I.5 .(N.A)


3- 05:40;01 ,- 69:17:20 – “O Abbe o classificou como I .3 .Um belo objeto . Parece um pequeno x. Parece-me levemente estelar. É engolfado na grande nuvem.”

Este é outro que mudou de numero no catalogo publicado. Trata-se da Nebulosa da Tarântula. Na grande nuvem de Magalhães. Ele foi denominado de Lac I. 2 na publicação oficial. É o suposto lar da maior estrela conhecida pelo homem. (N.A)


4- 17:37:12 , -34:39:55 – “Lac II .1 . Este me é conhecido. .É um ajuntamento estelar incluído por Mnsr. Messier como sua entrada de numero 7. Na cauda do Escorpião. Facilmente percebido a olho nu.”

Como dito é M7. É curioso que Lacaille posteriormente alterou a entrada para Lac II. 14. Outro dado importante é que Lacaille classificou seus objetos da seguinte forma:

I- Nebulosas sem estrelas

II- Aglomerados estelares nebulosos

III- Estrelas acompanhadas de nebulosidade


5- 17:24:00 ,-32:02:45 “Lac III. 1 . Outro objeto reconhecido por Mnsr. Messier Entrada de numero 6 . Este aglomerado estelar em forma de losango me recorda uma borboleta. Na cauda do Escorpião. Próximo a ultima entrada”

Dispensa qualquer comentário (M6). Apenas foi alterada a numeração do catalogo original. Veio a se tornar Lac III.11


6- 15:54:20. ,-53:33:43 “Curiosamente este objeto não apresentou sua classificação. Mas consiste de um belíssimo campo estelar que envolve um pequeno aglomerado estelar acompanhado de certa nebulosidade . Nas anotações que chegaram as minhas mãos ele não possuía sequer descrição sendo apenas uma coordenada”



Esta é uma entrada curiosa. O aglomerado em questão, segundo minhas pesquisas é NGC 6067, que é um aglomerado aberto que se resolve com óticas melhores. É um delicado aglomerado aberto que se vê acompanhado de um belíssimo campo estelar. Este é um objeto novo a lista de objetos de céu profundo históricos conhecidos até o levantamento sistemático realizado por Herschel (a partir de 17820) e posteriormente por seu filho. Esta entrada seria original do catalogo J.E.S.S. e a primeira vez que este objeto teria sido descrito é nos escritos de Silvano Silva. As coordenadas apresentadas seriam corretas para o objeto em 1750. Hoje (2000) ele se encontra em RA: 16h13m12.00s DE:-54°13'00.0"


7- 16:08:33, -25:54:55 “Classificado como I . 4 Outro objeto que Mnsr. Messier catalogou. É a 4ª entrada do catalogo e parece um pequeno cometa sem cauda”

Outro velho conhecido (M4) que teve sua numeração alterada para Lac I.9

Com isto temos esta tabua de equivalências e coordenadas atualizadas das primeiras entradas do Catalogo José Eustaquio e Silvano Silva de Nebulosas e Objetos Estelares



JESS 1 – NGC 104 - RA: 0h24m06.00s DE:-72°05'00.0"

JESS2 - NGC 5139 - RA: 13h26m48.00s DE:-47°29'00.0"

JESS3 - NGC 2070 - RA: 5h38m36.00s DE:-69°05'60.0"

JESS4 - M 7 - RA: 17h53m54.00s DE:-34°48'00.0"

JESS5 - M 6 - RA: 17h40m18.00s DE:-32°15'00.0"

JESS6 – NGC 6067 -RA: 16h13m12.00s DE:-54°13'00.0"

JESS7 - M 4 -RA: 16h23m36.00s DE:-26°32'00.0"

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Catalogo J.E.S.S de Nebulosas e Objetos Estelares: A verdadeira História

O Catalogo J.E.S.S de Nebulosas e Objetos Estelares:


a verdadeira história.



Introdução

O catalogo JES.S. surgiu para mim como uma espécie de herança. Posteriormente se tornou um trabalho delicioso. O projeto de recuperar esta parte da história da Astronomia em seu período clássico foi realmente gratificante. Cheio de surpresas e ensinamentos.

Neste trabalho pude recuperar a obra de dois gigantes desconhecidos da astronomia. O que o tornava às vezes árduo.

Os papéis que me chegaram em mãos e os que depois continuaram sendo localizados conforme minhas pesquisas se aprofundaram estavam sempre em péssimas condições e muitas veze eram apenas garranchos quase ilegíveis escritos a mais 250 anos .

A cronologia de minha pesquisa é algo próximo ao realismo fantástico de Macondo. Uma pesquisa sobre um lugar e dois homens que não existem mais. E não fosse a curiosidade de outros homens jamais seriam lembrados.

Os textos iniciais foram encontrados entre milhares de livros que meu avô estocava em nossa casa de praia. Os textos iniciais foram obtidos provavelmente pelo próprio. Meu avô nunca fora um homem organizado.

Ele foi um dos primeiros forasteiros a comprar terras na antiga Armação do Buzios. Isso nos idos dos anos 40. Na verdade na comarca de Cabo Frio. Buzios só se tornaria município muitas décadas depois.

Sempre gostou de antigüidades e manteve um pequeno antiquário na Rua do Lavradio, no centro do Rio de Janeiro, até o fim da vida.

Eu procurava algo interessante para tese de meu mestrado em História.

Meu amor sempre fora a história da astronomia. Quando se fala de astronomia se pensa sempre nos grandes nomes. Galileu, Newton e até mesmo Einstein. Mas meus favoritos sempre foram os autores dos catálogos clássicos. Lacaille, Messier e Herschel formavam minha trindade.

Assim meu projeto era desenvolver a tese fazendo um paralelo entre a história dos catálogos de nebulosas dos séculos xvii e xix e o desenvolvimento da cosmologia. Bem interessante, não acham?

Com este tremendo abacaxi pela frente resolvo ir até nossa fazenda e me isolar lá enquanto me preparo para escrever a bendita da tese.

Certa noite fui caçar algo para ler no escritório de meu falecido avô. Uma caixa de papelão que lembrava estar lá desde sua morte jazia sobre a mesa. Molhada, úmida, podre mesmo. Fui fuçar e não foi minha surpresa quando vi entre os muitos papéis ali dentro uma folha. Muito velha. Peguei com cuidado. Escrito em uma letra rebuscada e evidentemente com uma pena consigo vislumbrar escrito: “Nebulosas sobre o céu do Arraial dos Peixes de Buzios”. Estava datada de 1767. Não apresentava o nome de seu autor. Lendo mais um pouco percebi que chegara até minhas mãos o primeiro catalogo de nebulosas realizado no Brasil e um dos primeiros do Hemisfério Sul.

Outros papéis, estes em péssimo estado, via-se claramente a data de 13 de maio de 1764. Era evidentemente uma copia de um catalogo estelar. Apesar do péssimo estado dos papéis pude notar que descreviam alguns objetos do Catalogo Maessier.

Isto me deixou incrédulo . O primeira versão do catalogo Messier só fora lançada em 1771. Eu tinha em minhas mãos o “Catalogo Perdido de Messier em minhas mãos.

Charles Messier era uma das pedras fundamentais de minha tese .

O Catalogo Messier é uma bíblia da astronomia amadora e foi a maior referencia sobre objetos de céu profundo durante o final do renascimento. Na verdade até 1782 quando Herschell iniciou sua busca era o maior coleção de objetos de céu profundo já catalogada.

Neste momento gostaria de abrir aspas para esclarecer os leitores.

“O que são objetos de céu profundo ?

Isto é bastante vago e neste artigo vou apresentar de forma mais clara as diversas categorias de objetos que em seu conjunto são chamados de Objetos de Céu Profundo (DSO, do inglês, Deep Sky Objects). Utilizarei deste anglicismo daqui para frente . D.S.O.

De uma forma geral pode-se dizer que D.S.O. É qualquer objeto que não seja uma estrela e que esteja além do nosso sistema solar. A maioria dos D.S.O. É tênue, difuso e necessita de um telescópio para ser avistado. Aparecem maravilhosos em fotografias de longa exposição mas em geral aparecem apenas como “esfumaçamentos” de luz para os olhos humanos, até mesmo através de grandes telescópios. D.S.O. Dividem-se em diversas categorias:

Aglomerados Estelares Abertos

Aglomerados Estelares Globulares

Nebulosas Difusas

Nebulosas Escuras

Nebulosas Planetárias

Resíduos de supernovas

Galáxias

Grupos de Galáxias

Quasares

Lentes Gravitacionais

Aglomerados estelares Abertos- São agrupamentos frouxos de estrelas. Alguns aglomerados abertos são grandes e espalhados. As Hyades (em Touro), as Pleyades (idem) e o Presépio (em Câncer) são desta forma e visíveis a olho nu. Outros são pequenos e tênues. Suas estrelas não se resolvem e o aglomerado parece uma névoa no céu. Quando podemos ver as estrelas que formam o aglomerado dizemos que ele foi resolvido. De uma forma geral quanto maior o telescópio (Diâmetro), mais aglomerados ele vai resolver. Alguns aglomerados terão apenas poucas estrelas. Outros apresentarão centenas, parecendo um derrame de sal sobre o céu. Tente perceber a diferença de cores nas estrelas que os compõem.

Assim como diversos D.S.O. Alguns aglomerados abertos aparecem melhor em telescópios pequenos do que em grandes. M11 (Em Scutum) vale a pena em qualquer tamanho. O Presépio (em Câncer) é melhor em telescópios pequenos. Já Ngc 2158 melhor em grandes.

Porque estrelas acontecem em aglomerados? Estrelas se formam de gigantes coleções de gás no espaço quando algum tipo de onda de choque passa por estas nuvens de gás as comprimindo e as fazendo colapsar sobre si mesmas formando estrelas. Ao contrario da gente todas as estrelas se formam quase que simultaneamente desta maneira. Através do tempo começam a se afastar uma das outras, mas dependendo de diversos fatores podem permanecer unidas por longos períodos. As gigantes nuvens de gás em que se formam as estrelas se concentram no plano da galáxia, ao longo da Via Lactea. è por isto que a maior parte dos aglomerados abertos aí se encontram. Por isso são chamados também de aglomerados Galácticos.

Aglomerados Estelares Globulares- Estes aglomerados estelares são grupos muito maiores de estrelas mantidas juntas de forma muito mais concentrada e em um formato esférico. Aglomerados globulares possuem, em geral, centenas de milhares de estrelas reunidas em uma “bola”.

Se concentre nos Globulares mais brilhantes para vistas sensacionais (Tuc 47, Omega Centauro, M22). Posteriormente olho por outros mais tênues.

Aglomerados Globulares são compostos de estrelas velhas, Ao contrario dos abertos que se formam de forma continua, todos os globulares se formaram a bilhões de anos. Parece que estes aglomerados se formam quando duas ou mais galáxias colidem; tais colisões estimulam a formação de estrelas em escalas muito maiores (devido às imensas ondas de choque). Todos os aglomerados globulares de nossa galáxia se formaram aproximadamente ao mesmo tempo. Eles são encontrados fora do disco galáctico. Na região conhecida como Halo, formando uma espécie de nuvem a redor do centro galáctico. Por causa disto é que podemos ver a sua maioria durante o inverno em direção a sagitário que é onde se encontra o centro de nossa galáxia.

Nebulosas Difusas- São nuvens brilhantes de gás e poeira. A nossa galáxia está cheia delas e elas se posicionam ao longo do disco galáctico (principalmente). A maior parte deste gás e escuro, porém na proximidade de uma estrela quente e brilhante o suficiente ele pode incandescer Há duas maneiras de um gás brilhar. Ambas requerem grandes quantidades de luz azul e radiação UV adentrando a nebulosa. Estrelas quentes e massivas são excelente fonte de ambas.

São estas nébulas que causam os maiores desapontamentos porá os astrônomos iniciantes que esperam ver cores vívidas e detalhes observados em fotografias. Esqueça seus olhos não podem perceber cores e detalhes como um CCD em uma exposição de varias horas. Nem como um Filme 400 asa. Elas sertão P&B e bastantes difusas. Assim como neblina. Uma das melhores nebulosas para se observar é M42 em Orion. Situada na espada do guerreiro você será capaz de perceber sua nebulosidade até mesmo a olho nu. Mesmo com um pequeno telescópio você vai notar alguma estrutura nela. Até mesmo alguma cor.

A luz é difundida conforme ela penetra na nuvem de gás de uma forma semelhante a como a luz do sol ao penetrar a atmosfera terrestre. São as partículas de poeira que fazem a difração. È a luz azul que se difunde com maior facilidade sendo os que os outros comprimentos de onda passam “lisos”. A luz azul porem se difunde em todas as direções. Os astrônomos chamam a isto de Nebulosas de reflexão. Por isto são azuladas em fotografias.

A outra forma de uma nuvem brilhar é quando a luz de uma estrela é absorvida pelos átomos de gás e então reemitida. Átomos de hidrogênio gostam de absorver radia luz UV. Com isto seu único elétron obtém energia para sair livre e leve até encontrar outro núcleo de hidrogênio, se recombinar e fazer outro átomo de hidrogênio. Com isto devolvendo a energia roubada geralmente em forma de luz. Desta vez avermelhada. Muito semelhante a um anuncio em neon. Os astrônomos chamam isto de regiões HII. Novamente só serão avermelhadas para um CCD. Para você serão acinzentadas.

Nebulosas Escuras- Estas são nuvens de gás e poeira que escondem as estrelas atrás dela. O gás no espaço interestelar é acompanhado por minúsculas partículas de poeira, muito parecida com a fumaça de um cigarro. Se a nuvem é densa o suficiente esta grãos refratem e absorvem luz suficiente para tornarem as estrelas que estão atrás invisíveis. Estas nebulosas são talvez melhor observadas de binóculos A via lacte durante o inverno é um bom local para se procurar por elas. Procure por locais ao longo do disco onde parecem estar faltando estrelas.

A mais conhecida destas nebulosas é a Nebulosa Cabeça de Cavalo em Orion Famosa em fotografias e um objeto muito procurado e pouquíssimo visto por astrônomos visuais. O formato de uma cabeça de cavalo é delineado pela nebulosa escura sobre uma tênue nebulosa de reflexão no back ground. O problema é que se você não é capaz de perceber esta tênue e fraca nebulosa de reflexão ao fundo imagine a nebulosa escura a sua frente. Ver isto não é para iniciante e às vezes nem para iniciados.

Nebulosas Planetárias- Estas são outro tipo de nuvens de gás incandescente. Elas se formam quando estrelas atingem a meia idade. Estas estrelas se inflam varias vezes acima de sua circunferência original (um pouco como os homens...). Até um ponto que expelem suas camadas de gás mais externas para o espaço. A quente estrela central faz esse gás brilhar muito como nas regiões HII. A diferença que o gás não é hidrogênio. Oxigênio em geral e alguns outros resíduos. Ou seja, estas nebulosas nada têm em comum com planetas. Algumas Nebulosas planetárias aparecem como um azul muito tênue ou esverdeada (pelo menos as mais brilhantes).

Estas nebulosas existem em diversas formas e tamanhos. Algumas são descritas como muito brilhantes mas são tão grandes que esta luz se espalha sobre uma grande área. Isto as faz difíceis de serem avistadas. Pois como o mais importante é o caminho e não a chegada achar estes objetos pode ser extremamente prazeroso.

Algumas outras são pequenas e com isto se tornam mais fáceis de serem vistas. Um exemplo clássico é a conhecida Nebulosa do Anel (M 57) em Lyra. Localizada entre duas estrelas visíveis a olho nu é um alvo indicado para iniciantes. Não espere ver muitos detalhes em telescópios pequenos.

Resíduos de Supernovas- Quando uma estrela explode como uma Supernovas ela deixa uma enorme nuvem de gás em expansão. Estes vestígios variam desde a “brilhante” Nebulosa do Caranguejo (M 1) em Touro até a tênue Nebulosa do Véu em Cygnus.

M 1 é a mais brilhante dessas Supernovas e aparece como um ponto levemente enevoado em telescópios pequenos (Até 100 mm). Outros exemplos necessitam de telescópios muito maiores e filtros OIII eUHC podem ajudar.

Galáxias- Galáxias são universos ilhas assim como a nossa. Apresentam estrelas, aglomerados e nebulosas próprias. Galáxias assim como estrelas tendem a se agrupar em aglomerados. A galáxia de Andrômeda é o objeto mais distante visível a olho nu. Ela faz parte do chamado grupo local do qual a Via-lactea é um integrante.

As galáxias aparecem em sua maioria como pequenas nebulosas. A dois tipos principais de Galáxias: as espirais e as elípticas. As primeiras apresentam uma forma discóide como a nossa . As outras apresentam um aspecto arredondado ou ovóide e um núcleo estelar.

Lembre se que a magnitude das galáxias é imaginada como se fosse possível juntar toda a luz de uma galáxia em único ponto estelar. Elas apresentam um baixo brilho de superfície o que as torna objetos difíceis.

Aglomerados de Galáxias- São grupos de galáxias visíveis em um mesmo campo ocular. São famosos os catálogos Hickson e Abell. São voltados para astrônomos com grandes telescópios e experiência idem. São as maiores estruturas do universo. Neste caso cobrindo imensas áreas de céu. O Aglomerado de Virgem apresenta algumas galáxias ao alcance de telescópios pequenos.

Quasares – São objetos semelhantes a estrelas, porém extremamente distantes. Eles são os centros extremamente brilhantes de galáxias que em todos os outros aspectos são normais. Tudo indica que as galáxias possuem em seu centro massivos buracos negros. Quando uma galáxia colide com outra, gás e poeira são jogados para o centro da galáxia. Uma parte deste material acha sua orbita em direção ao buraco negro. A imensa gravidade faz o material em orbita emitir enormes quantidades de energia. Este quasar ao centro desta galáxia sobrepuja o brilho de toda a galáxia. E por isto a galáxia parece com uma estrela. Ou quase uma estrela (Quasar).

A física dos quasares os torna interessantes para o pensamento, porém nem tanto para a visão. São objetos distantes que brilham como uma estrela tênue. O Mais brilhante dos quasares responde pela alcunha de 3c 273. Ele visível em um telescópio de 150 mm. E só.

Lentes Gravitacionais- Não são D.S.O. Propriamente. Se refere geralmente a quasares que ao terem sua luz dobradas por um aglomerado galáctico alinhados com ele apresentam mais de uma imagem do mesmo objeto , “ dobrando assim sua magnitude. Este efeito também pode ser entendido como a cruz de Einstein. Não se conhece nada visível para Telescópios pequenos.

Isto foi o que a humanidade colecionou até meados do séc. XXI. O desenvolvimento da compreensão destas estruturas é também um dos pontos a serem abordados em nossa história. Nossos heróis são parte das engrenagens que levaram ao conhecimento que nos permite compreender (ou pelo menos tentar) a geografia do universo.

Com isto cancelei meus planos e minha tão inspirada dissertação sobre a cosmologia e os catálogos de nebulosas europeus. E mergulhei na aventura que resultou no Catalogo J.E.S.S. de Nebulosas e Objetos Estelares.

Vou relatar para vocês a história de José Eustaquio do Nascimento e Islas e de Dom João Silvano Silva que resgatei.

E de todo o processo de pesquisa e investigação que permitiu resgatar a grande obra destes homens.

Por fim apresentarei o grande catalogo deixado por eles e que acrescenta objetos aos ditos 152 objetos clássicos de céu profundo conhecidos até 1780 quando Herschel começou sua tal busca sistemática por estes tipos de objetos celestes. E também uma coleção de relatos sobre diversas descobertas astronômicas surpreendentes que os nivela com os gigantes de que falamos. Vou apresentar as figuras humanas, sua cosmo visão e cosmologia.

E ainda apresentar o Catalogo J.E.S.S. para todos. Bem como o caminho das pedras para aqueles que buscam localizar estes objetos no firmamento...

Por fim: eu criei o nome “Catalogo J.E.S.S.”. E uma brincadeira com as iniciais de seus autores: José Eustaquio e Silvano Silva.

PS – Diversas histórias que foram já divulgadas sobre o Catalogo Silvano Silva e José Eustaquio podem ser situadas no terreno das lendas. Era apenas o rascunho de um trabalho. Um romance na verdade. Algumas destas histórias estarão aqui. Outras não. Para que no futuro não haja confusões os textos que foram escritos e que ainda podem ser encontrados espalhados pela internet e em algumas copias perdidas são todos reconhecidos pelo titulo equivocado de “O catalogo J.E.S.S de Objetos Estelares”. Isto foi um erro devido a péssimas condições de alguns dos escritos. Pareceu-me , em um primeiro tratamento e antes da restauração dos escritos, que ambos ( Silvano Silva e José Eustaquio ) consideravam todas as estrururas nebulosas que observavam como que compostas por estrelas. Apenas não eram capazes de resolver estas devido a potencia de seus telescópios. Isto não é verdade e a cosmologia que ambos desenvolveram é bastante mais complexa. Pondo um fim neste assunto foram encontradas anotações onde ambos se referem a seu levantamento dos céus com o titulo de Nebulosas e Objetos Estelares sobre o Arraial dos Peixes de Buzios.Assim sendo achei que em respeito a nossos pioneiros heróis o titulo deste trabalho deva ser: “O Catalogo J.E.S.S. de Nebulosas e Objetos Estelares”.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Observando M1

Observando M1


Ontem à noite decidi localizar M1 de qualquer forma. No ultimo log. que apresentei (veja aqui) conto como fracassei miseravelmente na localização destes resquícios de Super Nova.

M 1 é bem tênue e apesar da enganadora magnitude de 8.4 é um alvo difícil em condições abaixo de ideais.

Assim sendo deixei que meus olhos se acostumassem bem à escuridão e tentei evitar todos os focos de Luz que poderia danificar minha visão noturna.

Como de habito comecei regulando as minhas buscadoras e as ajustando da melhor forma possível. Utilizo sempre duas buscadoras. Uma de L.E.D. e minha cara 10x50mm. Com a primeira chego bem perto e com a segunda navego com mais precisão.

Localizo Zeta Tauri. Abro o Sky Atlas 2000.00 (do Will Tyrion) no mapa mais adequado e começo a procura. O problema é que não é possível avistar o menor indicio da nébula pela buscadora. Desta forma me resta centralizar em Zeta utilizando a minha ocular de 25 mm Wide angle e escanear a área que o mapa me indica.

Não chega a demorar. M1 é próxima a Zeta mas nem tão próxima quanto poderia parecer pelo meu mapa. Com o uso de visão periférica percebo a nébula pela ocular. Conforme vou me adaptando a nebulosidade se torna mais clara. É muito tênue. Cobre uma área considerável do centro da ocular. Substituo a 25 mm por uma 17 mm. Percebem-se mais claramente os contornos da Nebulosa. Somente isto. Não percebo estrutura de espécie alguma. Fico olhando e resolvo tentar a 10 mm. A imagem fica mais escura e difícil de perceber. O melhor resultado foi com a 17 mm.

M 1 é chamada pelo apelido de Nebulosa do caranguejo . O formato é bastante obvio. Descoberta em 1731 por John Bevis esta nebulosa é fruto de uma explosão de Super Nova.

Esta foi registrada por astrônomos chineses no ano de 1054 A.D..

Charles Messier inaugura seu catalogo ao redescobrir esta nébula enquanto procurava pelo retorno do Cometa de Halley em 1758. Esta foi a primeira entrada de seu catalogo de objetos que não deveriam ser confundidos com cometas. De fato a nebulosa lembra muito um cometa sem cauda.

Esta localizada há 6300 anos luz da Terra.

No seu coração pulsar uma estrela de Nêutrons. A nébula consiste do material ejetado pela Supernova, tem cerca de 10 anos luz de diâmetro e esta se expandindo a cerca de 1800 km/s.

M1 é enganadoramente fácil de localizar. A menos que você possua um “céu de cristal” ela não será percebida com sua buscadora ou binóculo 10X50. Você deve já estar com os olhos bem adaptados. A nebulosa se expande muito rapidamente e vai se tornando cada vez mais tênue. Quando Messier a inclui em seu catalogo ela era consideravelmente mais brilhante.

Um belo objeto que apresenta grande valor para cosmologia. Em seu interior está o primeiro pulsar identificado. É a estrela de nêutron que restou da Super Nova de 1054. Ela emite 100.000 vezes mais energia que nosso sol e possui tamanha densidade que toda matéria presente em nosso sol esta comprimida em uma área pouco maior que o Leblon. Esta energia é que ilumina . a nebulosa.

Bons céus


M 1 esta indicada pela seta colorida.(clique para ampliar)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O catalogo Lacaille - III- estrelas com nebulosidade.

O Nuncius Australis, em sua serie devotada à realização da maratona Lacaille prevista para o final do verão apresenta agora a 3ª parte do Catalogo Lacaille. O caminho das pedras para observar o terceiro grupo do catalogo. Os dois primeiros grupos e todos os mapas e dicas podem ser encontrados respectivamente em:

I – Nébula sem estrelas. – O catalogo Lacaille- http://nunciusaustralis.blogspot.com/2010/04/o-catalogo-lacaille.html

O Catalogo Lacaille – cont.

http://nunciusaustralis.blogspot.com/2010/04/catalogo-lacaille-cont.html

II- -Aglomerados estelares nebulosos.

http://nunciusaustralis.blogspot.com/2010/09/o-catalogo-lacaille-segunda-parte-lacii.html



A Terceira categoria do catálogo, elaborado pelo abade durante o sec. XVIII compreende as Estrelas acompanhadas de Nébula. Só serão listados os objetos Lacaille realmente identificados a objetos de céu profundo. Os objetos de identificação duvidosa não são discutidos ou apresentados neste post.  O melhor horário para observação durante a maratona está disponível em:

http://nunciusaustralis.blogspot.com/2010/12/maratona-lacaille.html

.

Vamos ao que interessa.


Lac III 2 – (Ngc 2477) Junto a Naos (Zeta Puppis) é facilmente localizado. Interessante aglomerado aberto. Mag. 5.80 Dim. 27´x27´. (O Mapa apresentado como No final de dezembro as 05h00min UT.).




Lac III 4 –(IC 2488) Localizado em vela este aglomerado galáctico se localiza dentro do asterismo do Falso Cruzeiro. Mag. 7.4 Dimensão 12´x 12´ Lacaille o descreve como uma fraca estrela rodeada de Nebulosidade. . (O Mapa apresentado como No final de dezembro as 05h00min UT.).





Lac III 6- (Ngc 3372) – A nebulosa de Eta Carina . Um dos maiores espetáculos do céu austral. È uma descoberta original de Lacaille. Mag. 3.0 Dim. 120´x120´. Muito grande. . (O Mapa apresentado como No final de dezembro as 05h00min UT.).








Lac III 7 - (Ngc 3766) Já localizado em Centauro este belo aglomerado galáctico é outra descoberta original do Abade. Conhecido também como O Aglomerado da Pérola. ( The Pearl Cluster). Mag. 5.3 Dim. 12´x12´. (O Mapa apresentado como No final de dezembro as 05h00min UT.).






Lac III 8 – (Ngc 5662) Pequeno aglomerado em Centauro. Também uma descoberta do Abbe. Mag. 5.50 dim. 12´arc. Próximo a Alfa Centauro.

Mapa 05h00min U.T. no inicio de Março.






Lac III 10 (Ngc 6025) Aglomerado aberto na constelação de Triangulo Australis. Pequeno e delicado aglomerado bem ao sul. Mag. 5.10 Dim. 12´x12´.





Lac III 11- Ngc 6397- Aglomerado Glob. Em Ara. Abaixo da cauda do Escorpião Mag. 5.7 . Dim. 27´x 27´ Março 05h00min UT.





Lac III 12 – M seis – O Aglomerado da Borboleta. Na cauda do escorpião. Visível a olho nu como ara enevoada. Bonito. Mag. 4.20 Dim. 20´x20´ Catalogado(?) por Hodierna antes de 1634.


Lac III 13- (M 8)- Em Sagitário. A nebulosa da Lagoa. Um Objeto também descoberto por Hodierna em seu catalogo do sec. XVII. Fecho de Ouro... Um berçário estelar.

Com este post o Nuncius Australis espera que tenha tornado possivel auxiliar  a todos em conhecer este antigo e pouco conhecido catalogo. Todo devotado aos céus do sul.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Catalogo Collinder (Cr) de Aglomerados Abertos

O catalogo Collinder de Aglomerados abertos é um pouco mais obscuro que diversos outros (Como o Messier, Herschell 400, Lacaille etc...). Porém é de fundamental importância já que diversos dos objetos nele listados foram compreendidos como aglomerados abertos somente nesta dissertação de doutorado realizada por Per Collinder em 1931. Algumas das entradas não são aglomerados de fato. Porém diversos aglomerados mais dispersos, porém com interação entre suas estrelas, foram identificados por Collinder. O mais legal é que em sua maioria são visíveis com pequenos telescópios e mesmos binóculos. Ele foi elaborado a partir de chapas fotográficas mas não é uma coleção de pequenas manchas na ocular.Na verdade por apresentar diversos aglomerados bem dispersos ele é um excelente catalogo para ser utilizado por possuidores de binóculos. E não possui magnitudes absurdas (Tipo 14 ou 15). Assim sendo é um grande achado para o observador visual. Apesar deste catalogo começar pela constelação de Cassiopéia a maioria de seus objetos é facilmente vista de latitudes austrais .  O catalogo consta do banco de dados do software Cartes du ciel.


CR- numero Collinder

NGC- Numero no New General catalog ou outros.

Cons.- Constelação

AR e Dec. – Ascensão reta e Declinação

Mag.- magnitude

Est- Numero de estrelas

Tam- tamanho em arcmin.

Tipo- Classificação por semelhança. Ajuda a reconhecer o objeto.

São este Plêiades, Presépio, mu norma (NGC6169), Glob (lembra um globular), Chain (asterismo)



Cr  NGC Const. AR     Dec.                    Mag. Est Tam  Tipo

1     103 Cas 00h 25m 17.4s +61º 19' 19" 9.8v (30) 5  Plei

2      129 Cas 00h 29m 54.1s +60º 12' 35" 6.5v 20 21  Plei

3      133 Cas 00h 31m 16.9s +63º 21' 10" 9.4v 20 7   Plei

4     136 Cas 00h 31m 30.7s +61º 30' 34" 11.3p (20) 1.2 Praes

5     146 Cas 00h 33m 03.9s +63º 18' 33" 9.1v 20 6 Plei

6     188 Cep 00h 47m 29.7s +85º 14' 29" 8.1v (120) 13 Praes

7      225 Cas 00h 43m 32.3s +61º 47' 25" 7.0v 18 12 Plei

8  IC1590 Cas 00h 52m 59.3s +56º 37' 19" 7.4p nl 25x30 Neb 1


9    366 Cas 01h 06m 25.9s +62º 13' 44" 12p (30) 3 Plei

10   381 Cas 01h 08m 14.9s +61º 35' 00" 9.3v 38 6 Praes

11   436 Cas 01h 15m 57.7s +58º 49' 02" 8.8v 25 5 Praes

12   457 Cas 01h 19m 32.6s +58º 17' 27" 6.4v 40 13 Praes

13   559 Cas 01h 29m 29.1s +63º 18' 30" 9.5v 35 4.4 Praes

14   581 (M103) Cas 01h 33m 21.8s +60º 39' 29" 7.4v 25 6 Praes

15   Tr.1 Cas 01h 35m 42.0s +61º 17' 00" 8.1v (20) 7.4 Praes

16   609 Cas 01h 36m 23.7s +64º 32' 12" 11.0v (100+) 3 Praes

17   637 Cas 01h 43m 03.1s +64º 02' 12" 8.2v 11 3.5 Plei

18   654 Cas 01h 43m 59.4s +61º 52' 58" 6.5v 30 5 Praes

19   659 Cas 01h 44m 23.0s +60º 40' 09" 7.9v 15 5 Praes

20   663 Cas 01h 46m 16.0s +61º 13' 06" 7.1v 60 16 Praes

21   Tri 01h 50m 12.0s +27º 05' 00" 7.3v 15 7 Plei 2


22   744 Per 01h 58m 29.9s +55º 28' 29" 7.9v 12 11 Plei

23   752 And 01h 57m 47.9s +37º 51' 00" 5.7v 50 50 Plei

24   869 Per 02h 19m 03.8s +57º 08' 06" 5.3v 250 29 Praes 3


25   884 Per 02h 22m 32.1s +57º 08' 39" 6.1v 200 29 Praes 3


26   Mel 15 (IC1805) Cas 02h 32m 42.0s +61º 27' 00" 7.9v 25 22 Plei 4


27   956 And 02h 32m 30.9s +44º 35' 37" 8.9p 20 7 Plei

28   957 Per 02h 33m 19.0s +57º 34' 11" 7.6v 18 11 Plei

29  Tr.2 Per 02h 37m 18.0s +55º 59' 00" 5.9v 18 20 Plei

30   1027 Cas 02h 42m 35.1s +61º 35' 40" 6.7v 40 20 Neb

31  1039 (M34) Per 02h 42m 07.4s +42º 44' 46" 5.2v 60 35 Praes

32  IC1848 Cas 02h 51m 12.0s +60º 26' 00" 6.5v 20 12 Plei 5


33 IC1848 Cas 02h 59m 18.0s +60º 24' 00" 5.9p 100 39 Plei 5


34 IC1848 Cas 03h 00m 54.0s +60º 25' 00" 6.8p 60 25 Plei 5


35 1193 Per 03h 05m 55.7s +44º 22' 59" 12.6v (40) 1.5 Plei

36 Tr.3 Cas 03h 11m 48.0s +63° 15' 00" 7p 30 23 Plei

37 1220 Per 03h 11m 40.7s +53º 20' 54" 11.8v (15) 2 Plei

38 1245 Per 03h 14m 41.5s +47º 14' 20" 8.4v 65 10 Praes

39 Mel 20 (PMC) Per 03h 22m 00.0s +49º 00' 00" 1.2v 60 185 Plei 6


40 1342 Per 03h 31m 40.1s +37º 22' 28" 6.7v 30 14 Plei

41 IC348 Per 03h 44m 30.0s +32º 17' 00" 7.3v 10 7 Neb 7


42 M45 Tau 03h 47m 00.0s +24º 07' 00" 1.2v 100 110 Neb

43 1444 Per 03h 49m 22.9s +52º 39' 44" 6.6v 7 4 μNorm

44 1496 Per 04h 04m 31.9s +52º 39' 41" 9.6v (10) 6 Plei

45 1502 Cam 04h 07m 49.3s +62º 19' 54" 6.9v 15 7 μNorm

46 1513 Per 04h 09m 54.7s +49º 31' 02" 8.4v 40 9 Praes

47 1528 Per 04h 15m 18.9s +51º 12' 41" 6.4v 50 23 Praes

48 IC361 Cam 04h 19m 00.0s +58º 18' 00" 11.7v (60) 6 Praes

49 1545 Per 04h 20m 56.3s +50º 15' 19" 6.2v 18 18 Plei

50 Mel 25 (TMC) Tau 04h 27m 00.0s +16º 00' 00" 0.5v 36 330 Plei 8


51 1582 Per 04h 32m 00.0s +43º 50' 53" 7.0v 60 37 Plei

52 1605 Per 04h 34m 54.3s +45º 16' 11" 10.7v (40+) 5 Praes

53 1624 Per 04h 40m 36.5s +50º 27' 42" 11.8v (12) 5x5 Plei

54 1647 Tau 04h 45m 55.6s +19º 06' 42" 6.4v 60 45 Praes

55 1662 Ori 04h 48m 28.9s +10º 55' 49" 6.4v 14 20 Plei

56 1664 Aur 04h 51m 08.4s +43º 40' 28" 7.6v 30 18 Praes

57 1746 Tau 05h 03m 50.2s +23º 46' 04" 6.1v 70 42 Praes

58 1778 Aur 05h 08m 05.7s +37º 01' 22" 7.7v 15 6 Plei

59 1807 Tau 05h 10m 41.1s +16º 31' 52" 7.0v 18 17 Plei

60 1817 Tau 05h 12m 26.3s +16º 41' 03" 7.7v 85 16 Praes

61 1857 Aur 05h 20m 05.5s +39º 20' 37" 7.0v 40 5 Plei

62 nl Aur 05h 22m 30.0s +41º 00' 00" 4.2v 15 28 Plei

63 1893 Aur 05h 22m 45.1s +33º 25' 13" 7.5v 30 11 Plei 9


64 1883 Aur 05h 25m 54.2s +46º 29' 25" 12.0v 12 2.5 Plei

65 nl Tau 05h 25m 05.0s +15º 41' 59" 3.0v 30 220 Plei

66 1907 Aur 05h 28m 04.5s +35º 19' 32" 8.2v 8 6 Praes

67 1912 (M38) Aur 05h 28m 42.5s +35º 51' 18" 6.4v 120 21 Praes

68 1931 Aur 05h 31m 25.8s +34º 14' 42" 10.1v (20) 4x4 Neb

69 Orion Cluster Ori 05h 35m 28.8s +09º 56' 28" 2.8v 25 70 Neb 10


70 Orion Belt Ori 05h 35m 36.0s -01º 05' 00" 0.6v 125 140 Neb 11


71 1960 (M36) Aur 05h 36m 17.7s +34º 08' 27 6.0v 60 12 Praes

72 1980 Ori 05h 35m 25.9s -05º 54' 35" 2.5v 12 14x14 Neb

73 1981 Ori 05h 35m 09.6s -04º 25' 30" 4.2v 13 25 Plei

74 Ori 05h 48m 30.0s +07º 24' 00" 14.4p 12± 5 nl

75 2099 (M37) Aur 05h 52m 18.3s +32º 33' 11" 5.6v 250 23 Praes

76 2112 Ori 05h 53m 45.2s +00º 24' 39" 9.1v 45 11 Praes

77 2129 Gem 06h 01m 06.5s +23º 19' 20" 6.7v 20 6 Plei

78 2126 Aur 06h 02m 33.0s +49º 51' 57" 10.2v 18 6 Plei

79 2141 Ori 06h 02m 55.1s +10º 26' 47" 9.4v (100) 10 Praes

80 Tr.4 Gem 06h 05m 00.0s +24º 00' 00" 8.4p 15 6 Plei

81 2158 Gem 06h 07m 25.6s +24º 05' 46" 8.6v (100+) 5 Praes 12


82 2168 (M35) Gem 06h 08m 55.9s +24º 21' 28" 5.1v 175 28 Praes

83 2169 Ori 06h 08m 24.3s +13º 57' 53" 5.9v 8 6 Plei

84 2175 Ori 06h 09m 39.6s +20º 29' 15" 6.8v 16 40x30 μNorm 13


85 2186 Ori 06h 12m 07.1s +05º 27' 31" 8.7v 10 4 Praes

86 2192 Aur 06h 15m 17.4s +39º 51' 19" 10.9v (45) 5 Plei

87 2194 Ori 06h 13m 45.9s +12º 48' 24" 8.5v 35 10 Praes

88 2204 Cma 06h 15m 32.2s -18º 39' 57" 8.6v 65 12 Praes

89 9-12 Gem Gem 06h 18m 00.0s +23º 38' 00" 5.7 20 60 Plei

90 2215 Mon 06h 20m 49.2s -07º 17' 02" 8.4v 22 11 Plei

91 Mon 06h 21m 42.0s +02º 22' 00" 6.4p 20 17 Plei

92 Mon 06h 22m 54.0s +05º 07' 00" 8.6v 30 11 Neb

93 2232 Mon 06h 27m 15.0s -04º 50' 51" 4.2v 18 29 Plei

94 2236 Mon 06h 29m 39.7s +06º 49' 50" 8.5v 18 6 Plei

95 Mon 06h 30m 30.0s +09º 56' 00" nl 10 27 Neb

96 Mon 06h 30m 18.0s +02º 52' 00" 7.3v 12 7 Plei

97 Mon 06h 31m 18.0s +05º 55' 00" 5.4p 9 21 Plei

98 2243 Cma 06h 29m 34.5s -31º 16' 53" 9.4v (100) 5 Praes

99 2244 Mon 06h 31m 55.6s +04º 56' 35" 4.8v 18 24 Plei

100 2250 Mon 06h 33m 49.9s -05º 05' 04" 8.9p (10) 7 Plei

101 2251 Mon 06h 34m 38.5s +08º 21' 59" 7.3v 20 10 Plei

102 2252 Mon 06h 34m 42.9s +05º 21' 59" 7.7v 10± 20 Plei

103 2254 Mon 06h 35m 49.7s +07º 40' 24" 9.1v 20 4 Plei

104 Mon 06h 36m 30.0s +04º 49' 00" 9.6p 15 21 Chain

105 Tr.5 Mon 06h 37m 36.0s +09º 26' 00" 10.9p 20 8 Plei

106 Mon 06h 37m 06.0s +05º 57' 00" 4.6p 23 45 Plei

107 Mon 06h 37m 42.0s +04º 44' 00" 5.1p 30 35 Plei

108 2259 Mon 06h 38m 21.4s +10º 53' 01" 10.8v (25) 4.5 Plei

109 2262 Mon 06h 39m 38.1s +01º 08' 37" 11.3v (35) 3.5 Plei 14


110 Mon 06h 38m 24.0s +02º 01' 00" 10.5p 60 12 Praes

111 Mon 06h 38m 42.0s +06º 54' 00" 7.0p 8 3.2 μNorm

112 2264 Mon 06h 40m 58.3s +09º 53' 44" 4.1v 45 20 μNorm

113 2266 Gem 06h 43m 19.2s +26º 58' 10" 9.5v 50± 6 Praes

114 2269 Mon 06h 43m 17.1s +04º 37' 28" 10.0v 6± 4 Plei

115 Mon 06h 46m 30.0s +01º 46' 00" 9.2p 25 7 Plei

116 2281 Aur 06h 48m 17.8s +41º 04' 44" 5.4v 23 14 Plei

117 2286 Mon 06h 47m 40.1s -03º 08' 52" 7.5v 50 14 Plei

118 2287 (M41) Cma 06h 46m 00.0s -20º 46' 00" 4.5v 160 38 Praes

119 2301 Mon 06h 51m 45.3s +00º 27' 33" 6.0v 60 12 Plei

120 2304 Gem 06h 55m 11.9s +17º 59' 19" 10.0v 30± 5 Praes

121 Cma 06h 54m 12.0s -24º 38' 00" 2.6v 20 50 Plei

122 2309 Mon 06h 56m 03.6s -07º 10' 28" 10.5v 14± 3 Plei

123 2311 Mon 06h 57m 47.5s -04º 36' 41" 9.6v 20 6 Plei

124 2323 (M50) Mon 07h 02m 42.3s -08º 23' 26" 5.9v 45 16 Plei

125 2324 Mon 07h 04m 07.9s +01º 02' 41" 8.4v 50 7 Praes

126 2331 Gem 07h 06m 59.8s +27º 15' 42" 8.5v 20 18 Plei

127 2335 Mon 07h 06m 49.5s -10º 01' 43" 7.2v 40 12 Plei

128 2343 Mon 07h 08m 06.8s -10º 37' 01" 6.7v 12 6 Plei

129 2345 Cma 07h 08m 18.8s -13º 11' 38" 7.7v 45 12 Praes

130 2353 Mon 07h 14m 30.3s -10º 15' 57" 7.1v 60 20 μNorm

131 2354 Cma 07h 14m 15.3s -25º 41' 33" 6.5v 30 20 Praes

132 Cma 07h 14m 24.0s -31º 10' 00" 3.6v 18 95 Plei

133 2355 Gem 07h 16m 59.3s +13º 44' 59" 9.7v 30 9 Praes

134 2360 Cma 07h 17m 43.1s -15º 38' 29" 7.2v 50 12 Praes

135 Pup 07h 17m 18.0s -36º 50' 00" 2.1v 16 50 Neb?

136 2362 Cma 07h 18m 41.5s -24º 57' 15" 3.8v 20 8 μNorm

137 2367 Cma 07h 20m 04.5s -21º 53' 03" 7.9v (30) 3.5 Plei

138 2368 Mon 07h 21m 06.3s -10º 22' 18" 11.8v (15) 5 Praes

139 2374 Cma 07h 23m 56.1s -13º 15' 48" 8.0v 40 19 Plei

140 Cma 07h 23m 54.0s -32º 12' 00" 3.5v 15 42 Plei

141 2383 Cma 07h 24m 39.9s -20º 56' 51" 8.4v 25± 5 Praes

142 2384a Cma 07h 25m 11.8s -21º 01' 24" 7.4v (15) 2.5 μNorm

143 2384b Cma 07h 25m 11.8s -21º 01' 24" nl nl nl μNorm

144 2395 Gem 07h 27m 12.9s +13º 36' 29" 8.0v 22 12 Plei

145 Tr.6 Cma 07h 26m 06.0s -24º 18' 00" 10.0p 20 6 Plei

146 Tr.7 Pup 07h 27m 18.0s -24º 02' 00" 7.9v 12± 5 Plei

147 Mel.66 Pup 07h 26m 23.0s -47º 40' 00" 7.8p (200) 10 Praes

148 2396 Pup 07h 28m 02.9s -11º 43' 11" 7.4v 40 10 Plei

149 2401 Pup 07h 29m 24.4s -13º 57' 58" 12.6v (20) 2 Praes

150 2414 Pup 07h 33m 12.8s -15º 27' 14" 7.9v (35) 4 Plei

151 2421 Pup 07h 36m 11.8s -20º 36' 44" 8.3v 28 10 Praes

152 2422 (M47) Pup 07h 36m 35.0s -14º 28' 57" 4.4v 50 29 Plei

153 2423 Pup 07h 37m 06.7s -13º 52' 17" 6.7v 40 19 Praes

154 2420 Gem 07h 38m 23.9s +21º 34' 27" 8.3v (100+) 10 Plei

155 Mel.71 Pup 07h 37m 30.0s -12º 04' 00" 7.1v 60 9 Praes

156 Mel.72 Mon 07h 38m 24.0s -10º 41' 00" 10.1p 24 9 Praes 15


157 2432 Pup 07h 40m 53.8s -19º 05' 09" 10.2v (50+) 7 Praes

158 2439 Pup 07h 40m 45.4s -31º 41' 33" 6.9v 26 10 Plei

159 2437 (M46) Pup 07h 41m 46.8s -14º 48' 36" 6.1v 125 27 Praes

160 2447 (M93) Pup 07h 44m 29.2s -23º 51' 11" 6.2v 80 22 Praes

161 2451 Pup 07h 45m 15.0s -37º 58' 03" 2.8v 35 45 Plei

162 2453 Pup 07h 47m 34.1s -27º 11' 41" 8.3v 10 5 Plei

163 2455 Pup 07h 48m 58.6s -21º 17' 53" 10.2v 20 7 Plei

164 2467 Pup 07h 52m 29.5s -26º 25' 48" 7.1v 20 15 Neb

165 2477 Pup 07h 52m 09.8s -38º 32' 00" 5.8v 300 27 Glob

166 2482 Pup 07h 55m 10.3s -24º 15' 17" 7.3v 28 12 Plei

167 Tr.8 Pup 07h 55m 04.0s -17º 42' 35" 9.6p 30 7 Praes

168 Tr.9 Pup 07h 55m 18.0s -25º 56' 00" 8.7v 14 5 Plei

169 2489 Pup 07h 56m 15.9s -30º 03' 51" 7.9v 60 8 Praes

170 2506 Mon 08h 00m 01.7s -10º 46' 11" 7.6v 80 8 Praes

171 2509 Pup 08h 00m 47.8s -19º 03' 02" 9.3v 30 8 Plei

172 2516 Car 07h 58m 07.1s -60º 45' 12" 3.8v 70 29 Praes

173 Vel 08h 02m 49.0s -46º 23' 00" 0.6v 70 370 Plei

174 2527 Pup 08h 04m 58.2s -28º 08' 48" 6.5v 40 22 Plei

175 2533 Pup 08h 07m 04.1s -29º 53' 02" 7.6v 30± 3.5 Praes

176 2539 Pup 08h 10m 37.9s -12º 49' 09" 6.5v 65 21 Praes

177 2547 Vel 08h 10m 10.5s -49º 13' 32" 4.7v 40 20 Plei

178 2546 Pup 08h 12m 15.6s -37º 35' 39" 6.3v 40 40 Plei

179 2548 (M48) Hya 08h 13m 43.1s -05º 45' 02" 5.8v 90 54 Praes

180 2567 Pup 08h 18m 29.1s -30º 38' 44" 7.4v 40 10 Plei

181 2571 Pup 08h 18m 56.3s -29º 44' 57" 7.0v 20 13 Plei

182 2579 Pup 08h 20m 53.0s -36º 13' 02" 7.5v 14 10 Plei 16


183 2580 Pup 08h 21m 27.9s -30º 17' 36" 9.7v 25 7 Praes

184 2587 Pup 08h 23m 24.1s -29º 30' 31" 9.2v 18 9 Plei

185 Pup 08h 22m 30.0s -36º 10' 00" 7.8v 15 8 Plei

186 2588 Pup 08h 23m 09.5s -32º 58' 31" 11.8v (20+) 2 Praes

187 Pup 08h 24m 12.0s -29º 09' 00" 9.6p (20) 7 Plei

188 2627 Pyx 08h 37m 14.9s -29º 57' 01" 8.4v 30 11 Praes

189 2632 (M44) Cnc 08h 40m 22.2s +19º 40' 19" 3.1v 60 95 Praes

190 2635 Pyx 08h 38m 26.0s -34º 46' 18" 11.2v (15) 3 Praes

191 IC2391 Vel 08h 40m 21.0s -53º 05' 21" 2.0v 15 60 Plei 17


192 IC2395 Vel 08h 42m 31.0s -48º 06' 30" 4.0v 19 7 Plei

193 2660 Vel 08h 42m 38.0s -47º 12' 02" 8.8v (70) 4 Glob

194 2659 Vel 08h 42m 33.0s -45º 00' 02" 8.6v 35 2.7 Praes

195 2658 Pyx 08h 43m 27.3s -32º 39' 22" 9.2v 40 12 Praes

196 Pyx 08h 45m 00.0s -31º 38' 00" 10.5p (12) 5 Praes

197 Vel 08h 44m 51.0s -41º 14' 00" 6.7p 14 40 Plei

198 Pyx 08h 45m 18.0s -31º 46' 00" 11.2 nl 5 Praes

199 2669 Vel 08h 46m 19.0s -52º 56' 06" 6.1v 25 12 Praes 18


200 2670 Vel 08h 45m 29.5s -48º 47' 30" 7.8v 25 9 Plei

201 2671 Vel 08h 46m 11.9s -41º 52' 38" 11.6v (40) 4 Praes

202 Harv.3 Vel 08h 46m 30.0s -52º 54' 00" 6.1p 22 12 Plei 18


203 Tr.10 Vel 08h 47m 54.0s -42º 27' 00" 5.0v 18 29 Plei

204 2682 (M67) Cnc 08h 51m 20.1s +11º 48' 43" 6.9v 90 29 Praes

205 Markarian 18 Vel 09h 00m 32.0s -48º 59' 06" 7.8v 8 5 μNorm

206 2818 Pyx 09h 16m 01.5s -36º 37' 37" 8.2v 25 9 Praes 19


207 2849 Vel 09h 19m 22.9s -40º 31' 13" 12.5v (40) 2.3 Praes

208 IC2488 Vel 09h 27m 45.0s -57º 40' 08" 7.4 70 18 Plei

209 2910 Vel 09h 30m 29.0s -52º 54' 50" 7.2v 15 5 Plei

210 2925 Vel 09h 33m 10.9s -53º 23' 45" 8.3v 30 12 Plei

211 2972 Vel 09h 40m 11.5s -50º 19' 15" 9.9v (25) 4 Praes

212 3033 Vel 09h 48m 39.1s -56º 24' 42" 8.8v (50) 5 Plei

213 Vel 09h 54m 35.0s -50º 55' 11" 9.2p 21 17 Plei

214 3105 Vel 10h 00m 39.5s -54º 47' 15" 9.7v (20) 2 Praes

215 3114 Car 10h 02m 42.7s -60º 06' 32" 4.2v 100 35 Plei

216 Tr.11 Car 10h 04m 58.6s -61º 36' 54" 8.1p 15 5 Plei

217 Tr.12 Car 10h 06m 29.0s -60º 18' 00" 8.8p 12 4 Plei

218 3228 Vel 10h 21m 22.2s -51º 43' 57" 6.0v 22 5 Plei

219 Tr.13 Car 10h 23m 49.6s -60º 08' 14 " 11.3 (40) 5 Plei

220 (incorrectly) 3247 Car 10h 25m 52.0s -57º 55' 35" 7.6p 18 6 Plei 20


221 3255 Car 10h 26m 31.3s -60º 40' 42" 11.0v (30) 2 Glob 21


222 IC2581 Car 10h 27m 36.0s -57º 40' 13" 4.0v 14 7 μNorm

223 Car 10h 30m 24.0s -60º 05' 00" 9.4 30 9 Plei

224 3293 Car 10h 35m 53.8s -58º 14' 10" 4.7v (93) 5 Praes

225 3324 Car 10h 37m 18.7s -58º 39' 36" 6.7 (44) 5 (Neb)

226 3330 Vel 10h 38m 47.5s -54º 06' 56" 7.4v 20 6 Plei

227 Mel.101 Car 10h 42m 12.0s -65º 06' 00" 8.0v 70 16 Praes

228 Car 10h 42m 04.0s -59º 55' 00" 4.4v 50 14 Neb

229 IC2602 Car 10h 43m 23.0s -64º 26' 13" 1.0v 24 100 Neb

230 Tr.14 Car 10h 43m 56.0s -59º 33' 00" 5.5v (44) 5 Neb

231 Tr.15 Car 10h 44m 43.0s -59º 22' 00" 7.0v 15 15 Neb

232 Car 10h 44m 59.0s -59º 33' 00" 6.8v 15 4 Plei

233 eta Car cluster (Tr 16) Car 10h 45m 16.2s -59º 43' 17" 5.0v 40 10 Neb 22


234 Tr 16 Car 10h 45m 21.0s -59º 45' 00" 5.0v (18) 3 Plei 22


235 Tr.17 Car 10h 56m 24.0s -59º 12' 00" 8.4 25 5 Plei

236 Car 10h 57m 17.0s -61º 06' 36" 7.7v 30 10 Plei

237 3496 Car 10h 59m 33.8s -60º 20' 12" 8.2v 45 9 Praes

238 3532 Car 11h 05m 47.5s -58º 46' 13" 3.0v 135 55x50 Praes

239 3572 Car 11h 10m 19.2s -60º 14' 54" 6.6v nl 6 Plei 23


240 Car 11h 10m 19.2s -60º 14' 54" n/a 20 n/a Plei 23


241 Tr.18 Car 11h 11m 28.0s -60º 40' 00" 6.9v 10 6 Plei

242 3590 Car 11h 12m 59.0s -60º 47' 20" 8.2v 15 4 Plei

243 Tr.19 Car 11h 15m 07.0s -57º 33' 00" 9.6v (40) 10 Praes 24


244 3603 Car 11h 15m 06.6s -61º 15' 40" 9.1v (44) 2.5 Praes

245 IC2714 Car 11h 18m 08.0s -62º 44' 21" 8.0v 120 15 Praes

246 Mel.105 Car 11h 19m 42.0s -63º 29' 00" 8.5v 40± 5 Praes

247 3680 Cen 11h 25m 37.1s -43º 15' 00" 7.6v 25 12 Praes

248 3766 Cen 11h 36m 14.4s -61º 36' 36" 5.3v 137 12 Praes

249 Cen 11h 36m 52.0s -63º 04' 24" 4.0v 25 65 Neb

250 3960 Cen 11h 50m 33.2s -55º 40' 35" 8.3v 60 6 Praes

251 4052 Cru 12h 02m 05.2s -63º 13' 24" 8.8v 60 10 Plei

252 4103 Cru 12h 06m 39.5s -61º 15' 00" 7.4v 20± 6 Plei

253 4230 Cen 12h 17m 09.3s -55º 17' 10" 9.4v (15) 7x5 Plei

254 4337 Cru 12h 24m 03.3s -58º 07' 25" 8.9v 20 3.5 Plei 25


255 4349 Cru 12h 24m 06.0s -61º 52' 13" 7.4v 70 15 Praes

256 Mel.111 Com 12h 25m 00.0s +26º 00' 00" 1.8v 30 275 Plei

257 Cru 12h 24m 45.9s -60º 53' 12" nl 12 5 Plei 26


258 Harv.5 Cru 12h 27m 10.0s -60º 46' 00" 7.1v (25) 5 Plei 26


259 4439 Cru 12h 28m 26.3s -60º 06' 11" 8.4v (20) 4 Plei

260 4463 Mus 12h 29m 55.2s -64º 47' 23" 7.2v 18± 5 Plei

261 Harv.6 Mus 12h 37m 57.0s -68º 22' 00" 10.7v (100) 9 Praes

262 Tr.20 Cru 12h 39m 34.0s -60º 37' 00" 10.1v nl 7 Praes

263 4609 Cru 12h 42m 19.9s -62º 59' 38" 6.9v 12 5 Plei

264 4755 Cru 12h 53m 37.1s -60º 21' 22" 4.2v (218) 10 Plei 27


265 4815 Mus 12h 57m 58.3s -64º 57' 42" 8.6v (100) 3 Praes 28


266 4852 Cen 13h 00m 14.5s -59º 36' 58" 8.9v 20 11 Plei

267 5053 Com 13h 16m 27.0s +17º 41' 52" 9.0v nl 11 Praes 29


268 (Harvard 8) Mus 13h 18m 13.0s -67º 05' 00" 9.5v 30 5 Plei

269 Mus 13h 23m 31.0s -66º 10' 48" 9.2p nl 15 Plei 30


270 5138 Cen 13h 27m 15.2s -59º 02' 27" 7.6v 15 7 Plei

271 Cen 13h 29m 54.0s -64º 12' 00" 8.7v 16 5 Plei

272 Cen 13h 30m 26.0s -61º 19' 00" 7.7v 15 10 Plei

273 5168 Cen 13h 31m 07.3s -60º 56' 21" 9.1v (50) 4 Praes

274 Tr.21 Cen 13h 32m 14.0s -62º 48' 00" 7.7v (20) 5 Praes

275 Cen 13h 34m 39.0s -60º 12' 00" 10.2v (20) 11 Plei

276 5281 Cen 13h 46m 35.1s -62º 54' 59" 5.9v (40) 8 Plei

277 Cir 13h 48m 00.0s -66º 04' 00" 9.2v (30) 15 Praes

278 5288 Cir 13h 48m 44.9s -64º 41' 07" 11.8v nl 4 Plei

279 5316 Cen 13h 53m 57.2s -61º 52' 09" 6.0v 22 13 Plei

280 5460 Cen 14h 07m 27.7s -48º 20' 33" 5.6v 50 35 Praes

281 5606 Cen 14h 27m 47.2s -59º 37' 56" 7.7v (15) 3 Plei

282 5617 Cen 14h 29m 44.0s -60º 42' 39" 6.3v 60 10 Praes

283 Tr.22 Cen 14h 31m 02.0s -61º 10' 00" 7.9v 15 10 Plei 31


284 5662 Cen 14h 35m 37.5s -56º 37' 05" 5.5v 35 30 Plei

285 Ursa Major Uma 12h 03m 00.0s +58º 00' 00" nl nl nl nl

286 5715 Cir 14h 43m 29.7s -57º 34' 37" 9.8v 20 5 Praes

287 5749 Lup 14h 48m 53.9s -54º 29' 51" 8.8v 16 7 Plei

288 5764 Lup 14h 53m 32.2s -52º 40' 14" 12.6v 12 3 nl

289 5822 Lup 15h 04m 21.2s -54º 23' 47" 6.5v 100 39 Plei

290 5823 Cir 15h 05m 30.6s -55º 36' 13" 7.9v 30 12 Plei

291 5925 Nor 15h 27m 26.7s -54º 31' 43" 8.4v 45 20 Plei

292 Nor 15h 49m 51.0s -57º 37' 11" 7.9v (50) 15 Plei

293 5999 Nor 15h 52m 08.6s -56º 28' 22" 9.0v 40 3 Praes

294 6005 Nor 15h 55m 48.7s -57º 26' 14" 10.7v 14 3 Praes 32


295 Tr.23 Nor 16h 00m 48.0s -53º 32' 00" 11.2v 25 9 Plei

296 6025 TrA 16h 03m 17.0s -60º 25' 54" 5.1v 25 12 Plei

297 6031 Nor 16h 07m 35.0s -54º 00' 54" 8.5v (121) 2 Plei

298 6067 Nor 16h 13m 11.0s -54º 13' 06" 5.6v 115 12 Praes

299 Harv.10 Nor 16h 19m 54.0s -54º 58' 00" 6.9p 24 25 Plei

300 6087 Nor 16h 18m 50.5s -57º 56' 04" 5.4v 30 12 Plei

301 6124 Sco 16h 25m 20.0s -40º 39' 13" 5.8v 60 40 Praes

302 Antares Cl. Sco 16h 26m 00.0s -26º 13' 00" 1.0v 20± 505 Neb

303 6134 Nor 16h 27m 46.5s -49º 09' 04" 7.2v 45 6 Praes

304 6152 Nor 16h 32m 45.5s -52º 38' 38" 8.1v 35 29 Praes

305 6167 Nor 16h 34m 34.9s -49º 46' 19" 6.7v 40 7 Plei

306 6169 Nor 16h 34m 04.6s -44º 02' 44" 6.6v (40) 12 μNorm

307 Nor 16h 35m 20.0s -51º 00' 00" 9.2v 22 5 Plei

308 6178 Sco 16h 35m 47.2s -45º 38' 37" 7.2v 7 4 Plei

309 6192 Sco 16h 40m 23.8s -43º 22' 00" 8.5v 25 7 Praes

310 6193 Ara 16h 41m 20.2s -48º 45' 45" 5.2v 25 14 Plei

311 6200 Ara 16h 44m 07.3s -47º 27' 45" 7.4v 40 12 Plei

312 6204 Ara 16h 46m 09.5s -47º 01' 01" 8.2v 20 5 Praes

313 6208 Ara 16h 49m 28.1s -53º 43' 42" 7.2v 40 15 Praes

314 6222 Sco 16h 49m 23.5s -44º 43' 53" 10.1v 22 4 Praes 33


315 6231 Sco 16h 54m 10.9s -41º 49' 27" 2.6v (93) 14 Plei

316 Sco 16h 55m 30.0s -40º 50' 00" 6.6v 60 105 Plei 34


317 6242 Sco 16h 55m 33.4s -39º 27' 39" 6.4v 50 9 Praes

318 Tr.24 Sco 16h 57m 00.0s -40º 40' 00" 8.6p 15 60 Plei

319 6249 Sco 16h 57m 41.5s -44º 48' 43" 8.2v 18 6 Plei

320 6250 Ara 16h 57m 56.0s -45º 56' 12" 5.9v 10 7 Plei

321 6253 Ara 16h 59m 05.1s -52º 42' 32" 10.2v 25 5 Praes

322 6259 Sco 17h 00m 45.3s -44º 39' 18" 8.0v 60 10 Praes

323 6268 Sco 17h 02m 10.3s -39º 43' 42" 9.5v 22 6 Plei

324 6281 Sco 17h 04m 41.2s -37º 59' 07" 5.4v 25 8 Plei

325 6318 Sco 17h 16m 11.5s -39º 25' 30" 11.8v 20± 5 Praes

326 6322 Sco 17h 18m 25.7s -42º 56' 02" 6.0v 12± 10 Plei

327 IC4651 Ara 17h 25m 14.0s -49º 57' 35" 6.9v 65 10 Praes

328 6352 Ara 17h 25m 29.1s -48º 25' 22" 7.8v nl 7.1 Glob 35


329 Tr.25 Sco 17h 24m 48.0s -30º 00' 00" 11.7p 18± 4 Plei

330 6355 Oph 17h 23m 58.5s -26º 21' 13" 8.6v nl 5 Glob 36


331 Tr.26 Oph 17h 28m 30.0s -29º 29' 00" 9.5p 20 17 Plei

332 Sco 17h 30m 48.0s -37º 05' 00" 8.9v 25 2 Plei

333 Sco 17h 31m 18.0s -34º 05' 00" 9.8p 8 5 Plei

334 6374 (6383) Sco 17h 34m 42.4s -32º 34' 53" 5.5 10 2.5 Plei 37


335 6383 Sco 17h 34m 42.4s -32º 34' 53" 5.5v 10 2.5 μNorm 37


336 Tr.27 Sco 17h 36m 12.0s -33º 29' 00" 6.7v 15 6 Plei

337 Tr.28 Sco 17h 36m 48.0s -32º 29' 00" 7.7v 22 12.5 Praes

338 Sco 17h 38m 06.0s -37º 43' 12" 8.0v 20 20 Plei

339 6396 Sco 17h 37m 38.0s -35º 01' 33" 8.5v 8 nl Plei 38


340 6404 Sco 17h 39m 37.3s -33º 14' 48" 10.6v 12 5 Plei

341 6405 (M6) Sco 17h 40m 20.7s -32º 15' 15" 4.2v 55 33 Plei

342 6400 Sco 17h 40m 12.7s -36º 56' 52" 8.8v 25 12 Plei

343 Tr.29 Sco 17h 41m 36.0s -40º 06' 00" 7.5p 22 9 Plei

344 6416 Sco 17h 44m 19.9s -32º 21' 40" 5.7v 35 30 Plei

345 Sco 17h 44m 35.0s -33º 52' 00" 10.9v 12 4.8 Plei

346 6426 Oph 17h 44m 54.6s +03º 10' 13" 10.9v nl 4.2 Praes 39


347 Oph 17h 46m 18.0s -29º 20' 00" 8.8v 14 10 Plei

348 6425 Sco 17h 47m 01.6s -31º 31' 46" 7.2v 25 15 Plei

349 IC4665 Oph 17h 46m 18.0s +05º 43' 00" 4.2v 28 40 Plei

350 Oph 17h 48m 07.0s +01º 21' 00" 6.1v 25 40 Plei

351 Sgr 17h 49m 04.0s -28º 45' 00" 9.3v 22 8 Plei

352 6451 Sco 17h 50m 40.6s -30º 12' 42" 8.2v 40 7 Praes

353 6469 Sgr 17h 53m 12.1s -22º 16' 30" 8.2v 35 8 Plei

354 6475 (M7) Sco 17h 53m 51.1s -34º 47' 34" 3.3v 60 80 Plei

355 Tr.30 Sco 17h 56m 30.0s -35º 19' 00" 8.8p 50 10 Plei

356 6494 (M23) Sgr 17h 57m 04.7s -18º 59' 07" 5.5v 85 30 Praes

357 Tr.31 Sgr 17h 59m 49.0s -28º 10' 00" 9.8v 42 5 Plei

358 6507 Sgr 17h 59m 50.7s -17º 27' 01" 9.6v 16 6 Plei

359 Melotte 186 Oph 18h 01m 06.0s +02º 54' 00" 3.0v 15 240 Plei

360 6514 Sgr 18h 02m 20.9s -23º 01' 38" 6.3v 40 30 Neb

361 6520 Sgr 18h 03m 25.1s -27º 53' 28" 7.6v 20 6 Plei

362 6530 Sgr 18h 04m 31.0s -24º 21' 29" 4.6v 20 14 Neb

363 6531 (M21) Sgr 18h 04m 13.4s -22º 29' 24" 5.9v 25± 13 Plei

364 6540 Sgr 18h 06m 08.5s -27º 45' 55" 14.6v nl 1.5 Praes

365 6546 Sgr 18h 07m 22.5s -23º 17' 46" 8.0v 20 15 Praes

366 6544 Sgr 18h 07m 20.5s -24º 59' 51" 7.5v nl 8.9 Glob 41


367 Sgr 18h 09m 43.0s -23º 39' 35" 6.4 10 40 Neb

368 6558 Sgr 18h 10m 18.3s -31º 45' 49" 8.6v nl 3.7 Praes 42


369 6568 Sgr 18h 12m 45.1s -21º 34' 59" 8.6v 29 12 Plei

370 6583 Sgr 18h 15m 49.9s -22º 08' 09" 10.0v 30± 5 Praes

371 6595 Sgr 18h 17m 16.0s -19º 44' 30" 7.0v 12 4x3 Neb 43


372 Tr.32 SerCD 18h 17m 10.4s -13° 20' 40" 12.2p 20 6 Praes

373 6604 SerCD 18h 18m 02.9s -12º 14' 35" 6.5v 10± 4 μNorm

374 6603 Sgr 18h 18m 26.9s -18º 24' 22" 11.1v (100) 5 Praes 44


375 6611 (M16) SerCD 18h 18m 48.1s -13º 48' 26" 6.0v 30 21 Neb

376 6613 (M18) Sgr 18h 19m 58.4s -17º 06' 07" 6.9v 14 10 Plei

377 6618 Sgr 18h 21m 09.0s -16º 10' 36" 6.0v 27 27 Neb 45


378 Tr.33 Sgr 18h 24m 42.0s -19º 43' 00" 7.8v 10 6 Plei

379 6631 Sct 18h 27m 11.3s -12º 01' 52" 11.7v 20± 7 Praes

380 6633 Oph 18h 27m 15.2s +06º 30' 30" 4.6v 30 20 Plei

381 6642 Sgr 18h 31m 54.3s -23º 28' 35" 8.9v nl 5.8 Glob 46


382 IC4725 (M25) Sgr 18h 31m 36.0s -19º 15' 00" 4.6v 60 32 Praes

383 6645 Sgr 18h 32m 37.9s -16º 53' 02" 8.5v 100 15 Praes

384 6649 Sct 18h 33m 27.9s -10º 24' 10" 8.9v 15 5 Praes

385 6664 Sct 18h 36m 33.3s -08º 13' 15" 7.8v 28 16 Praes

386 IC4756 Ser 18h 39m 00.0s +05º 27' 00" 4.6v 120 52 Praes

387 Tr.34 Sct 18h 39m 48.0s -08º 29' 00" 8.6v 20 7 Plei 47


388 Tr.35 Sct 18h 42m 54.0s -04º 08' 00" 9.2v 25 9 Plei

389 6694 (M26) Sct 18h 45m 18.6s -09º 23' 01" 8.0v 18 14 Praes

390 6704 Sct 18h 50m 45.7s -05º 12' 20" 9.2v 20 6 Plei

391 6705 (M11) Sct 18h 51m 05.9s -06º 16' 12" 5.8v 100± 13 Glob 48


392 6709 Aql 18h 51m 18.9s +10º 19' 07" 6.7v 40 13 Praes

393 6716 Sgr 18h 54m 34.3s -19º 54' 04" 7.5v 15 6 Plei

394 Sgr 18h 52m 28.0s -20º 59' 28" 6.3v 22 22 Praes

395 6717 Sgr 18h 55m 05.9s -22º 42' 06" 8.4v nl 3.9 Glob 49


396 6738 Aql 19h 01m 21.5s +11º 36' 56" 8.3v 20 15 Plei

397 6755 Aql 19h 07m 49.0s +04º 15' 59" 7.5v 25 14 Plei

398 6756 Aql 19h 08m 42.5s +04º 42' 21" 10.6v (40) 4 Praes

399 4-5 Vul. Vul 19h 25m 24.0s +20º 11' 00" 3.6v 15 60 Plei 50


400 6802 Vul 19h 30m 35.0s +20º 15' 39" 8.8v 201 5 Plei

401 Aql 19h 38m 24.0s -00º 20' 00" 7p 8± 1 μNorm

402 6811 Cyg 19h 37m 17.9s +46º 23' 20" 6.8v 40 12 Praes

403 6819 Cyg 19h 41m 18.0s +40º 11' 12" 7.3v 929 5 Plei

404 6820 Vul 19h 42m 27.9s +23º 05' 17" 14.9p 6 0.8 Neb 51


405 6823 Vul 19h 43m 09.8s +23º 18' 00" 7.1v 13 12 Plei

406 6830 Vul 19h 50m 59.5s +23º 06' 00" 7.9v 15 12 Plei

407 6834 Cyg 19h 52m 12.5s +29º 24' 29" 7.8v 40 5 Praes

408 Harv.20 Sge 19h 53m 06.0s +18º 20' 00" 7.7v 20 9 Plei

409 6838 Sge 19h 53m 46.1s +18º 46' 42" 8.4v 150± 7.2 Glob 52


410 6846 Cyg 19h 56m 28.0s +32º 20' 59" 14.2v (40) 0.5 Plei

411 Mel.227 Oct 20h 17m 19.0s -79º 02' 00" 5.3v 20 70 Plei

412 6866 Cyg 20h 03m 55.1s +44º 09' 33" 7.6v 20 6 Plei

413 6871 Cyg 20h 05m 59.3s +35º 46' 38" 5.2v 45 30 Plei

414 IC1311 Cyg 20h 10m 48.0s +41º 11' 00" 13.1p (60) 9 Glob 53


415 6883 Cyg 20h 11m 19.7s +35º 49' 56" 8.0v 18 35 Plei

416 6882 Vul 20h 11m 55.8s +26º 29' 20" 8.1v 20 20 Plei 54


417 6885 Vul 20h 11m 55.8s +26º 29' 20" 8.1v 40 20 Plei 54


418 IC4996 Cyg 20h 16m 31.7s +37º 38' 35" 7.3v 12 5 Plei

419 Cyg 20h 18m 06.0s +40º 43' 00" 7.6v 16 4.5 μNorm

420 6910 Cyg 20h 23m 12.0s +40º 46' 43" 7.4v 16 7 Plei

421 Cyg 20h 23m 18.0s +41º 42' 00" 10.1p 20 5 Praes

422 6913 (M29) Cyg 20h 23m 57.7s +38º 30' 28" 6.6v 15 6 Plei

423 6939 Cep 20h 31m 30.1s +60º 39' 44" 7.8v 40 7 Praes

424 6940 Vul 20h 34m 26.6s +28º 16' 58" 6.3v 90 31 Praes

425 6996 Cyg 20h 56m 29.9s +45º 28' 23" 10.0v 20 5 Neb 55


426 6994 (M73) Aqr 20h 58m 55.9s -12º 38' 08" 8.9v (4) 2.8 Glob 56


427 Cep 20h 59m 30.0s +68º 10' 00" 13.8v 6 4 Plei

428 Cyg 21h 03m 12.0s +44º 35' 00" 8.7p 40 13 Neb

429 7023 Cep 21h 01m 35.5s +68º 10' 11" nl nl 18 Neb 57


430 7031 Cyg 21h 07m 12.5s +50º 52' 32" 9.1v 15 5 Plei

431 7039 Cyg 21h 10m 47.7s +45º 37' 19" 7.6v 35 25 Plei

432 IC1369 Cyg 21h 12m 06.0s +47º 44' 00" 8.8v 10 8 Plei

433 7044 Cyg 21h 13m 09.3s +42º 29' 46" 12.0v 40 3.5 Praes

434 7062 Cyg 21h 23m 27.4s +46º 22' 43" 8.3v 10 6 Praes

435 7063 Cyg 21h 24m 21.7s +36º 29' 15" 7.0v 10 7 Plei

436 7067 Cyg 21h 24m 23.1s +48º 00' 34" 9.7v (47) 3 Praes

437 7086 Cyg 21h 30m 27.5s +51º 36' 08" 8.4v 20 9 Praes

438 7092 (M39) Cyg 21h 31m 48.3s +48º 26' 55" 4.6v 22 31 Plei

439 IC1396 Cep 21h 39m 06.0s +57º 30' 00" 3.5v 35 50 Plei

440 7128 Cyg 21h 43m 57.7s +53º 42' 55" 9.7v 10 3.1 Plei

441 7129 Cep 21h 42m 58.9s +66º 06' 47" 11.5p 7 7 Plei

442 7142 Cep 21h 45m 09.4s +65º 46' 28" 9.3v 12 4.3 Plei

443 7160 Cep 21h 53m 40.2s +62º 36' 12" 6.1v 16 7 Plei

444 7209 Lac 22h 05m 07.8s +46º 29' 01" 7.7v 30 25 Praes

445 IC1434 Lac 22h 10m 30.0s +52º 50' 00" 9.0p 30 7 Praes

446 7226 Cep 22h 10m 26.9s +55º 23' 55" 9.6v (83) 2 Praes

447 7235 Cep 22h 12m 24.9s +57º 16' 17" 7.7v 12 4 Plei

448 7243 Lac 22h 15m 08.5s +49º 53' 51" 6.4v 40 21 Plei

449 7245 Lac 22h 15m 11.5s +54º 20' 33" 9.2v (169) 5 Plei

450 7261 Cep 22h 20m 11.3s +58º 07' 19" 8.4v 18 5 Plei

451 7296 Lac 22h 28m 02.8s +52º 17' 21" 9.7v 10 3 Plei

452 7380 Cep 22h 47m 20.9s +58º 07' 57" 7.2v 20 12 Plei

453 7419 Cep 22h 54m 20.0s +60º 48' 56" 13.0v (40) 6 Praes

454 7510 Cep 23h 11m 03.7s +60º 34' 15" 7.9v 10± 7 Plei

455 7654 (M52) Cas 23h 24m 50.4s +61º 36' 24" 6.9v 35 16 Praes

456 7686 And 23h 30m 07.3s +49º 08' 03" 5.6v 20 14 Plei 58


457 7762 Cep 23h 50m 01.7s +68º 02' 17" 10.0p (40) 15 Praes

458 Harv.21 Cas 23h 54m 06.0s +61º 46' 00" 9.0p 10± 6 Plei 59


459 7788 Cas 23h 56m 45.5s +61º 24' 00" 9.4v 15 4 Plei

460 7789 Cas 23h 57m 24.0s +56º 42' 30" 6.7v 100 25 Praes

461 7790 Cas 23h 58m 24.2s +61º 12' 30" 8.5v 18 5 Plei

462 189 Cas 00h 39m 35.7s +61º 05' 40" 8.8v (90) 5 Plei

463 (20a) Cas 01h 48m 24.0s +71º 57' 00" nl nl nl Plei

464 (60a) Cam 05h 22m 00.0s +73º 00' 00" 4.2p nl 120 Plei

465 (127a) Mon 07h 07m 12.0s -10º 37' 00" 10.1p nl 9 Praes

466 (127b) Mon 07h 07m 18.0s -10º 49' 00" 11.1p (25) 4 Praes

467 (156a) (Mel 72 per A/H) Mon 07h 38m 29.0s -10º 33' 00" 10.1v (40) 5 Praes 15


468 (364a) Sgr 18h 06m 36.0s -27º 28' 00" 11v 8 0.9 Plei

469 (370a) Sgr 18h 16m 33.0s -18º 18' 34" 9.1v (51) 2.6 Plei

470 (442a) IC5146 Cyg 21h 53m 24.0s +47º 16' 00" 7.2v (110) 9 Neb

471 (444a) Cep 22h 07m 06.0s +72º 00' 00" nl nl 130 Plei

sábado, 25 de setembro de 2010

Catalogo J.E.S.S. de Objetos Estelares - A Linha Magica

A Linha Mágica





Silvano Silva anotava incessantemente os segredos do céu que aprendia com José Eustaquio. O Nome de seu catalogo era o Catalogo Silvano e Silva de Nebulosas e Aglomerados Estelares. Porém em um dia que tomado de grande humildade (talvez o único dia que isto se abateu sobre o padre) ele admitiu que os objetos catalogados eram fruto do catalogo Messier ou descobertas originais de José ele mudou o nome. Ele não gostava de chamar suas queridas nebulosas e aglomerados de objetos estelares. Já José achava que eram todos objetos estelares e que só não se resolviam em estrelas devido a falta de aparatos óticos poderosos o suficiente. De qualquer maneira Dom João achava que mesmo resolvendo estes em estrelas, objetos estelares só deveriam compreender estruturas formadas por uma única estrela. Porém naquele dia único, em que a humildade visitou aquela alma, ele batizou sua grande obra com o belo titulo: O Catalogo J.E.S.S. de Objetos Estelares. Incrivelmente acrescentou o nome de seu companheiro na frente do seu como utilizou sua classificação. Isto se revelou um equivoco. Seria melhor a utilização de nebulosas e aglomerados.

Acredito que isto se deveu a uma das mais belas jornadas realizadas por ambos. Nesta José revelou uma percepção que estava há séculos a frente do conhecimento de seu tempo. Isto deve ter impressionado muito a Dom João. De seu jeito rústico ele diferenciou claramente a diferente natureza das estruturas que observavam como ainda detectou a diferente localização em relação ao universo de cada uma destas estruturas. Um feito incrível em um tempo que não se conhecia a estrutura do universo. O conceito de galáxia estava a mais de um século de distancia.

Eles se prepararam mais uma vez para sua jornada de Lua Nova. Nada de fogueiras na região.

José estava preparado para apresentar o que ele chamava de “A Corrente” para Dom João Silvano e Silva. Em um primeiro momento isto não impressionava muito o padre. Era só como José se referia a Via- Láctea. Por um lado ele estava certo por outro não poderia estar mais errado.

Ele ia conhecer seria conhecido como a linha mágica. E na linha mágica a pesca só apresentava cardumes. Isto era fundamental.

O que hoje chamamos de aglomerados abertos ou galácticos eram chamados de cardumes por José Eustaquio. Os aglomerados abertos ocorrem apenas em braços da nossa galáxia. . São agrupamentos frouxos de estrelas. Alguns aglomerados abertos são grandes e espalhados. As Hyades (em Touro), as Pleyades (idem) e o Presépio (em Câncer) são desta forma e visíveis são a olho nu. Outros são pequenos e tênues. Suas estrelas não se resolvem e o aglomerado parece uma névoa no céu. Quando podemos ver as estrelas que formam o aglomerado dizemos que ele foi resolvido. De uma forma geral quanto maior o telescópio (Diâmetro), mais aglomerados ele vai resolver. Alguns aglomerados terão apenas poucas estrelas. Outros apresentarão centenas, parecendo um derrame de sal sobre o céu. Tente perceber a diferença de cores nas estrelas que os compõem.

Assim como diversos D.S.O. Alguns aglomerados abertos aparecem melhor em telescópios pequenos do que em grandes. M11 (Em Scutum) vale a pena em qualquer tamanho. O Presépio (em Câncer) é melhor em telescópios pequenos. Já Ngc 2158 melhor em grandes.

Porque estrelas acontecem em aglomerados? Estrelas se formam de gigantes coleções de gás no espaço quando algum tipo de onda de choque passa por estas nuvens de gás as comprimindo e as fazendo colapsar sobre si mesmas formando estrelas. Ao contrario da gente todas as estrelas se formam quase que simultâneamente desta maneira. Através do tempo começam a se afastar uma das outras, mas dependendo de diversos fatores podem permanecer unidas por longos períodos. As gigantes nuvens de gás em que se formam as estrelas se concentram no plano da galáxia, ao longo da Via Láctea. È por isto que a maior parte dos aglomerados abertos aí se encontra. Por isso são chamados também de aglomerados Galácticos.

José Eustaquio percebeu que os seus Cardumes ocorriam sempre ao Longo da via láctea e por isso calculou que ao longo daquela mancha no céu estavam sistemas associados. Mais que isto percebeu que outras estruturas tais como as Tocas e parceis se encontravam se olhando para fora da mancha leitosa que cruzava o céu e onde se encontravam os cardumes. Ele dizia que lá as águas eram mais profundas. Ele percebeu algo que só se teve certeza no século XX.

Edwin Hubble foi um observador do céu. Assim como José.

Edwin Powell Hubble nasceu em 20 de novembro de 1889. Foi ele que conseguiu determinar a distancia das nebulosas que a seculos escondiam dos cientistas sua verdadeira natureza. Ao conseguir determainar a verdadeira distancia destas ele provou que estas se encontravam para muito além da via lactea. Ele utilizou o telescópio de monte Wilson, Um Monstro em comparação ao pequeno aparelho de José Eustaquio. Utilizando variaveis Cefeidas , uma espécie de estrela que pode ser utilizada como um farol cósmico devido que o período de variação de seu brilho ser associada a seu brilho intrínseco , que ele conseguiu isolar com seu monstro na então Nebulosa de Andromeda. Posteriormente alargou ainda mais a coompreensão do universo com a máxima que “O universo esta se expandindo”. Sua constante determinou que” quanto mais longe mais rapidamente as outras galáxias se afastam de nossa via láctea.” Ele faleceu em 28de setembro de 1953.

José falou:

– Caro padre vou lhe mostrar que os cardumes seguem essa corrente . E somente os cardumes seguem a corrente .

Era Abril e a Via Láctea dominava o horizonte Sul . Se estendia desde Regor (Y velorum) a Sudoeste até Altair em Águia . Naquela noite ele ia mostrar para Dom João Silvano e Silva uma coisa que só se saberia em mais ou menos 180 anos. Talvez mais.

Os mais belos aglomerados abertos iam se descortinar perante o padre na frente do telescópio de José. E eles todos seguiam a tal corrente. Que desde a mais remota antiguidade era chamada de Via Láctea...

Segundo as nota de Silvano Silva que chegaram a meu poder a jornada daquela noite caminhou de Sudoeste para Les- nordeste seguindo a Via Láctea e observando os objetos já em direção a seu poente. Próximos ao horizonte oeste...

Começaram por Ngc 2547 , bem próximo a Regor .Em se levando em conta a data esta jornada começou bem cedo . Por volta das 18:00 no horário local. Devido a proximidade de Regor não há duvida com relação a este aglomerado. Como todos os aglomerados desta jornada ele se resolvia claramente para nossos observadores. O fato de telescópio de José resolver este aglomerado me leva a acreditar que este realmente tivesse em suas mãos o melhor telescópio que Lacaille teria levado para sua expedição já que este não resolveu este aglomerado em seu catalogo . Considerou este uma estrela nebulosa... O furto do seu telescópio permitiu que José fosse o primeiro a ver esta maravilha e desvendar sua verdadeira natureza. Provavelmente seu pai... Lacaille a catalogou como Lac III 2. È possível percebe-lo a olho nu como uma leve névoa próxima a Regor(Gama Velorum).

O próximo “cardume a cair nas redes de José foi o belo Ngc 2516 . Este em Carina . Este facilmente identificável devido a palavras de Dom João: “... seguindo –se no prolongamento do falso cruzeiro.” Este aglomerado fica exatamenteno exten~sao de uma linha imaginaria entre Kappa Velorum e Epsilon Carina no astreismo do falso cruzeiro.É outro objeto compartilhado por Lacaille.

Como que perseguindo o antigo dono de seu telescópio o próximo objeto é o belo IC 2391 , bem próximo a Delta Velorum. O que não deixa duvidas quanto a quem seja o objeto descrito.

O Objeto seguinte é um pouco mais difícil de se estabelecer. Ele é descrito como um cardume e claramente resolvido. Pela sua posição ( As posições registradas por Silvano Silva não são muito confiáveis e José não deixou registros de coordenadas de nenhuma espécie.) ele seria Ngc 2669. Como dito ele é bem próximo de Ic 2391 . A questão é que pelo equipamento de nossos amigos ele não se resolveria completamente. E devido a pequeno campo de visão ele não seria tão óbvio como em telescópios modernos que utilizando oculares diferentes seriam até mesmo capaz de ter ambos objetos no mesmo campo ocular. De qualquer forma é a opinião do autor que este objeto foi avistado e coompreendido por José.

Ngc 3114 é o próximo objeto. É possível percebe-lo a olho nú e só por isso foi possível determinar que objeto seria este . O padre diz apenas – “ pequena nebulosidade próxima a q Carina. Se resolve ao telescópio”. Este seria então uma descoberta original já que só foi registrado muitos anos depois por James Dunlop em 1826.

A seguir eles continuam no encalço de Lacaille e esta será uma eterna disputa. Parece que o Astrónomo frances deixou uma parte sua na ocular daquele telescópio perdido por ele ou roubado por alguém...

Um objeto famoso e facil: IC 2602 . As Plêiades do Sul. Este dispensa apresentações e inclui Theta Carina.



Outra piece de resistance segue na maratona e ele apresenta a grande nebulosa de Etha Carina . Há diversos aglomerados abertos envolvidos e parece que Dom João se refere a estes não percebendo tanto a nebulosidade. No periodeo é provavel que Etha Carina apresenta-se um brilho muito superior ao de hoje.

A seguir Ngc 3532 é visitado e não deixa duvidas quanto a sua natureza. Dom João a descreve co m bastante precisão : “... a ENE de Etha Carina , é proeminente a olho nú . Se resolve em muitas dezenas de estrelas . Sua região central é muito condensada...”. É de fato um belo Aglomerado.

Seguindo aquela linha magica que Dom João começava a vislumbrar eles desembocam num dos favoritas deste autor. Ngc 3766. Já em Centauro. Outro que não há como ter duvida da descrição deixada por Dom João. Descreve ainda o aglomerado de IC 2944 em volta de Lambda Centauro como um objeto próximo.

A seguir um objeto que pode ser original. Ngc 4755 . A Caixa de Jóias. Junto a Beta Crux e com Kappa crux como parceira não tem como não localizar. Dom João fala diversas vezes deste aglomerado e o estudou a fundo...

Seguindo os apontadores do cruzeiro na contra mão ele partem para constelações na época ainda não muito mapeadas .

Consegui determinar mais dois achados pela descrição de dom João. Um é o belíssimo campo onde se encontra Ngc 6067 na atual constelação ( criada por Lacaille)de Norma . E provavelmente em Lupus , o lobo eles encerram em Ngc 5822 que também seria um original de José Eustaquio.

Dom João batiza esta jornada como a linha Magica. E é de fato a linha mais marcante no horizonte austral durante o inicio do autono. Na próxima jornada José prometeu a Dom João mostrar a outra metade da linha. Esta Dom João desconfiava. Eram áreas do céu por ele mais visitadas. Mas José sempre trazia uma surpresa na manga.